Num mundo onde a tecnologia e a Internet desempenham um papel crucial nas transações comerciais, a proteção dos dados pessoais tornou-se numa preocupação central.
Na era digital, recolher, informatizar e analisar dados de clientes está no centro das ações de marketing. E envolvem, também, gestão de negócios e estudos de tendências do setor, entre outras iniciativas essenciais para manter a empresa na linha da frente e com crescimento contínuo.
A grande quantidade de informação registada exige uma política rígida de segurança de dados, a fim de proteger a privacidade dos clientes e cumprir o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD).
O Regulamento (UE) 2016/679 do Parlamento Europeu e do Conselho, que é o novo Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD) da União Europeia (UE), estabelece as regras relativas ao tratamento, por pessoa, empresa ou organização, de dados pessoais relativos a cidadãos na UE.
Para além do reforço da proteção jurídica dos direitos dos titulares dos dados, o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD), aplicável, obrigatoriamente, desde o dia 25 de maio de 2018, define novas regras e procedimentos do ponto de vista tecnológico.
Com o aumento do interesse do consumidor de automóveis por stands que atendem virtualmente, estes devem investir cada vez mais em estratégias de captação de clientes através desse meio.
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A prática lida com dados sensíveis e as empresas precisam de estar atentas aos regulamentos legais para não ultrapassar os limites da proteção de dados.
Neste artigo, procuramos explorar de que forma o RGPD pode ter impacto a longo prazo nas vendas de veículos, sem esquecer a forma como esses dados devem ser tratados para que os negócios obtenham melhores resultados.
Privacidade acima de tudo
O RGPD criou uma fiscalização mais rigorosa sobre o tratamento de dados pessoais por parte das empresas. Os stands que ainda não aplicaram medidas para se adaptarem aos princípios de responsabilidade com as informações pessoais dos clientes, devem saber como adequar a sua proteção de dados a esta realidade.
A segurança de dados no stand consiste em não divulgar qualquer informação pessoal registada pela empresa, seja de clientes, colaboradores ou fornecedores.
Neste âmbito, incluem-se: informações de contacto de potenciais clientes fornecidas pelos que já são; dados da equipa prestadora de serviços; dados de pessoa física obtidos em relações comerciais; contratos, dados bancários, informações de condutores e notas fiscais, entre outros.
Uma boa análise de mercado, organização do fluxo de caixa, captação de novos clientes, ações de marketing, consulta de veículos e operações de transação em geral exigem registo, histórico, documentação e formulários para se tornar efetiva.
Esses dados que precisam de servir apenas para os devidos fins a que se destinam, de modo a não expor a segurança nem comprometer a privacidade do cliente.
Contudo, nem sempre os critérios de segurança da informação estão relacionados com ações estratégicas da empresa, uma vez que o RGPD foi atualizado para evitar, sobretudo, fraudes e crimes cibernéticos.
No mercado automóvel, os titulares dos dados pessoais são, normalmente, potenciais clientes e consumidores que realizam a compra, a venda ou a utilização de serviços relativos a veículos.
São considerados titulares os compradores de carros novos e usados, os proprietários de veículos que procuram serviços de manutenção ou reparação e até mesmo pessoas que solicitam informações sobre produtos auto através de formulários de contacto ou páginas na web.
Desafios e oportunidades
Outra categoria de pessoas que também se enquadra como titulares de dados pessoais no ramo são os profissionais do setor. Colaboradores, prestadores terceirizados e profissionais à procura de novas oportunidades de trabalho têm os seus dados concedidos, coletados, armazenados e tratados pelos RH da empresa.
O mesmo ocorre com fornecedores e parceiros que se relacionam com a área financeira, por exemplo. Esses titulares também se encontram consagrados na lei, pelo que é muito importante dedicar um operador e controlador RGPD para lidar com processos internos da empresa.
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Para se adaptarem ao RGPD, os stands devem promover práticas e medidas que garantam a proteção adequada dos dados pessoais dos clientes. É importante instituir uma cultura de privacidade e consciencializar os colaboradores sobre a preservação dos dados dos consumidores.
Além disso, é necessário rever e atualizar as políticas de privacidade, obter o consentimento explícito dos clientes para o uso dos seus dados e oferecer a segurança adequada das informações.
Os stands devem implementar medidas de segurança e governança de dados pessoais. Tal envolve a criação de políticas internas, a nomeação de um encarregado de proteção de dados, a realização de formação com colaboradores e a revisão de contratos com parceiros comerciais.
A implementação do RGPD no mercado automóvel traz desafios e oportunidades para os stands. Ao adotar práticas e medidas que garantam a privacidade e a segurança dos dados pessoais dos clientes, as empresas fortalecem a confiança e a reputação no mercado, além de evitarem penalizações legais.
O RGPD tem um impacto significativo no setor automóvel e a correta adaptação a este regulamento permite construir uma relação de confiança com os consumidores. Por isso, é essencial que os stands se adaptem à lei, respeitando os direitos dos titulares dos dados e protegendo a privacidade das informações pessoais.
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