A autonomia de 50 quilómetros em modo exclusivamente elétrico passou a ser exigida para se poder beneficiar de um carro híbrido plug-in com uma taxa reduzida de Tributação Autónoma, em 2021. Também o desconto sobre o ISV de 25% em híbridos plug-in só passou a ser possível em modelos capazes de percorrer aquela distância recorrendo apenas à eletricidade e que tivessem como homologadas emissões de CO2 inferiores a 50 g/km.
Isso foi o contemplado no Orçamento do Estado em 2021. Agora, com um novo Governo eleito com uma maioria absoluta é de esperar que uma das primeiras medidas passe pela submissão do Orçamento para 2022, chumbado em Novembro e que deu origem a eleições antecipadas. E, com uma posição reforçada na Assembleia da República, é mais do que certo que o Orçamento do Estado chumbado passe, agora, à primeira.
No documento, prevê-se a continuidade dos incentivos à aquisição de um carro elétrico, financiado pelo Fundo Ambiental e “extensível a motociclos de duas rodas e velocípedes, (…) e a ciclomotores elétricos que possuam homologação europeia” e também a bicicletas de carga.
Quanto aos carros híbridos plug-in é de esperar que as regras se mantenham. Se for o caso, deixamos-lhe com 3 modelos a gasolina mas com bateria de ligar à corrente que conseguem que um condutor europeu médio circule, no dia a dia, com um saldo de emissões zero.
3 PHEV com autonomia para 50 km
Renault Mégane Sport Tourer E-Tech Híbrido Plug-In
Na avalanche de SUV que ocorreu nos últimos anos, algumas marcas mantêm carrinhas nos seus catálogos – e ainda bem, já que a funcionalidade deste tipo de carroçaria consegue, em certos casos, ser mais funcional do que a de um sport utility vehicle. No caso da Sport Tourer do Megane isso é notório. Mas também é evidente a preocupação da marca francesa em dotar o seu compacto de uma mecânica apetecível para as empresas.
A um motor de nova geração de 1.6 litros a gasolina juntou dois motores elétricos, montados em ambos os eixos, de 67 e 34 cv, apresentando uma potência combinada de 160 cv, capaz de acelerar em 9,4 segundos de 0 a 100 km/h. A bateria com capacidade útil de 7,5 kWh admite circular em modo 100% elétrico por 51km, o suficiente para entrar nos benefícios fiscais para empresas.
A versão mais acessível inclui barras de tejadilho, regulador de velocidade, sensores de chuva e de luz, AC automático ou compatibilidade com Android Auto e Apple CarPlay.
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Peugeot 308 Híbrido Plug-in
Com uma nova geração praticamente acabadinha de estrear, o novo 308 chega com duas opções híbridas de ligar à corrente, com capacidade para percorrer 60 km sem emissões, tornando-o apetecível para quem possa recorrer aos benefícios fiscais existentes. Uma, com o 1.6 PureTech de 150 cv associado a um motor elétrico de 81 kW para uma potência combinada de 180 cv e outra de 225 cv, que associa o mesmo motor a gasolina mas com 180 cv a um motor elétrico também de 81 kW.
No geral, é um carro que prima pelo conforto sem se tornar demasiado “mole” na estrada, capaz de agradar uma família de até quatro pessoas, apesar de apresentar cinco lugares.
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Mitsubishi Eclipse Cross PHEV
Um SUV do segmento C equipado com uma tecnologia plug-in capaz de uma autonomia em modo elétrico de 55 quilómetros que lhe permite beneficiar da fiscalidade verde. E a Mitsubishi, refira-se, foi uma das pioneiras na aposta neste tipo de mecânicas, com o lançamento do Outlander PHEV há uma década. Mas a proposta atual é bem distinta: assenta numa arquitetura de um elétrico, à qual junta um motor a combustão (no Outlander, a filosofia era oposta).
Resultado: há dois motores elétricos (de 82 cv à frente; de 95 cv atrás), um gerador de 72 kW, uma bateria de iões de lítio de 13,8 kWh e um motor a gasolina de 2,4 litros, de ciclo Atkinson, a debitar 98 cv. Ou seja, o rolar do carro é assegurado pelo sistema elétrico, enquanto o motor térmico é reservado para situações de condução mais exigentes ou, claro, para quando se esgota a bateria.
O consumo médio é de 2,0 l/100km e as emissões de CO2 ficam-se pelos 46 g/km.
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