Conhecer as marcas de automóveis mais comercializadas no nosso país é essencial para aumentar as oportunidades de venda. Em função da relação qualidade-preço, design ou fiabilidade, cada consumidor tem as suas razões para preferir determinado modelo em detrimento de outro no momento de comprar automóvel.
Não existe, contudo, uma marca ideal. A que pode ser considerada melhor para uns, pode não servir os interesses de outros. Tudo dependerá das características do modelo, da utilização a que se destina o carro e, claro, das preferências de cada condutor.
Venda de veículos novos em Portugal
Segundo dados da ACAP (Associação Automóvel de Portugal), em termos globais, no mês de janeiro de 2023, o mercado de veículos novos registou um crescimento de 43% no nosso país face ao mês homólogo do ano anterior.
Tal deveu-se, essencialmente, à tendência para a normalização das cadeias de abastecimento, nomeadamente da produção de semicondutores, e à carteira de encomendas de clientes que se encontrava por satisfazer.
De acordo com a mesma fonte, em janeiro de 2023 foram matriculados em Portugal 17.455 veículos novos (dos quais 16.825 ligeiros, que se dividiram, depois, em 14.639 modelos de passageiros e 2.186 modelos de mercadorias), o que se traduziu, no entanto, numa queda de 9,5% face a janeiro de 2019, ainda que, como referido, o aumento tenha sido de 43% comparativamente a janeiro de 2022.
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Em janeiro de 2023, 47,8% dos veículos ligeiros de passageiros matriculados novos disse respeito a modelos movidos a energias alternativas, nomeadamente elétricos e híbridos. A saber: 16,6% híbridos; 15,4% elétricos a bateria; 10,8% híbridos plug-in; 5% outros (GPL e GNC).
Onde ficam, então, os motores de combustão com a eletrificação cada vez mais generalizada do mercado de automóveis novos? Quando não estão a servir de “suporte de vida” aos híbridos e híbridos plug-in, continuam a ter (grande) importância. Se não, vejamos.
No primeiro mês de 2023, 35,7% das vendas totais de novos veículos ligeiros no nosso país incidiu sobre modelos equipados com motores a gasolina, contra 16,5% de automóveis movidos a gasóleo. Há muito que o gasóleo tem vindo a perder terreno para a gasolina.
Com 1.332 unidades matriculadas em janeiro de 2023, a Peugeot liderou a tabela de vendas dos veículos ligeiros de passageiros novos em Portugal, seguindo-se-lhe Renault (1.155) e Dacia (1.102) nos 2.° e 3.° lugares do pódio, respetivamente.
Em 4.° lugar, posicionou-se a Mercedes-Benz (1.041 unidades), em 5.° a BMW (1.013), em 6.° a Toyota (855), em 7.° a Citroën (798) e em 8.° a Volkswagen (757). O top 10 ficou completo com Opel (703) e Fiat (660).
Mercado de carros usados
De acordo com o INDICATA, que faz parte do Grupo Autorola, Portugal e? um dos mercados do sul da Europa que, normalmente, pode contar com um fluxo constante de automóveis provenientes de empresas de rent-a-car para apoiar o mercado de carros usados.
Devido a isto, as vendas online B2C de automóveis usados com menos de dois anos de idade têm representado 40% ou mais do mercado. No entanto, o volume de carros provenientes de empresas derent-a-car que regressam ao mercado de usados diminuiu significativamente devido à pandemia de covid-19 e à questão dos semicondutores, com este último também a impedir a realização de registos táticos.
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Segundo dá conta a última edição do Observatório INDICATA, o resultado líquido demonstrou que as vendas destes automóveis usados mais jovens caíram acentuadamente e, em dezembro de 2022, representavam apenas 20,06% das vendas de carros usados online B2C.
Mais: os compradores de automóveis que tendem a comprar um automóvel novo a cada três ou quatro anos têm de “agarrar-se a eles” por mais tempo devido a? questão dos semicondutores, que está a criar longos prazos de entrega em novas encomendas.
Isto deixou os retalhistas sem outra opção que não fosse olhar para automóveis mais antigos e que viu a quota de mercado da venda de automóveis com mais de cinco anos subir de 37,78% no início de 2021 para 53,23% no final de 2022, ou seja, um aumento de 40,9%.
Os automóveis usados a gasóleo continuam a dominar o mercado online B2C, particularmente os que dispõem de motores a gasóleo mais pequenos. A quota de mercado das vendas de gasóleo para dezembro de 2022 foi 11,3% inferior a? do início de 2021, o que foi significativamente mais do que a queda de 7,5% na quota de mercado dos automóveis usados a gasolina durante o mesmo período.
Enquanto as vendas de usados elétricos movidos a bateria (BEV) não estão a crescer a? velocidade dos anos anteriores, a quota de mercado de dezembro de 2022 era 23,8% mais elevada em termos homólogos, tornando-os num dos poucos mercados a assistir a qualquer crescimento real em BEV.
O índice de preços de retalho de automóveis usados online B2C do Observatório INDICATA baseia-se num conjunto consistente de veículos indexados contra janeiro de 2022 e, normalmente, assistir-se-ia a uma curva descendente dos preços médios devido ao impacto do ciclo de vida do produto.
Depois da subida dos preços médios ao longo de 2022, em dezembro, Portugal seguiu, finalmente, a tendência da maioria dos outros países, já que os preços médios caíram 0,8%. Mas isso significa que os preços no início de janeiro ainda são 7,9% mais altos do que no início do ano e 12,2% mais elevados do que no final de 2021.
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