Mitsubishi Leaf? Emblema anuncia novo elétrico baseado no pioneiro da Nissan
A Mitsubishi deu a conhecer os planos para lançar um elétrico baseado no vindouro Nissan Leaf, com as vendas a iniciarem-se no segundo semestre de 2026.
O Leaf, um dos primeiros modelos a democratizar a mobilidade elétrica, vai surgir totalmente revisto, passando de um “hatchback” para o corpo apetecível de um SUV compacto, revolucionando-se também no que diz respeito à autonomia, chegando com um alcance de mais de 480 quilómetros. Mas não se pense que por se transformar num SUV irá passar a oferecer capacidades para o fora de estrada: a Nissan já garantiu que não haverá versão com tração integral; apenas dianteira.
Pelo que a Mitsubishi deu a entender nada leva a crer que o “seu” Leaf seja diferente: ou seja, deverá partilhar as opções de motorização com o Nissan Leaf, com desempenhos semelhantes e com o corpo de um “crossover”. Relevante é o facto de a Nissan ter declarado que o próximo Leaf de 2026 chegará com uma porta de carregamento NACS, tornando-o compatível com a rede Supercharger da Tesla, o que significa que este elétrico da Mitsubishi contará com igual funcionalidade.
Esta parceria surge no âmbito de um acordo mais vasto entre Mitsubishi com a Nissan, cuja colaboração permite que a Nissan tenha acesso a tecnologia híbrida “plug-in” da Mitsubishi.
Leaf, uma história com 15 anos
Lançado em 2010, o Leaf foi o primeiro automóvel elétrico de produção em massa a chegar ao mercado nacional, tornando-se rapidamente líder de vendas entre os veículos 100% elétricos.
Nos primeiros dez anos, foram vendidas mais de cinco unidades em Portugal. O modelo destacou-se não só pela inovação tecnológica, nomeadamente com o sistema de condução com um só pedal (E-Pedal) ou a travagem regenerativa, mas também pela evolução da autonomia e capacidade das baterias, que mais do que duplicaram ao longo dos anos.
O sucesso do Leaf em Portugal deve-se também à estratégia pioneira da Nissan, que envolveu parcerias com o Governo e empresas, nomeadamente através do consórcio Mobi.e, promovendo a infraestrutura de carregamento e a adoção de veículos elétricos.
Em 2018, a segunda geração do Leaf vendeu mais em sete meses do que a primeira em sete anos, exibindo a crescente aceitação dos elétricos. No ano passado, o Leaf acusou o cansaço numa altura em que o mercado multiplicou as ofertas de eléctricos, mas ainda assim registou a venda de 571 unidades.
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