Faz todo o sentido associar a uma moto veloz o nome de um avião. A expressão é usada sempre que a rapidez toma conta de duas rodas: vai a voar. Por isso, em homenagem a alguns aparelhos ou associando, apenas, a velocidade que um avião alcança no céu à de um motociclo em terra, damos a conhecer-lhe 7 motos que foram batizadas com o nome de quem tem asas, mas não penas. Pena só a de não termos um destes exemplares em casa.
Motos que são autênticos aviões
Suzuki Hayabusa (desde 1999)
Para alguns, é só Busa e nem todos sabem que o nome vem do Nakajima Ki-43 Hayabusa, um caça monomotor usado pelo Exército japonês durante a II Guerra Mundial. Leves e fáceis de pilotar, eram ágeis a fugir dos ataques americanos, mas também rápidos a aparecer do nada e a fazer danos. Certamente por isso, estes aviões abateram mais aeronaves aliadas do que qualquer outro caça japonês.
A aerodinâmica desta mota é muito gabada, o que a levou a ser chamada de falcão peregrino japonês, tal como o avião que lhe deu nome. É considerada a moto mais rápida de sempre oferecida por um construtor japonês e, apesar do acordo assinado entre todos para que não seja possível ultrapassar os 300 quilómetros por hora, a verdade é que, com as condições certas e algum engenho na condução, é possível chegar aos 322 km/h.
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BSA Spitfire (1966-1968)
A BSA Spitfire fez furor e fãs quando apareceu. Oferecia um design sedutor e uma igualmente fascinante… velocidade: 185 quilómetros por hora. Nada mau para a altura. Spitfire vem do Supermarine Spitfire, um caça monomotor fabricado em Inglaterra entre 1938 e 1948. Durante a II Guerra Mundial, foi o único avião caça ativo durante todo o período.
O primeiro motor, MK1, permitia chegar aos 560 km/h, mas com o Mk47 conseguia a velocidade de 723 km/h. Absolutamente inconfundível, com a sua pintura camuflada, é um avião ainda hoje admirado por muitos apaixonados pela aeronáutica.
Moto Morini Camel (1981-1987)
Esta moto italiana foi construída para os mais aventureiros que gostavam de atingir grandes velocidades em cenário de deserto. Pode parecer estranho, mas o motor de 500 cc desta moto é lendário A Morini Camel reunia tudo: económica, compacta e bonita. O único problema para quem ainda tem uma é o sistema de ignição único que tende a falhar.
Quanto ao nome, tem origem no avião Sopwith Camel, um biplano inglês utilizado na Primeira Guerra. As metralhadoras instaladas acima do painel de instrumentos tinham uma cobertura de metal que criava uma espécie de carcaça ou corcova, semelhante à boça de um camelo. Daí… Camel.
Triumph X75 Hurricane (1972-1973)
As Triumph são, ainda hoje, mais do que motociclos, objetos de coleção. O design apurado e a elegância com que são construídas vêm de longe. Craig Vetter criou a X75 Hurricane com audácia. O motor foi colocado um pouco mais à frente, o assento é uma só peça, tal como o tanque e inseriu três silenciadores num dos lados, algo que acabou copiado por quase todos os construtores mais tarde. Curiosamente, só foram feitos 1200 exemplares destas motos e a produção foi interrompida com a nova lei do ruído norte-americana. É que a Triumph, quando surgia, parecia um autêntico terramoto. O nome Hurricane foi-lhe dado pelo Hawker Hurricane, um dos mais famosos caças britânicos da Segunda Guerra Mundial. Competindo com o Spitfire, foi o primeiro a atingir uma velocidade superior a 480 km/h. Graças a ele, 60% das batalhas aéreas foram ganhas pela Royal Air Force.
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Royal Enfield Super Meteor (1952-1962)
A Meteor tinha um design fora do vulgar, o qual se amava ou se odiava. Não era particularmente rápida, atingindo 160 km/h num dia bom, mas era muito flexível, o que tornava fácil ganhar adeptos.
Construída no Reino Unido e exportada para os EUA, deve ao avião bimotor Gloster Meteor o nome. Este caça a jato britânico, usado na II Guerra Mundial, bateu vários recordes de velocidades no pós-guerra.
Velocette Venom (1955-1970)
A Velocette Venom nasceu em Birmingham, Inglaterra, e oferecia um monocilíndrico de 499 cc a quatro tempos. Ao todo, foram construídas 5721 motos em 15 anos. Muito robusta, venceu um prémio no antigo circuito de Montlhéry por ter uma média superior a 160 km/h em 24 horas. Na altura, poucas máquinas inglesas conseguiam atingir essa velocidade.
O nome vem do DH 112 Venom da Havilland Aircraft Company, um avião a jato inglês, construído no pós-guerra. Deixou de ser usado com a chegada de aparelhos mais funcionais e capazes, mas ainda chegou a ser exportado para vários países.
Vincent Comet (1935-1955)
Nascida em Inglaterra, esta moto de 500 cc era bem rápida para a altura e o orgulho de muitos colecionadores. Aliás, ainda hoje os cromados fazem as delícias de qualquer um, que olham para esta moto como uma obra de arte. E é. O nome faz-lhe justiça: cometa.
O avião Havilland DH 106 Comet, também ele inglês, tinha 4 reatores nas asas e oferecia o glamour e conforto, dando início a toda uma era de aparelhos com classe. No entanto, a vida foi curta. Após dois acidentes fatais, em 1954, os modelos foram proibidos de voar e as vendas entraram em declínio.
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