Mecânica automóvel 5 piores avarias

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Mecânica automóvel: conheça as 5 piores avarias

Um pneu furado pode transformar-se num sonho quando comparado a problemas que são verdadeiros pesadelos na mecânica automóvel – tanto em termos de danos como de despesa associada (quando há arranjo…). Estes são os problemas que podem aparecer no seu carro, mas que deverá torcer para que nunca aconteçam.

As 5 piores (e mais dispendiosas) avarias que podem afetar a mecânica automóvel

Motor gripado

É provavelmente a rainha das avarias, ainda por cima porque a maleita nem sempre é detetada de forma precoce. Ou seja, quando se vai ao “médico” já a “doença” alastrou mais do que o devido. Esta é avaria exclusiva dos motores de combustão, que funciona com várias peças metálicas em constante fricção umas contras as outras. O problema é que a fricção acaba por causar desgaste que, quando se soma ao calor, pode fazer com que as peças se colem e até derretam. Quando se fala num motor gripado há no mínimo duas peças, uma móvel e outra fixa (as mais habituais são o pistão e a camisa que cobre o cilindro ou os casquilhos e a cambota), que se fundiram impedindo o funcionamento de toda a engrenagem. Todo este processo advém de uma falha de um elemento muito simples: o óleo. Se a lubrificação faltar ou se o óleo já não tiver a viscosidade necessária para manter as peças lubrificadas, a fricção das peças vai gerar calor extremo que resulta no motor gripado.

Outro defeito que pode conduzir a um motor gripado é no sistema de refrigeração que, por falta de líquido ou por qualquer problema na ventilação, não permite refrear a temperatura do motor.

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Atenção: esta não é avaria que se resolva nem rápido nem sem uma carteira recheada. A reparação é demorada e só o processo de abrir o motor demora horas de trabalho. Resumindo: é avaria para custar alguns milhares de euros, o que num carro antigo pode significar que mais vale optar pelo abate. É fazer as contas.

Junta da cabeça queimada

A junta da cabeça, posicionada entre os cilindros do motor, faz a ligação do bloco à cabeça do motor, mantendo água e óleo afastados ao reter a primeira e não admitindo que esta invada o circuito de lubrificação. Porém, quando falta água ou líquido de refrigeração no sistema, a junta da cabeça corre o risco de queimar. Para o evitar, há que prestar atenção aos níveis do radiador com alguma regularidade – é que é muito comum haver perdas quer pelos tubos, que com a idade, o frio e o calor se ressentem, apresentando por vezes fissuras, quer por outros pontos menos óbvios, como uma das relas do motor. Qualquer uma das causas são fáceis de resolver e baratas. Porém, a consequência é uma dor de cabeça para qualquer automobilista, resultando uma conta avultada. Dois sinais de que a junta queimou: cheiro metálico queimado e fumo branco a sair pelo escape. Se reparar nestes dois sintomas, não mexa nem mais um milímetro o carro. O próximo passo pode ser um motor gripado, que ocupa o primeiro lugar na lista das piores avarias.

Eixo de transmissão danificado

O eixo de transmissão é responsável por passar o binário para o cubo de roda, o que faz com que seja uma peça fundamental para que o automóvel consiga circular. Mas uma avaria no eixo de transmissão não representa apenas um carro parado. É que antes disso acontecer um defeito nesta peça pode originar acidentes graves. Há, porém, sinais a ter em conta: barulhos de bater e ranger e vibração no volante e na alavanca das mudanças são habitualmente sintomas de problemas no eixo de transmissão. Na origem, está uma lubrificação defeituosa que acelera o desgaste das peças – e, mais uma vez, o cuidado com uma regular manutenção pode representar uma poupança de quatro dígitos… Menos dispendioso será substituir os foles da transmissão, algo que deverá ser feito a cada 150 mil quilómetros. Todavia, o melhor é amealhar para esta despesa se vir o conta-quilómetros a aproximar-se daquele marco: há foles que custam em torno de 100€, mas outros que escalam para lá dos 500€. Sem contar com a mão de obra…

 
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Correia de distribuição partida

A correia de distribuição é um dos componentes mecânicos mais importantes na grande maioria dos automóveis, já que tem como principal tarefa a sincronização de todos os componentes, permitindo o seu correto funcionamento, sejam eles os êmbolos e o seu movimento, as válvulas ou, em certos casos, até a bomba de água. Mas a sua duração é limitada e é importante respeitar as indicações do fabricante, sendo muito comum a sua substituição ao fim de cinco anos ou de cem mil quilómetros, dependendo do que acontecer primeiro. Ignorar essas recomendações pode resultar numa correia partida, o que irá danificar válvulas, empenar árvores de cames e dessincronizar todo o motor.

Alguns especialistas aconselham a mudar a bomba de água e o tensor quando se avança com a operação da troca da correia. Gasta mais em componentes, mas, a longo prazo, acabará por poupar na mão de obra.

Note bem: a correia em si é baratíssima, mas o trabalho de a trocar é minucioso e demorado e não deve ser feito em qualquer lugar. Procure uma oficina credenciada, de preferência da marca, o que lhe confere garantia acrescida. Mas prepare-se para uma significativa (ainda que necessária) despesa.

Centralina do motor avariada

A centralina ou ECU (do inglês Electronic Computer Unit) é um componente eletrónico que pode apresentar desgaste ou avaria. A sua função passa por receber informações de todas as partes mecânicas do veículo e distribuir essa mesma informação de modo a que o veículo funcione na sua plenitude. Ou seja, todos os aspetos mecânicos estão interligados a esta superinteligência do carro. A sua avaria representa uma espécie de morte do automóvel que só voltará à vida depois de a centralina ser reprogramada ou substituída, uma operação que vai desde algumas centenas de euros até mais de 2500€.

 
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