A 43ª edição do Rally Dakar chegou dia 15 de janeiro ao fim com a vitória de Stéphane Peterhansel, em Mini (foi a 14ª vitória do piloto francês na prova!) nos automóveis e do argentino Kevin Benavides (Honda) nas motos.
Os pilotos e navegadores portugueses estiveram uma vez mais em grande nível na mais importante prova de todo o terreno do mundo, mas o grande destaque entre os participantes lusos vai para Ruben Faria, atual chefe de equipa da Honda, que celebrou a vitória de Benavides.
O algarvio Ruben Faria, antigo piloto de motos, figura com um largo currículo no Dakar, onde conseguiu um segundo lugar à geral em 2013, liderou a ambiciosa equipa de quatro elementos que desde cedo mostrou querer controlar a prova. O resultado dessa ambição traduziu-se numa “dobradinha”, uma vez que no segundo lugar ficou Ricky Brabec.
“Conseguimos terminar em 1º e 2º graças ao Benavides e ao Brabec. A equipa fez um excelente trabalho e todos merecem os parabéns. O Japão fez uma grande moto que não nos causou qualquer problema. Vamos continuar assim para voltar a ganhar em 2022”, declarou Faria no final da etapa de hoje, que já no ano passado havia sido um dos responsáveis por quebrar o jejum de 31 anos sem vitórias da Honda no Dakar.
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Além de Ruben Faria, há outros portugueses com razões para estarem bastante satisfeitos no epílogo desta edição do Dakar, nomeadamente Joaquim Rodrigues, piloto da Hero Motorsports que voltou na prova em honra do seu cunhado, amigo e companheiro de equipa Paulo Gonçalves, falecido na edição do ano passado na sequência de um grave acidente. Rodrigues ficou em 11º lugar à geral, sendo o melhor português na exigente e perigosa categoria das duas rodas.
Mais dois portugueses conseguiram ficar posicionados no ambicionado Top 20 das motos: Sebastian Bühler (piloto da Hero Motorsports nascido na Alemanha, mas há muitos anos radicado em Portugal), na 14ª posição, e Rui Gonçalves (Sherco), estreante no Dakar, em 19º.
Alexandre Azinhais (KTM), o quarto elemento da armada portuguesa das duas rodas, foi menos feliz do que os compatriotas e viu-se obrigado a desistir logo na 4ª etapa com o motor partido.
Nos carros, foi o navegador Filipe Palmeiro, que partilhou a Toyota Hilux com o piloto lituano Benediktas Vanagas, a conseguir a melhor classificação entre os portugueses, com uma excelente 12ª posição à geral. Ricardo Porém e Jorge Monteiro (Borgward) que cumpriram, respetivamente, a terceira e segunda participação no Dakar, ficaram classificados na 20ª posição da geral, enquanto José Manuel Marques, navegador de Gintas Petrus (Petrus Kombucha Team/Optimus), ficou em 31º lugar.
Na categoria SSV, Lourenço Rosa e Joaquim Dias (Can Am), que estavam a cumprir uma excelente prova, tiveram um problema na especial de ontem e atrasaram-se significativamente. Ainda assim, a dupla portuguesa terminou na 14ª posição, ao passo que Rui Carneiro e Filipe Serra (MMP Can Am) ficaram em 26º.
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Finalmente, nos Camiões, Nuno Fojo, na assistência aos Polaris, em parceria com os espanhóis Alberto Herrero e Juan Carlos Macho, fecho a prova na 16ª posição.
Resultados completos dos portugueses no Dakar:
Motos
Joaquim Rodrigues – 11º classificado, 50h,22m38s
Sebastian Bühler – 14º classificado, 51h,18m17s
Rui Gonçalves – 19º classificado, 53h,53m,35s
Alexandre Azinhais – desistiu
Carros
Filipe Palmeiro (navegador) – 12º lugar, 49h,49m16s
Jorge Monteiro e Ricardo Porém – 20º lugar, 52h,41m23s
José Manuel Marques (navegador) – 31º lugar, 56h,56m,50
Paulo Fiúza (navegador) – desistiu
SSV
Lourenço Rosa e Joaquim Dias – 14.º lugar, 60h,51m13s
Rui Carneiro e Filipe Serra – 26º lugar, 65h,17m,00s
Camiões
Nuno Fojo (navegador) – 17.º lugar, 86h,48m14s
José Martins – desistência
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