Desportivo, mas elegante; fácil de conduzir, sem descurar a qualidade. Quando o Audi TT chegou às linhas de produção, em 1998, tinha tudo para se tornar um ícone da marca alemã. E não tardou a cumpri-lo.
Nascido do entusiasmo do designer americano Freeman Thomas, sob a orientação do então diretor de design da marca dos quatro anéis, Peter Schreyer, o TT (uma reminiscência da lendária prova Tourist Trophy na Ilha de Man, um dos mais antigos eventos de desportos motorizados do mundo) surgiu como um automóvel desportivo purista.
A decisão de o produzir em série era arriscada, mas, como lembrou recentemente Torsten Wenzel, o designer de exteriores da Audi que ajudou a levar o estudo à produção em série, sabiam que a aposta estava ganha “quando a imprensa especializada observou com apreço que pouco tinha mudado do estudo para o modelo de produção em série”. Ou seja, mesmo depois de todas as alterações necessárias para adaptar o TT à estrada, o modelo permanecia “uma escultura de condução, com superfícies e linhas da mais alta qualidade”.
A contribuir para essa sensação está o facto de a carroçaria do Audi TT parecer ser feita de uma só peça, como se tivesse sido realmente esculpido. Inspirado pela Bauhaus, uma das maiores e mais importantes expressões do que é chamado Modernismo no design e na arquitectura, cada linha no Audi TT foi pensada pela sua função e numa lógica de “menos é mais”.
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O Audi TT no mundo e em Portugal
O Audi TT conquistou um grande sucesso ao longo dos anos, atraindo para o seu leque de fãs tanto os entusiastas da velocidade e de um estilo desportivo como quem valorizava a elegância.
Um ano após o seu lançamento, o Audi TT somava prémios, nomeadamente da imprensa especializada (também em Portugal foi eleito Carro do Ano, tendo-lhe sido atribuído o Volante de Cristal), e vendas.
O Audi TT Coupé de primeira geração, entre 1998 e 2006) atingiu um número de produção de 178.765 unidades; o Audi TT Roadster, que começou a ser fabricado em 1999, atingiu as 90.733 unidades.
Os motores da primeira geração
Se o design foi a primeira coisa a chamar a atenção, o que se escondia sob o capot do Audi TT não deixava ninguém indiferente.
A primeira geração do TT chegava equipada com motores turbo de quatro cilindros com um nível de potência que variava entre os 150 e 225 cv, existindo ainda uma motorização V6 com 250 cv.
Mas o grande destaque da gama foi o motor de quatro cilindros do Audi TT quattro Sport, com uma potência de 240 cv e de produção limitada, que continua a ser uma das versões mais equilibradas.
Além das mecânicas, as possibilidades de personalização tornavam-no único. Para além das cores exclusivas, como o Papaya Orange ou o Nogaro Blue, era possível equipar o automóvel com acessórios especiais de fábrica, como o design “luva de basebol” para os bancos em pele do Audi TT Roadster.
As gerações que se seguiram
Nas duas gerações seguintes, os designers mantiveram a ideia de simplicidade elegante. A segunda geração do TT foi lançada em 2006 (Coupé) e 2007 (Roadster) e baseava-se na plataforma da segunda geração do Audi A3.
Pela primeira vez, foram utilizados amortecedores adaptativos com tecnologia Audi magnetic ride. Disponível como opção, esta tecnologia adapta continuamente os amortecedores ao perfil da estrada e ao estilo individual do condutor.
Em 2008, foi lançado o modelo desportivo TTS com um bloco de 2 litros sobrealimentado a debitar 272 cv, seguido um ano depois pelo TT RS: 2,5 litros turbo, cinco cilindros, para potências de 340 cv e 360 cv no Audi TT RS plus.
Em 2008, a marca dos quatro anéis lançou o TT 2.0 TDI quattro, o primeiro automóvel desportivo de produção do mundo a ser equipado com um motor Diesel.
À terceira geração, a Audi dedicou-se a tirar peso. O TT Coupé, com um motor 2.0 TFSI e transmissão manual, pesava apenas 1230 quilos. Mas também a recuperar o passado, com os designers a reinterpretarem as linhas do TT original de 1998, sem esquecer o presente. O TT de terceira geração estreou o Audi virtual cockpit e o monitor MMI.
Em 2016, o Audi TT RS passou a integrar LED orgânicos, conhecidos como tecnologia OLED.
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Versões de sucesso
Ao longo de sua história, o Audi TT ofereceu versões e variantes que se distinguiram pelas suas capacidades e visual marcantes.
Audi TT Coupe: Foi o primeiro e aquele que ainda hoje é considerado como uma referência no segmento de carros desportivos compactos.
Audi TT Roadster: Revelado um ano depois do Coupe, o TT Roadster mantém as características da versão original, oferecendo uma experiência de condução ao ar livre.
Audi TT RS: A versão de alta performance do TT, o TT RS elevava a fasquia do desempenho.
Audi TT S: Ideal para quem sonhava casar desportividade a funcionalidade.
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