O Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, vai acolher, pelo segundo ano consecutivo, a prova rainha do automobilismo de velocidade. O GP de Portugal em Fórmula 1 foi confirmado pela organização, ocupando o fim de semana de 30 de abril a 2 de maio no calendário do campeonato.
Apesar de tudo apontar no sentido de Portugal voltar a estar presente no calendário do Campeonato Mundial de Fórmula 1, restava ainda a confirmação oficial que chegou na manhã desta sexta-feira, 5 de março. No Twitter, a organização escreveu “We’re going back to Portimão” (“Vamos voltar a Portimão!”) e as reações não tardaram, tornando-se um dos tópicos do dia naquela rede social.
Num comunicado publicado no site oficial, o presidente da Fórmula 1, Stefano Domenicali, confessou-se encantado “por poder anunciar que a Fórmula 1 estará novamente em Portimão”, sobretudo “depois do enorme sucesso da corrida no ano passado”.
O sucesso da realização da prova no AIA foi de facto considerável, ainda que não tenha escapado a um rol de críticas pela falta de distância física entre a assistência. Para o GP de Portugal deste ano ainda não é claro se será permitida assistência ou não, estando dependente das normas sanitárias impostas pela pandemia de covid-19. No entanto, a organização fez saber que “a Fórmula 1 está a trabalhar de perto com o promotor e com o Governo português sobre a presença de público”. “Esperamos receber novamente os fãs em Portimão, de uma forma segura, e estamos a trabalhar com o promotor sobre os detalhes desse plano.”
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Reagindo à notícia, a secretária de Estado do Turismo de Portugal, Rita Marques, agradeceu “à FIA e à F1 pela sua confiança em Portugal, no Algarve e no Autódromo Internacional do Algarve”. “É com grande interesse que vemos o regresso da Fórmula 1 ao Algarve em 2021”, disse a governante, adiantando que a organização pode contar com o “total empenho” do Governo português para que o evento seja “um grande sucesso”.
Já o presidente da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), Ni Amorim, citado pela agência Lusa, mostrou-se muito satisfeito, sobretudo por ter sido dado mais um passo para que o circuito saia da lista de reserva, assumindo uma posição permanente no calendário. O responsável acrescentou ainda a importância deste tipo de acontecimentos numa altura em que “Portugal está numa situação económica difícil”. “Eventos como a Fórmula 1 serão muito importantes para uma região que vive do turismo.”
No ano passado, Rita Marques, em declarações ao jornal “Público”, defendeu que o evento tem dois impactos: um mediático “de promoção internacional do destino” e um económico. O último, explicou, varia em “em função do público” – se a assistência presencial será possível ou não. “No pior dos cenários estimamos [um impacte positivo de] 30 milhões; no mais otimista, que achamos que vai ser o cenário normal, estamos a contar com um impacto 175 milhões”, disse.
A corrida de 2020 no AIA, a 17.ª realizada em solo nacional, foi conquistada pelo britânico Lewis Hamilton, numa vitória com sabor muito especial: tendo sido a sua 92.ª vitória, estabeleceu um novo recorde no Campeonato do Mundo de Fórmula 1, destronando o inigualável Michael Schumacher.
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