Renault Espace

Redação

03/05/2024

6 min

Renault Espace converteu-se à moda dos SUV, mas continua a ter 7 lugares

Fabricado desde 1984, o Renault Espace esteve entre as precursoras dos monovolumes, também referida como multi purpose vehicle (MPV), tendo começado por ser construída pela Matra para a Renault, até que, à quarta geração, a casa francesa tomou as rédeas do projecto. Mas foi na geração seguinte, que começou a ser comercializada em 2015, que a marca do losango começou a perceber que poderia ter um filão no cruzamento de estilos, apresentando-se como um MPV crossover. Agora, vai mais longe e apresenta o modelo como um SUV, que pode ter cinco ou sete lugares.

 

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O que mais salta à vista é o facto de, esteticamente se assemelhar a um Austral esticado, tendo como base a mesma plataforma (CMF-CD), que foi alongada entre eixos e na secção traseira. Com 4,772 metros de comprimento, menos quase 15cm que a geração que substitui, o Espace está mais compacto, mas também mais leve (são menos 215 quilos, o que beneficia prestações e consumos). Na prática, a redução no comprimento roubou espaço à bagageira, agora com 581 litros na versão de cinco lugares e com 477 no carro para sete, mas a habitabilidade, garante a marca, não foi prejudicada.

Renault Espace teto

Para tal, a Renault optou por colocar a segunda fila sobre calhas, que pode deslizar até 26 centímetros, dando assim mais espaço para as pernas dos passageiros que pretendam ocupar a terceira fila, mais adequada a crianças ou a adultos que não excedam uma altura de 1,70m. A sensação de desafogo ganha, porém, pontos nos modelos equipados com teto panorâmico que, com mais de um metro quadrado de área, é um dos maiores do mercado.

Qualidade a bordo

Não sendo a Renault uma marca premium, o Espace, como modelo que se posiciona no topo da gama, apresenta-se bem cuidado, com uma selecção criteriosa de materiais, acabamentos e equipamentos sofisticados.

Renault Espace bagageira

Os comandos estão bem arrumados, como já se tinha visto noutros modelos recentes, como o Austral ou o Arkana, e a tecnologia está presente um pouco por toda a parte. O painel de instrumentação é digital, assente num ecrã de 12,3″ e todo o sistema de info-entretenimento pode ser gerido através do ecrã vertical de 12″, que integra o sistema OpenR Link, com serviços Google (o Google Maps, por exemplo, é o navegador predefinido). O emparelhamento e espelhamento do smartphone pode ser feito sem ter de se recorrer a um fio de ligação.

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Renault Espace interior

Nas ajudas à condução, há até 32 sistemas de assistência, como o aviso e prevenção de saída da faixa de rodagem, reconhecimento dos sinais de trânsito, alerta de fadiga do condutor, alerta de distância de segurança, regulador e limitador de velocidade ou sistema de travagem ativa de emergência com deteção de peões e ciclistas e função de interseção.

O Espace pode ainda ser equipado com o avançado sistema 4Control de rodas direcionais, uma relevante ajuda em manobras. As rodas traseiras giram até 5º no sentido oposto, reduzindo o círculo de viragem de 11,6 para 10,4 m, como em curvas rápidas (a mais de 50 km/h, as rodas de trás giram um grau no mesmo sentido).

Novo Renault Espace

Ao volante

O Renault Espace foi apresentado com uma única motorização, a E-Tech full-hybrid de 200 cv, que soma a capacidade de uma boa desenvoltura em todos os traçados (acelera de 0 a 100 km/h em 8,8 segundos, atingindo uma velocidade máxima de 175 km/h) a uma boa eficiência, graças ao casamento de um bloco tricilíndrico de 1,2 litros, a debitar 130cv a dois motores eléctricos, um de 34 cv, para gerar corrente elétrica, e outro, de 50 cv, que impulsiona o veículo. A bateria de apoio é de iões de lítio, com uma capacidade de 2 kWh colocada entre os bancos da frente.

A grande responsável por fazer tudo isto funcionar é a caixa multimodal da Renault, que deriva da competição automóvel, que está agora na sua 2ª geração, e conta com relações ligadas ao motor a gasolina, e 2 ao motor elétrico, num total teórico de 15 relações, embora nem todas sejam usadas com frequência.

E é também a responsável por, apesar das dimensões, conseguir fazer consumos de 5.6L/100km em condução urbana, e na casa dos 7L/100km (7.6L/100km) em auto-estrada. No entanto, e como qualquer tri-cilindrico, quando mais apertado, torna-se num motor tendencialmente mais guloso.

Quanto a prestações, a Renault reclama uma aceleração dos 0 aos 100km/h em 8,8 segundos, e uma velocidade máxima limitada eletronicamente aos 180km/h.

O sistema 4control ajuda de forma clara a manter o ritmo e em percursos mais enrolados, e é uma diferença notável face à anterior geração, que ainda que tivesse uma altura ao solo menos elevada, não era tão competente como o novo Espace. Para isso também claro, muito contribuiu a drástica dieta que este SUV sofreu, com a Renault a conseguir retirar mais de 200kg de peso, notáveis na motorização (50 kg), nas dimensões gerais (84 kg), na plataforma (43 kg) e na carroçaria (38 kg).

A suspensão independente nas 4 rodas também o tornam bastante confortável, o que em conjunto com a boa insonorização e a comutação entre os motores quase imperceptível, tornam as viagens mais semelhantes às de um produto premium alemão, mas por um preço bastante mais contido.

Preços

O Renault Espace está disponível na secção de novos do Standvirtual por valores a começarem nos 45.580€, que se estendem até aos 50.381€ para a versão mais equipada, a Iconic, a mesma que estivemos a ensaiar, que com algum equipamento opcional, onde se incluem o tejadilho panorâmico e o magnífico sistema de som Harman/Kardon, ronda os 55.000€.

E tendo em conta o espaço, a qualidade dos materiais, a quantidade de ajudas à condução, de onde se destaca o sistema ADAS muito bem calibrado, e claro, a motorização híbrida, complexa, e que oferece excelentes consumos, o Espace é uma excelente proposta para famílias numerosas que precisam realmente de espaço no seu dia-a-dia.

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