Os microcarros aspiram cada vez mais a ser como os automóveis crescidos. Pequenos em tamanho, mas grandes em ambição, estes quadriciclos oferecem hoje em dia itens como ar condicionado, travões de disco nas quatro rodas, airbag de condutor, ecrãs táteis, painéis de instrumentos digitais ou luzes em LED.
O design e a qualidade de construção e de materiais também têm evoluído e atualmente começam a ser objeto de desejo para jovens que ainda não completaram a idade obrigatória para ter carta e que têm pais que torcem com a ideia de os adolescentes andarem em duas rodas.
Pode conduzir um microcarro sem carta de condução?
O argumento comercial “sem carta de condução”, que sempre se associa a estes carros, na prática não é bem assim. Ou seja, se por um lado não carecem da carta de condução que habilita a conduzir um carro ligeiro de passageiros, ainda assim é necessário dispor de licença de condução AM para conduzir quadriciclos ligeiros (a maioria deste tipo de veículos) ou carta de condução B1 no caso de quadriciclos pesados.
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Microcarros à venda em Portugal
Fomos à procura de microcarros à venda no nosso mercado ou que estão prestes a chegar. Escolhemos os que se mostram mais apelativos e a lista está longe de ser exaustiva porque as opções são inúmeras também ao nível da oferta. A abrir, três propostas elétricas que, além de serem “zero emissões”, têm a assinatura mais reconhecida (e reputada) de dois fabricantes de automóveis generalistas.
Renault Mobilize Duo
Acaba de ser apresentado e só deverá chegar no fim de 2023, mas o Mobilize Duo é o sucessor do Renault Twizy que tem por missão concorrer com o Citroën Ami. Com portas de série, dois lugares lado a lado e 140 km de autonomia, o microcarro elétrico será produzido recorrendo a materiais reciclados (50%), tendo como objetivo ser quase todo reciclável. Já o motor elétrico será proposto em duas declinações: uma capaz de acelerar até 45 km/h e outra até 80 km/h.
Renault Twizy E-Tech
A Renault propõe em Portugal a versão de 13 kW (17 cv) do elétrico Twizy, que recentemente recebeu a designação E-Tech, potência que lhe permite atingir os 80 km/h de velocidade máxima, que fazem dele o veículo mais veloz desta seleção. A autonomia deste Renault pode chegar aos 100 km e a bateria demora 3,5 horas a carregar numa tomada doméstica. No entanto, mesmo em andamento é possível recuperar a bateria, quer nas travagens, quer nas desacelerações. Há duas versões de equipamento: Life, sem portas laterais, mas com porta-luvas integrado no tablier, do lado direito, fechado; e Intens, também sem portas, mas com acabamento exterior dos arcos laterais de habitáculo em Branco Neve e tapete em borracha para habitáculo. As portas, de abertura vertical com movimento assistido e parte inferior translúcida, são um opcional, disponível para ambas as versões.
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Citroën Ami
Sendo 100% elétrico, o Citroën Ami é um dois lugares que se despe de uma série de preconceitos e incorpora apenas o que para a marca francesa é o essencial para a mobilidade urbana (para tal, até foi buscar as janelas basculantes do 2 CV). Com uma bateria que lhe permite percorrer até 70 quilómetros, o Ami consegue desenvolver uma potência de 6 kW (8 cv) e atingir uma velocidade máxima de 45 km/h. Para recarregar a bateria, basta ligá-la a uma tomada doméstica e aguardar cerca de 3 horas. Há seis versões disponíveis: a base, Colour (laranja, cinzento, azul), Pop e Tonic, ambos com elementos de personalização.
Microcar M.Go X
A Microcar, que pertence ao grupo Ligier, propõe o M.Go X, que se assume como um SUV (um segmento com muita procura no universo dos automóveis “graúdos”), mas muito pequenino e acessível a maiores de 16 anos. Este veículo recorre a um motor de dois cilindros com 498 cc, capaz de debitar 6 kW (8 CV) de potência e 21 Nm de binário, disponível às 1800 rpm. A velocidade máxima é de 45 km/h e o consumo de gasóleo de 3,6 litros por cada 100 km.
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Ligier JS50 Sport
O JS 50 Sport Ultimate é proposto com duas motorizações: Progress Euro 4, “económico e fiável”, ou DCI 492, “silencioso e tecnológico”. O primeiro, com uma cilindrada de 498 cc, produz 6 KW (8 cv) de potência máxima e um binário de 21 Nm a 1800 rpm. Já o DCI assenta num motor em alumínio com common-rail, de dois cilindros, com o qual a marca reclama maior eficácia, silêncio e menos poluição. Com uma cilindrada de 480 cc, potência de 6 kW (8 CV) e um binário de 25 Nm, o consumo é de 3,6 litros de gasóleo por cada 100 km. Na segurança, destaque para a existência, entre os opcionais, de um volante com airbag.
Bellier B8
A gaulesa Bellier começou por fazer acumuladores elétricos. O seu primeiro carro surgiu em 1968. Era para… crianças e destinava-se a demonstrações de prevenção rodoviária. Um dos aspetos mais curiosos do B8 é a sua inegável parecença com o Fiat 500, sobretudo na dianteira. A marca dispõe também de uma versão Cabriolet, mas não a encontrámos à venda em Portugal. O Bellier B8 tem um motor com 480 cc, que debita 6 kW de potência e 26 Nm de binário. Com um peso de 349 kg, atinge os 45 km/h e gasta 2,9 l de diesel por cada 100 km.
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Casalini M20
Num segmento em que a maioria das propostas são francesas, a Casalini assume-se como “orgulhosamente italiana” e a sua existência remonta a 1939. O M20 pode apresentar equipamentos como estofos em pele, GPS, câmara de estacionamento traseiro, Bluetooth, porta USB ou GPS. O motor de 480 cc debita 6 kW de potência e 28 Nm de binário, que permitem um consumo médio de gasóleo de 3,7 l/100 km. A marca anuncia uma aceleração de 7,1 segundos… dos 0 aos 40 km/h.
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