Com o lançamento do primeiro X5, há mais de duas décadas (o X6 veio mais tarde), a BMW descobria um verdadeiro filão, com um formato novo para encaixar no segmento dos populares SUV, que apelidou de SAV (Sports Activity Vehicle), por apresentar credenciais diferentes dos primeiros, nomeadamente o claro privilégio ao feeling e ao prazer de condução, apesar das medidas avantajadas. A fórmula pegou de estaca, como atestam as vendas notáveis ao longo das três primeiras gerações, e a marca bávara não mais parou de a desenvolver.
Assim, na atualização de meio de ciclo dos X5 e X6 de última geração, a BMW trabalhou com base em três pilares: em primeiro lugar, garantir que os novos SAV oferecem desempenho desportivo, mantendo elevados níveis de conforto e alguma capacidade off-road; depois, o refinamento — tratando-se de um dos modelos mais caros do catálogo da BMW, a marca alemã entende que não pode descurar o estatuto, que assenta na elevada qualidade dos materiais utilizados e nos padrões de acabamento. O último pilar, diz respeito à modernidade e eficácia dos sistemas de assistência à condução, tentando, contudo, não os transformar em algo demasiado tecnológico.
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Estilo e equipamento
A imagem desportiva sempre foi um argumento de peso para os dois SAV da BMW, capazes de transformar qualquer passeio num exercício de afirmação estatutária. Na atualização de meio de vida dos X5 e X6 a estética não foi obviamente descurada, com integração da mais moderna linguagem de estilo da marca bávara que se destaca pelos novos e afilados grupos óticos a poderem contar agora com tecnologia LED Matrix com controlo adaptativo de iluminação, além dos faróis escurecidos da linha M Shadowline.
Ainda na dianteira, a novidade vai para se poder contar com uma grelha iluminada com entradas de ar (a BMW chama-lhes “air breathers”) de novo formato. Na traseira, apenas novidades de pormenor: os grupos óticos posteriores passam a incluir efeito de luz com um ‘X’ bem visível.
O X5 passa a contar, de série, com a linha visual e de acabamentos xLine. Enquanto a carroçaria de estilo coupé, o X6, exatamente para sublinhar essa a sua vertente mais desportiva, passa a oferecer de M Sport de série. Nos dois SAV, a BMW permite montar a opcional linha M Sport Pro, que é a mais inspirada na competição.
Revolução digital a bordo
Mais significativa do que a modernização do exterior foi a revolução digital operada no interior, com a introdução do BMW Curved Display, painel em posição destacada no tablier que integra numa só tira digital um monitor de 12,3 polegadas para a instrumentação e outro de 14,9 polegadas para a última geração do sistema iDrive (Sistema Operativo 8.0).
Na consola central, o seletor da caixa de velocidades foi substituído por um botão, foram adotados novos botões sensíveis ao toque e o tablier passa a contar com uma faixa luminosa semelhante à utilizada nos topos de gama Série 7 e X7.
A BMW também reforçou o equipamento de série com a oferta de bancos dianteiros aquecidos, acesso Comfort (mãos-livres), sistema de som Hi-Fi e carregamento sem fios para telemóveis.
Nas cotas interiores, nada de novo. Nesta quarta geração, o X5 cresceu 36 mm em comprimento, 66 em largura e 19 em altura, enquanto a distância entre eixos ganhou 42 mm, aumentos que se traduziram em maior desafogo no habitáculo. No X5, viajam cinco pessoas (ou sete, sendo que a 3.ª fila de bancos custa 2500€) em condições excelentes de conforto. O lugar central traseiro é um pouco mais incómodo que os laterais devido às saliências do banco e encosto, mas o túnel central que passa juntos aos pés é mínimo, não colocando problema algum na ‘arrumação’ dos pés.
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Gama e preços
No capítulo das motorizações, os renovados X5 e X6 continuam a estar disponíveis com mecânicas a gasolina e a gasóleo, todas revistas para otimização das performances e dos consumos.
O maior destaque vai para o novo xDrive50e (com preços a partir de 98.450 €), dispondo de sistema híbrido plug-in que vê a potência máxima do conjunto mecânico subir até aos 490 cv (aumento de 96 cv) e o binário máximo escalar até aos 700 Nm, tendo por base um motor de 6 cilindros em linha, turbo, de 3 litros de capacidade, em associação a um novo motor elétrico integrado na caixa automática de 8 velocidades, juntamente com a nova bateria de 25,7 kWh de capacidade útil (29,5 kWh total). Para o X5 xDrive 50e, a marca alemã anuncia entre 94 e 110 quilómetros de condução em modo puramente elétrico.
As restantes motorizações de arquitetura 6 cilindros na gama, Diesel ou gasolina, passam também a estar associadas a um sistema de hibridização leve (MHEV), a permitir progressos nas performances e nos consumos.
A versão xDrive40i (380 CV) tem preços a partir de 106.550 €, enquanto o Diesel xDrive30d (298 CV) está disponível desde 106.050 €.
No topo das gamas X5 e X6 estará o M60i xDrive (desde 148.700€ e 151.700€, respetivamente), com o bloco 4.4 V8 sobrealimentado a debitar 530 cv e 750 Nm de binário. Além da velocidade máxima limitada a 250 km/h, esta motorização mais desportiva (igualmente MHEV) permite aceleração 0-100 km/h na ordem dos 4,3 segundos.
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