12 maio 2023

Há um novo sinal de trânsito: velocidade média vai ser apurada por novos radares

Há dez novos radares de velocidade média em Portugal, que começarão a ser montados para um período experimental. A tecnologia, que tem como objetivo reduzir a sinistralidade, irá ser montada em pontos identificados com um elevado número de acidentes, mas nem sempre poderá ser encontrada no mesmo sítio.

Haverá duas dezenas de troços com os sinais H42, que indicam a existência de máquinas que registam a velocidade inicial e final ao longo de um percurso, habitualmente de dez quilómetros, usando esses dados e o tempo que se levou entre os dois sistemas para calcular a velocidade média. Se for excessiva face ao máximo permitido nessa via, as coimas vão de 60 a 2500 euros.

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O que são radares de velocidade média?

Os radares de velocidade média não irão trazer novidade em termos de operação. Calcular a velocidade de um veículo já era realizado por guardas republicanos ou agentes, que informavam a matrícula que tinha acabado de passar ao colega posicionado mais à frente. Este punha o cromómetro a funcionar e, no fim, bastava fazer contas simples para saber a que velocidade média o condutor daquela viatura circulou entre um carro e outro.

O que muda é que, com estes radares, a mão humana é dispensada. A primeira máquina regista os dados do veículo, bem como o momento da passagem, e a segunda faz o mesmo, calculando de imediato a velocidade de circulação e se esta está dentro dos limites da lei para o troço em causa.

A possibilidade de parar a meio para “enganar” a velocidade média deverá ser posta de parte, já que entre o ponto inicial e final não deverão existir áreas de repouso.

Onde vão estar os radares de velocidade média?

Há dez radares de velocidade média que serão colocados em duas dezenas de locais, alternando entre uns e outros. O que não muda é o sinal, não sabendo o automobilista se no dia da sua passagem o radar está ali montado ou noutro sitio qualquer.

A ideia é, então, criar a incerteza no automobilista, levando-a a ter uma atitude defensiva e a circular mais devagar.

De acordo com as autoridades, a fiscalização da velocidade com recurso à medição da velocidade média tem “aplicação em troços de estrada em que exista uma maior densidade de acidentes ao longo da respetiva extensão”. Entre estes, está o IC1 nas zonas de Setúbal e Beja; o IC19, que liga Lisboa e Sintra; a A1, nas zonas de Coimbra e Santarém; a A3, à passagem pelo Porto; a A6, junto a Évora, região onde será também sinalizado um percurso no IP2; e as estradas nacionais 4 (Setúbal), 6-7 (em Lisboa), 10 (em Lisboa e Setúbal), 109 (Coimbra) e 378 (Setúbal).

Em todos os pontos escolhidos, é habitual serem registadas infrações de velocidade, bem como acidentes que resultam desse excesso.

Artigo recomendado: 50 novos radares de controlo de velocidade em 2023

Tolerância zero

Ao contrário do que sucede com as máquinas mais velhinhas, em que é dado um desconto de 10% face à velocidade registada, os radares de velocidade média não irão dar qualquer margem. É que o relógio é mais difícil de ser enganado.

Assim, não vale a pena arriscar uma aceleradela a meio caminho, sendo de maior bom senso avançar sempre dentro dos limites da velocidade: se for de 120, ponha o cruise control nos 115 km/h e deixe o sistema tomar conta da condução, não arriscando uma despesa extra.

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