Para quem gosta de andar de moto, é algo que devemos fazer pelo menos uma vez na vida. A sensação de liberdade, de não depender de ninguém nem ninguém depender de nós, de poder optar pelo caminho desejado ou ir apenas escolhendo à medida que os quilómetros vão passando, é uma espécie de luxo que parece cada vez mais inalcançável e pecaminoso nos dias que correm, mas que não é impossível e oferece um nível de gratificação que poucas outras experiências conseguem oferecer.
Conseguimos perder a noção da realidade, como se estivéssemos noutro mundo e até quando nos perdemos, isso pode resultar em aventuras memoráveis. Mas para que corra tudo da melhor forma possível, compilámos um conjunto de dicas e conselhos de pessoas que já passaram por essa experiência.
Como começar a sua viagem de moto
Para começar, a sua moto serve perfeitamente. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, não é necessária uma moto de turismo para as viagens mais longas. Há quem percorra o país de Casal Boss ou de acelera, ao seu ritmo, no seu tempo e com o seu próprio planeamento. E já que tocamos neste ponto, este é também por onde deve começar.
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Ainda que haja uma certa magia em partir sem destino, a verdade é que nem sempre é boa ideia. Convém ter sempre uma ideia do que pretende fazer e em quanto tempo, de forma a construir uma espécie de plano antes de arrancar, considerando se deseja ir pela autoestrada ou por estradas nacionais ou secundárias, se deseja usar, ou não, um GPS com uma rota marcada como destino, bem como fazer uma estimativa de custos entre comida, alojamento e combustível.
Antes de arrancar, é também necessário ter em conta se a moto está a precisar de alguma manutenção ou se esta foi efetuada há pouco e está tudo como deve ser. Ainda assim, verificar a pressão dos pneus nunca é demais e claro que ter um pequeno kit de ferramentas e os telefones de quem contactar caso seja necessário (números de emergência, companhias de seguro, etc.), são mais do que obrigatórios.
Equipar antes de arrancar
Uma das primeiras regras de quem viaja de moto, passa pelo “menos é mais”, ou seja, quanto menos levar consigo, melhor. As coisas que poderão vir a ser precisas podem ficar em casa. Os essenciais é que tem de levar consigo. Em vez de muitas mudas de roupa, leve roupa que pode lavar rapidamente à mão e as malas na moto também não têm de ser muitas, têm de ser apenas as adequadas. Uma das mais úteis é mesmo a que se costuma instalar no topo do depósito, pois fica ali mesmo à nossa frente e permite um acesso fácil a coisas simples como a carteira ou o telefone, que também pode servir de GPS, ou aqueles objetos mais simples como uma lanterna, os óculos escuros, qualquer coisa para comer ou o medidor da pressão dos pneus.
Consoante o trajeto, prepare-se para a chuva e para o frio e prefira os equipamentos que o tornem mais visível, especialmente se incluir os trajetos noturnos na viagem. Não esquecer um fato para a chuva, um kit de reparação de pneus e uma pequena garrafa com combustível, de forma a estender a autonomia nas zonas onde não há tantos postos de abastecimento. Mas atenção, não confundir com a garrafa de água.
Como equipamento extra, ainda que bastante útil, considere ter um assento confortável, que lhe permita rolar durante horas sem grande dose de fadiga, mas também aquela peça plástica que serve de “cruise-control”, protegendo os seus pulsos. E se for viajar em longas distâncias, porque não adicionar uns suportes extra para os pés, para que possa mudar as pernas de posição de vez em quando? No caso de ter equipamento novo consigo, não o estreie no dia da viagem, use-o durante uns dias antes, para ter a certeza que fez a melhor escolha. Use sempre um capacete que proteja toda a cabeça e proteções para os ouvidos por causa do ruído do vento, que se pode tornar bastante cansativo ao fim de alguns quilómetros.
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Se assim o desejar, não fique totalmente “sozinho”. Faça uma cópia do seu itinerário, que esteja disponível online, ou use um sistema de GPS Tracking para que as pessoas que lhe são mais próximas possam saber em que zona se encontra. E no caso de viajar para fora do país, não se esqueça de verificar o seu serviço de roaming, incluindo o pacote de dados. E outra das dicas úteis é levar consigo a chave extra da moto, escondida num local seguro ou na mochila.
Convém sempre relembrar
As dicas mais óbvias deixámos para o fim, uma vez que estas já todos devemos saber. Faça pausas de vez em quando para esticar as pernas, e se sentir mais cansaço, encoste de imediato. Tenha o cuidado de não passar diversas horas sem comer e de se manter sempre hidratado ao longo da viagem. No que diz respeito a locais onde ficar, há duas hipóteses, ou marca tudo com antecedência, ou vai vendo onde ficar ao longo do trajeto. Nesse caso, o ideal é começar a procurar soluções pelas três da tarde e usar as aplicações disponíveis para isso, que são mais que muitas.
De resto, não abuse da velocidade nem de álcool. Se estiver cansado, pare. E use o fato de chuva ou abasteça antes de ser realmente preciso. Depois de tudo isto, resta apenas dizer… Boa viagem!
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