O que são carros recondicionados?

O termo recondicionado invadiu os sites de vendas em segunda mão: há smartphones recondicionados, tablets, computadores…. Poder-se-ia até pensar que se trata de uma nova palavra para descrever um item usado. Mas não é bem assim: e no que diz respeito aos carros recondicionados há vários pontos a explorar.
Um carro usado não tem muita ciência por detrás do conceito. Trata-se de um veículo que encontramos à procura de um novo dono, mas que no seu histórico já tem uma ou várias propriedades, tendo sido utilizado e, claro, apresentando-se mais desgastado do que um carro novinho em folha.
Isso pode ser evidente nos estofos do interior, num ou noutro risco infligido à carroçaria ou até mesmo no trabalhar da mecânica, que, dependendo dos anos e do uso que teve, pode revelar algum cansaço.
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No entanto, mesmo com todos os defeitos identificados, por vezes, o orçamento torna o usado como a única escolha possível. E, quando se trata de carros com poucos quilómetros, a diferença de preço entre um novo a sair do stand e um usado pode ser mesmo muito aliciante.
Mas cada vez mais encontram-se anúncios em que o carro é apresentado como recondicionado – será assim tão diferente de um usado?
Porquê recondicionado?
Um carro recondicionado é um usado, mas com uma espécie de twist: antes de estar disponível para ter um novo dono, foi arranjado para parecer como novo.
Falamos de automóveis, mas o conceito de recondicionado é muitíssimo comum em praticamente todo o tipo de tecnologias. No caso dos telemóveis, por exemplo, de cada vez que entrega um aparelho a uma loja, julgando não ter mais salvação, o mais certo é que exatamente o mesmo produto acabe à venda na Internet como um recondicionado. Para tal, pegam, no caso, no telefone e desmontam-no pecinha por pecinha, quase criando um novo aparelho.
O mesmo acontece com todo o tipo de máquinas: desde as de lavar roupa ou loiça até a uma simples varinha mágica – muitos dos aparelhos que julga já não estarem em condições são arranjados e regressam ao circuito comercial.
Carro recondicionado: boa ou má ideia?
À partida, um carro recondicionado será sempre melhor do que um mero usado, já que significa que foi alvo de uma revisão de ponta a ponta e que vários componentes foram trocados.
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Problema: se o recondicionamento do automóvel foi feito com componentes recondicionados, poderá ser pior a emenda que o soneto. É que, se há peças que podem perfeitamente ser reparadas e reutilizadas, há as que nunca conseguem fazer as mesmas vezes de uma nova, podendo pôr em causa até a segurança.
É o caso dos amortecedores, em que os especialistas aconselham a substituir sempre por novos apesar de os recondicionados apresentarem (aparentes) vantagens financeiras. É que o amortecedor é um dos principais itens de segurança do veículo, sendo responsável pelo correto funcionamento da suspensão, além de manter o contato permanente dos pneus com o solo, proporcionando estabilidade. E, quando recondicionados, não vão cumprir a sua missão da mesma forma, podendo existir perda de estabilidade, excesso de trepidação, risco de aquaplanagem e, com o tempo, desgaste prematuro dos pneus.
Como novo, mas sem a mesma garantia
Ainda assim, quando se opta pelo recondicionamento de um automóvel o mesmo recebe uma espécie de certificação por quem se encarregou da mesma. E se o recondicionamento for feito pela marca, a viatura passará obrigatoriamente por uma série de testes para avaliar a sua segurança. Claro que tudo isto custa dinheiro, e um recondicionado nunca sairá tão em conta como um simples usado, ao qual o vendedor dá uma boa esfrega antes de o colocar à venda, mas que não se põe a substituir peças.
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Ou seja, o recondicionado significa que foi recuperada a funcionalidade do produto como de um novo se tratasse, sem que exista a mesma garantia de qualidade. Até porque, apesar de todos os cuidados, é impossível saber se todos os componentes da peça foram substituídos ou apenas aqueles que apresentavam desgaste – o que significa que, mais cedo do que mais tarde, os componentes não substituídos vão dar problemas.
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