Um pneu furado é uma daquelas situações que parecem nunca acontecer. Até ao dia… Basta um preguinho para que, subitamente ou ao fim de algum tempo, se dê por um pneu sem ar, ameaçando até a jante. Problema maior nos dias que correm: muitas marcas optaram por prescindir do pneu sobressalente: primeiro, poupam no dinheiro do pneu e, mais importante, emagrecem o carro, o que lhes vale, entre outras coisas, melhores avaliações quer ao nível dos consumos quer ao nível das emissões, contadas ao grama.
De qualquer das formas, ter um furo num pneu não obriga necessariamente a uma troca – e consequente despesa. Essa decisão dependerá de vários fatores, a começar pela dimensão do furo. Pequenos furos e cortes podem ser reparados sem quaisquer problemas, desde que para tal se procure uma oficina especializada e credenciada. Aí chegado, o entendido na matéria saberá avaliar se o furo causou danos à estrutura do pneu – caso não o tenha feito, o arranjo é procedimento para se resolver em três tempos e custar-lhe o mesmo que um menu de almoço.
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Pode, porém, acontecer o próprio pneu não estar nas melhores condições, com piso com uma profundidade inferior a 1,6 mm. Se for esse o caso, é de aproveitar o “azar” e tratar da troca imediata dele e do seu par. Mas para que tudo isto aconteça há que chegar primeiro à oficina e para isso é preciso pôr o carro a andar… com quatro rodas!
Pneu sobressalente
Mesmo que nunca tenha mudado um pneu, o processo é mais fácil do que aparenta. Por isso, ter dentro do veículo uma roda sobressalente, que tem o tamanho do pneu que vai substituir, é sempre uma vantagem. Para que esta seja verdadeiramente útil, deve fazer-se acompanhar por um kit de ferramentas: macaco, para levantar o carro, e chave de rodas (desaperte um pouco antes de acionar o macaco). Com o pneu trocado, bastará seguir viagem até à oficina. Atenção, o pneu sobressalente não requer grandes cuidados na condução, mas não se esqueça que o mesmo não faz par com a roda do mesmo eixo, cada qual com níveis distintos de desgaste. Por isso, não caia na tentação de deixar como está.
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Roda de emergência
Comum em alguns modelos é a existência de uma roda de emergência, mais pequena e estreita do que os pneus que calçam o automóvel. A sua troca faz-se da mesma forma, com um pequeno senão: a viagem que se segue deve ser o mais curta possível e nunca se deve ultrapassar a velocidade que a roda de emergência aguenta, ou seja, os 80 km/h. Por um lado, pode parecer aborrecido, por outro, não há desculpas para não seguir diretamente para uma oficina e tratar do problema do pneu furado.
Kit de reparação para pneus furados
O seu carro teve um furo, mas não dispõe nem de pneu sobressalente nem de roda de emergência. Em vez destes, o alçapão do porta-bagagens esconde um kit de reparação, com uma massa vulcanizada para introduzir no furo e um pequeno compressor que se liga à ficha do isqueiro. Em furos pequenos, o que acontece é que a massa se espalha no interior do pneu através do movimento rotativo; em rasgões ou furos de maiores dimensões, o kit é absolutamente inútil. Mais: depois de receber a massa no seu interior, o pneu terá um único destino: o lixo.
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Espuma antifuro
Parece uma solução milagrosa e barata (encontram-se no mercado espumas por em torno de 10€): basta introduzir a espuma, resultado da mistura entre ar comprimido e massa sintética, e qualquer pequeno furo é remendado. No entanto, tal como acontece com a massa do kit de reparação, a sua utilização irá inutilizar o pneu para sempre. Ou seja, se perceber que o pneu já tinha de qualquer das formas os dias contados, é de remediar a situação com esta alternativa. Se, por outro lado, está praticamente novinho em folha, é de ponderar outra solução que permita chegar a bom porto com o pneu e arranjá-lo. É que a espuma é daqueles falsos amigos que parecem ter todas as respostas para os nossos problemas, mas que, sem nos darmos conta, estão a criar outros… Se tiver mesmo de a utilizar, tome nota: nos primeiros quilómetros após a aplicação, deve circular a uma velocidade reduzida.
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