Há uma nova estratégia assumida pelo fabricante francês, na qual as responsabilidades ambiental e social ganham uma nova dimensão. O plano, designado de Renaulution, pretende acelerar a transição ecológica, aumentando a segurança dos clientes na estrada e dos funcionários no local de trabalho, além de agir ao encontro da inclusão social.
“Consideramos a nossa responsabilidade ambiental e social como um dos capítulos da Renaulution. Os nossos compromissos para reduzir a nossa pegada de carbono, para a segurança das pessoas e para a inclusão respondem aos nossos desafios estratégicos e apoiam a criação de valor”, explicou o novo CEO do grupo francês, Luca de Meo, aos acionistas, durante um encontro em Paris, que decorreu na última semana.
E uma das medidas anunciada pelo executivo milanês, que assumiu os destinos da Seat entre 2015 e 2020 antes de rumar a Paris, passa por limitar, a partir de 2022, a velocidade máxima a 180 km/h.
A ideia é reduzir o número de acidentes rodoviários e o pioneiro a incluir esta medida será o Megane-E, que chegará equipado com um ajustador automático de limite de velocidade, definido de fábrica. Depois, a tecnologia será implementada aos restantes modelos Renault e Dacia.
A velocidade é tida como um fator determinante na sinistralidade rodoviária, responsável por mais de um milhão de mortos todos os anos, não sendo a Renault a primeira a determinar uma velocidade limite nos seus veículos. Há um ano, a Volvo, que assume ambiciosos objetivos quando o tema é a segurança, comunicou que já tinha começado a implementar a tecnologia nos seus modelos que limita a velocidade a 180 km/h.
Artigos relacionados: “Ideias parvas” da Volvo podem salvar um milhão de vidas
Além deste novo limite de velocidade, a Renault vai colocar em ação um programa de segurança alicerçado em três pilares: Detetar, Guiar e Agir. No primeiro, o sistema Safety Score analisa os dados de condução, utilizando sensores localizados no veículo, para encorajar uma condução mais segura; no segundo, o Safety Coach processa dados de estrada e tráfego para informar os condutores sobre potenciais riscos na sua rota e dará avisos em tempo real sobre áreas propensas ao perigo; por fim, no terceiro, um mecanismo de segurança será acionado automaticamente em caso de perigo iminente, abrandando o veículo até que se recupere um modo de condução seguro.
No entanto, a marca gaulesa não se compromete apenas a prevenir, criando mecanismos de resposta rápida para, em caso de acidente, os danos serem minimizados. Para tal, o Grupo desenvolveu duas inovações com o objetivo de reduzir o tempo de resposta a emergências e facilitar o acesso aos serviços de emergência em caso de acidente. Uma ajuda os bombeiros a apagar os incêndios acidentais em baterias e outra assenta num código QR que ajuda os socorristas a identificar um veículo e a aceder às suas informações estruturais. Desta forma, e em caso de acidente grave, é possível reduzir em cerca de 15 minutos o tempo de salvamento.
O plano de segurança inclui também compromissos com os trabalhadores do Grupo que passa por atingir o objetivo de zero acidentes e doenças relacionados com o trabalho, além de, sob o lema “saúde para todos”, pretender criar mecanismos que permitam aos seus funcionários em todo o mundo o acesso facilitado aos cuidados de saúde.
Leia também:
Conheça os citadinos mais seguros de 2020