Silenciosos, fáceis de estacionar e muito ágeis, os carros elétricos compactos estão para as grandes cidades como peixes na água. Desde logo, por garantirem a não produção, de forma direta, de emissões poluentes, contribuindo para uma melhor qualidade do ar, o que começa a ganhar relevância como espécie de exercício de afirmação. Depois, há que destacar o seu apreciável desembaraço, com a entrega imediata de binário a permitir rápidos arranques e retomas de velocidade num piscar de olhos.
Por outro lado, os preços dos automóveis nesta lista (ainda elevados quando comparados com modelos idênticos equipados com motores térmicos), corfirmam que, equacionando apenas o preço de aquisição e o consumo energético, a maior rentabilidade da compra de um elétrico só compensará depois de percorridos muitos quilómetros.
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Ainda assim, para os que já decidiram que é ao volante de um carro elétrico que querem enfrentar a lufa-lufa de todos os dias na cidade, estas são as melhores opções:
Renault Zoe Z.E. 40
O Renault Zoe sempre dominou o segmento dos carros elétricos citadinos, como o provam as quase 150 mil unidades vendidas da 1.ª e 2.ª gerações. E se o sucesso estrondoso tem tudo a ver com o facto de ter estado na categoria praticamente sozinho, a verdade é que trunfos não faltam ao compacto francês. Atualmente na 3.ª geração, levemente redesenhado, e com novas luzes LED que exibem a forma em C brilhante que encontramos em todos os novos veículos da Renault, o Zoe apresenta-se com motor de 100 kW ou 135 cv, e 245 Nm, alimentado por bateria de 52 kWh (um pulo de 12 kWh face ao antecessor). A marca do losango garante autonomia para 390 quilómetros e a possibilidade de ser recarregado em supercarregadores de 50 kW, solução que permite recuperar 150 km de autonomia em meia hora. Prestações anunciadas: velocidade máxima de 140 km/h, aceleração 0-100 km/h em 9,5 s.
Peugeot e-208
Ao contrário da Renault, com o Zoe, a estratégia de eletrificação da Peugeot não passa pela criação de modelos 100% dedicados a essa tecnologia, mas pela oferta de versões elétricas dos automóveis que tem no catálogo. O utilitário 208, construído na plataforma modular EMP2, permite que o 208 elétrico seja igual aos irmãos com motores térmicos, mas com pack de baterias alojado sob o habitáculo. A bateria tem 50 kWh de capacidade e permite carregamentos rápidos a 100 kW, com 80% da capacidade de resposta em 30 minutos. No início da comercialização, a marca oferece Wall Box de 7,4 kW (carga completa em 7h30m). O e-208 tem uma entrega da potência gerida por três modos de condução (Eco, Normal e Sport), sendo o último quase desportivo, a garantir uma aceleração de 0-100 km/h em 8,1 s. A Peugeot anuncia uma autonomia de 340 quilómetros.
BMW i3s
A BMW lançou o i3 em finais de 2013. Desde então, a imagem do compacto premium praticamente não mudou, mantendo-se incrivelmente atual. Onde a marca alemã mais trabalhou foi na capacidade efetiva das suas baterias, que passou dos 60 Ah originais para 120 Ah, o que permitiu esticar muito a autonomia. Mesmo na versão s, a mais potente (184 cv) e mais gastadora, a BMW garante autonomia para 260 km livres de emissões. As baterias de alta voltagem têm 42,2 kWh de capacidade. No i3s é possível recuperar 80% de carga em cerca de 15 horas de ligação a uma tomada doméstica (a 2,4 kWh); numa estação de carregamento rápido, a 50 kW, 45 minutos bastam.
smart EQ fortwo
Em 2020, a smart reforçou os argumentos do fortwo (coupé e cabrio), que recebeu uma atualização estética e digital e passa a estar disponível apenas com propulsão elétrica. O bilugar convence ao servir uma condução com níveis superiores de agilidade e precisão, com as dimensões de palmo e meio e o diâmetro de viragem que o tornam num verdadeiro animal de cidade. A estrutura da nova gama é simples, com três níveis de equipamento, Passion, Pulse e Prime, e três packs de acabamento, Advanced, Premium e Exclusive, que se combinam com nove cores disponíveis para a carroçaria. Difícil encontrar dois rigorosamente iguais. O smart elétrico mantém o motor de 80 cv e 160 Nm, associado a bateria de 17,6 kWh que permite anunciar autonomia para 135 km. Com o carregador de bordo de 22 kW (opção), é possível carregar 80% em 40 minutos através de uma rede trifásica.
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