Quer comprar um carro, mas não sabe qual o valor justo? Quer vender um carro, mas não sabe quanto ele vale? Aprenda como calcular o valor de carros usados.
Se não é um profissional da área automóvel, é comum (e, até, normal) não saber exactamente o valor comercial de cada automóvel, sobretudo quando se trata de carros usados. Porém, por vezes, este desconhecimento pode conduzir a negócios ruinosos.
Embora exista na internet cada vez mais informação sobre automóveis, calcular o valor de carros usados não é uma ciência exacta. Há várias formas de deliberação dos preços para determinar o valor justo de um automóvel, não existindo um método consensual de valorização de um carro usado.
Há também vários simuladores que asseguram dar-lhe o valor exacto do seu automóvel. No entanto, estes sites não são totalmente fidedignos e, apenas, lhe vão dar um valor aproximado.
Dificilmente existirão dois carros iguais. Nos dias de hoje, as possibilidades de personalização e de escolha de equipamentos são practicamente infinitas e a cor, as jantes ou os extras podem valorizar bastante o seu automóvel, na hora da venda.
Por todos estes motivos, fique, então, a saber quais são, realmente, os factores que valorizam um automóvel e aprenda como calcular o valor de um carro usado.
Valor de carros usados: 6 factores a ter em conta
Como já dissemos, existem vários factores que influenciam o valor de um carro. Para além do óbvio que é a idade e a quilometragem, há outros pormenores que determinam se o seu carro manteve ou perdeu muito do seu valor inicial. Conheça 6 destes factores determinantes.
1. Idade
Um dos factores mais importantes que os especialistas avaliam num automóvel é a sua idade. Os carros a diesel com 5 anos perdem, em média, 60% do seu valor inicial, ao passo que os carros a gasolina perdem apenas 50%.
2. Quilometragem
A quilometragem também tem um impacto bastante forte no valor de carros usados. O número indicado no odómetro não representa apenas um conjunto de algarismos. Na verdade, ele diz muito sobre o estado do automóvel e a vida deste.
Um carro com muitos quilómetros terá mais propensão a ter problemas em vários componentes mecânicos, uma vez que todas as peças de um carro têm uma vida útil e, mais tarde ou mais cedo, elas terão que ser mudadas. Quantos mais quilómetros tem um carro, maior é a probabilidade deste ter que sofrer essas reparações e, por consequência, torna-se menos apetecível no mercado de segunda mão. Como tal, os vendedores têm que baixar o seu valor, sendo esta a única forma de “cativar” os clientes.
3. Leilões
Embora não seja de conhecimento comum, o valor dos carros usados é, muitas vezes, definido com base nos leilões. Quem trabalha no mercado automóvel frequenta vários leilões e, com base no valor das licitações de um determinado carro, os vendedores têm uma ideia do preço que os clientes estarão dispostos a pagar por um determinado automóvel. Esta é uma das técnicas mais utilizadas para definir o preço dos carros em segunda mão.
4. Lei da oferta e da procura
Como em todas as áreas de negócio, o mercado automóvel também está bastante vulnerável à lei da oferta e da procura.
O Renault Clio é o carro mais vendido em Portugal desde 2015, ou seja, isto significa que tem uma procura muito forte e constante. No entanto, a oferta também é muita, o que faz com que um factor anule o outro. Isto é, se a muita procura podia aumentar os preços, a oferta muito vasta obriga a descer os valores.
Já no caso do segundo carro mais vendido em Portugal, o Peugeot 208, a situação é bastante diferente. Embora estes dois carros se assemelhem em vários aspectos, a procura do Peugeot 208 é bastante superior à oferta existente. Como tal, o valor comercial deste carro no mercado de segunda mão é bastante superior ao do Renault Clio.
A lei da oferta e da procura também se aplica às cores dos automóveis. As cores de carros mais vendidas em Portugal são o branco, o preto e o cinzento/prateado. Assim, se o seu carro está pintado numa destas cores, o seu valor comercial será ligeiramente superior ao valor comercial de um carro de outra cor.
5. Condição exterior e interior
A condição de um automóvel também faz com que o seu valor comercial dispare ou diminua em flecha.
Um carro estimado, tanto por dentro como por fora, indicia que teve cuidado com o automóvel e que, por isso, provavelmente ele se encontrará em excelentes condições, como se fosse practicamente novo.
6. Extras
Por último, mas não menos importante, os opcionais.
A dose de personalização que é possível colocar num carro é practicamente infinita. Desde kits desportivos para a carroçaria, jantes de diferentes dimensões, GPS, conexão ao telemóvel, bancos aquecidos ou eléctricos, tecto de abrir eléctrico, etc., as opções são mais que muitas e existem alguns extras mais apetecíveis do que outros.
Opcionais como tecto de abrir eléctrico, GPS ou faróis LED são alguns dos extras mais valorizados pelos clientes de carros em segunda mão. Por isso, se o seu carro tiver algum destes equipamentos, ele deverá ter um valor comercial bem acima da média.
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