Os carros elétricos, tal como os SUV, crescem em popularidade ano após ano. Os fabricantes lançam novos modelos constantemente e os condutores procuram alternativas para contornar a escalada dos preços dos combustíveis.
Decisão importante ao adquirir um veículo elétrico é saber se vale a pena comprá-lo ou optar antes por fazer um leasing ou renting. Quem compra carro, enfrenta o dilema da locação vs compra. No caso dos veículos elétricos, escolher a modalidade ideal gera ainda maiores dúvidas.
Prós e contras da compra
Na compra de carro, existem vários benefícios. Um deles, é a propriedade definitiva do bem assim que o empréstimo esteja liquidado, caso se tenha recorrido a esta modalidade. Os veículos elétricos têm ainda vantagens adicionais.
Desde logo, a isenção do IUC (Imposto Único de Circulação). Depois, a isenção do ISV (Imposto Sobre Veículos). E ainda existem os incentivos para comprar carro elétrico, em que o Estado se compromete a atribuir um valor para o condutor se livrar do modelo a combustão.
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Ainda que não exista limite de quilometragem nem de distância quando se compra carro, a verdade é que, num modelo elétrico, é bem mais difícil acumular milhares de quilómetros por ano comparativamente a um carro de combustão.
Outra vantagem da compra: a personalização. O condutor pode selecionar o equipamento, cor e jantes da sua preferência, mesmo que o carro tenha sido adquirido através de financiamento.
E se o condutor mudar de ideias? Pode vender o carro a outra pessoa se deixar de gostar do modelo elétrico ou se não se adaptar ao estilo de vida que esta forma de mobilidade implica. As garantias mais longas dos carros elétricos são outro trunfo, especialmente para as baterias.
Agora, os contras. Apesar de terem, na maioria dos casos, garantia de oito anos ou 100 mil km, as baterias perdem autonomia à medida que envelhecem, em função dos ciclos de carga e tendo em conta as condições climatéricas a que estão sujeitas, afetando a desvalorização do veículo.
Mesmo sabendo-se que poucas tecnologias avançam tão rapidamente como as dos veículos elétricos, a verdade é que não existe forma de saber quanto mudará o mercado destes carros nos próximos anos ou quanto valerá no futuro um modelo comprado hoje.
Embora seja possível que o valor do carro elétrico permaneça elevado, a melhoria da tecnologia, do desempenho, da velocidade de carregamento e da autonomia pode tornar os modelos atuais quase inúteis no mercado de usados se a tecnologia andar ainda mais depressa.
Apesar das garantias, a reparação de um carro elétrico pode ser dispendiosa se algo falhar. Além das baterias, esta forma de mobilidade dispõe de componentes mais caros, grandes ecrãs de infoentretenimento, sofisticados sistemas eletrónicos e recursos tecnológicos de segurança.
Prós e contras do leasing e renting
Existem vários aspetos positivos na aquisição em regime de leasing ou renting. Alguns assumem maior importância quando se trata de um carro elétrico ou SUV. Uma das vantagens é não “ficar preso” à tecnologia atual. Até porque os contratos podem não exigir, sobretudo no caso do renting, entrada inicial nem grande investimento financeiro.
Todos os anos, são lançados novos carros elétricos, com maior autonomia, carregamento mais rápido, recursos superiores e desempenho otimizado. Comprar o modelo errado hoje pode fazer com que o património se torne pouco valiosos quando quiser atualizar o carro.
Ao optar por um leasing ou renting, pode, por exemplo, trocar de carro a cada quatro anos, ficando, deste modo, mais atualizado em relação a novos modelos que saiam, mediante o pagamento de uma renda mensal com base na quilometragem anual, tipo de carro e número de meses.
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A maioria dos contratos de leasing ou renting para veículos elétricos são feitos para três ou quatro anos. Durante esse período, é pouco provável que ocorra um problema que não esteja coberto pela garantia do fabricante do veículo. Quanto mais tempo tiver o veículo, tal como quando acontece quando decide comprar, maior é o risco de ter de pagar uma reparação fora da garantia.
O valor esperado de um veículo elétrico no final do contrato (valor residual) é definido no início do mesmo. Se o valor real do veículo for menor do que o valor residual, basta devolver o carro. Se for maior, o cliente tem a oportunidade de ganhar algum dinheiro.
Em vez de devolver um veículo com valor superior ao residual no final do contrato de leasing ou renting, é possível comprá-lo pelo custo de aquisição que consta no contrato, que é pré-definido no início do mesmo e geralmente próximo ao valor residual. Ou pode revender o veículo por um valor acima e embolsar algum dinheiro.
Agora, os contras do leasing e renting. Muitas empresas de leasing e renting passam o valor dos créditos fiscais e outros subsídios aos clientes reduzindo o custo do aluguer. Outras não. Verifique os detalhes do contrato que esteja a considerar para garantir que receberá todos os incentivos possíveis. A diferença entre ter e não ter subsídios pode ser decisiva.
Os contratos de leasing e renting de carros novos vêm com limites rígidos de quilometragem. Exceder o limite poderá significar o pagamento da diferença no final do contrato. O custo por quilómetro pode variar em função das empresas.
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Embora nos carros elétricos se torne mais difícil exceder os limites de quilometragem comparativamente aos veículos de combustão, alguns contratos são feitos com limites de quilometragem extremamente baixos, que podem ser facilmente ultrapassados.
Personalizar o carro em regime de leasing ou renting? Não é impossível, mas, no final do contrato, como carro tem de ser devolvido exatamente como estava no início em termos de equipamento e aspeto, talvez não seja a melhor ideia. Se efetuar alterações, poderá ter de pagar para revertê-las, mesmo que ache que essas modificações valorizam o veículo.
Muitas empresas de leasing ou renting têm regras rígidas sobre o que é ou não permitido fazer com o carro. Pode, por exemplo, não ser possível utilizar o veículo a nível profissional ou como transporte individual de passageiros mediante cobrança.
Se duvida da estabilidade do emprego ou da possibilidade de suportar a renda, optar por leasing ou renting talvez não seja a melhor solução. Até porque poderá não ser fácil rescindir o contrato antes do prazo previsto sem que haja penalização.
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