A Opel tem tradição na produção de familiares compactos. Iniciou-a em 1936 com a primeira geração do Kadett e renova-a mais de 80 anos depois, mas o novo Astra rompe com os antecessores. Do design à plataforma, o compacto alemão é outro automóvel e com uma novidade retumbante na história de 30 anos do familiar da Opel: uma versão 100% elétrica alimentada a bateria, com a designação Astra Electric.
Disponível para encomenda apenas a partir da primavera de 2023, o Astra 100% elétrico distingue-se esteticamente dos demais pelo emblema específico na tampa da bagageira, a ausência de qualquer terminal de escape e pouco mais, já que a entrada de carregamento está localizada onde se situa o bocal do depósito das versões de combustão e as entradas de ar dianteiras foram mantidas, assim como a grelha Opel Vizor e o vistoso para-choques desportivo do GS Line.
Outro elemento atrativo proposto de série são as jantes de liga leve de 18 polegadas com acabamento brilhante ou totalmente pintadas de preto.
O que muda no novo Opel Astra Electric?
Na verdade, embora à primeira vista não pareça, muda praticamente tudo. O novo Opel Astra assenta na terceira geração da plataforma modular EMP2 multienergia do grupo Stellantis, onde também nascem os novos DS 4 e Peugeot 308, o que contribui para o anunciado incremento da rigidez à torção na ordem dos 14% face ao automóvel que sai de cena.
Além disso, permite que o elétrico seja igual aos térmicos (por fora e por dentro), com a bateria alojada sob o habitáculo, que mesmo acrescentando mais de 300 kg às versões térmicas, está colocada em posição rebaixada que permite minorar os efeitos do peso sobre a dinâmica.
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A bateria de iões de lítio tem 54 kWh de capacidade (102 células, 17 módulos) e o apurado sistema de refrigeração permite aceitar carregamentos rápidos a 100 kW (CC), com 80% da capacidade reposta em 30 minutos.
No início da comercialização, a marca irá oferecer carregador de bordo trifásico de 11 kW para utilização em wall box doméstica. O consumo anunciado para o Astra Electric é de 14,9 kWh/100 km, ao mesmo tempo que a autonomia estimada atinge os 416 quilómetros no ciclo de homologação WLTP.
Condução para todos os gostos
O motor elétrico desenvolve 115 kW/156 cv de potência e um binário máximo de 270 Nm, enquanto a velocidade máxima anunciada é de 170 km/h.
Existem três modos de condução: o Eco, que maximiza a autonomia; Normal, para condução sem preocupações; e Sport, que maximiza a performance, disponibilizando a potência máxima de forma mais imediata.
O condutor pode ainda escolher entre dois modos de regeneração, um moderado, em que a retenção quando se desacelera é semelhante ao efeito de travão-motor num carro com motor de combustão, e um modo aumentado, em que a retenção quando se levanta o pé do acelerador é muito maior, permitindo até conduzir em muitas situações, sem necessidade de usar o pedal do travão.
A Opel oferece garantia de 8 anos ou 160 mil km para a bateria, trocando-a se dentro deste período baixar dos 70% de capacidade. Nas marcas do Grupo Stellantis, após as intervenções de manutenção, o cliente irá receber um certificado que poderá, inclusive, utilizar num momento de revenda do carro, comprovando a qualidade da bateria.
Preparado para a Autobahn
O novo Astra foi desenvolvido com base na terceira geração da versátil arquitetura multienergia EMP2, integrando todo o ADN da Opel desde os primeiros esboços. Isto significa que o comportamento do compacto alemão é tão sereno quanto dinâmico e que – tal como qualquer Opel – é autobahn-proof. Ou seja, concebido à altura das exigentes autoestradas alemãs, com grandes distâncias sem limite de velocidade. Por outras palavras, o excelente desempenho a alta velocidade foi um objetivo primordial do processo de desenvolvimento.
Na habitabilidade, mais progressos: o novo Astra mede 4,374 metros de comprimento (apenas mais 4 mm do que o antecessor), mas a distância entre eixos aumentou 13 milímetros, beneficiando sobretudo o espaço para as pernas dos ocupantes dos lugares posteriores, já que a bagageira mantém a volumetria de 372 litros.
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A carrinha mede mais 268 mm em comprimento, 57 mm entre eixos e 9 mm em altura. As qualidades principais do Sports Tourer encontram-se, obviamente, na capacidade da mala: o volume mínimo é de 516 e, com os encostos dos bancos traseiros rebatidos, aumenta para 1.553 litros.
Experiência pura
No painel de bordo, outra revolução. A digitalização é agora a nota dominante, com o Pure Panel, que combina um monitor de 10 polegadas para os instrumentos (em opção, todas as informações apresentadas de forma tridimensional) com um ecrã de 10 polegadas para o sistema de info-entretenimento (importante: os controlos físicos permaneçam em número mínimo para facilitar o acesso direto a algumas funções, como as do sistema de climatização).
Ainda em opção, à frente dos olhos do condutor pode estar o grande E-HUD, o head-up display onde surgem projetadas todas as informações essenciais à condução.
A apresentação é moderna, consonante com os mais recentes produtos da Opel, que mantém a técnica associada à construção dos ótimos bancos dianteiros Active Sport, desenvolvidos e certificados pela agência de especialistas em ergonomia AGR.
Na lista de equipamentos, destaque para as inúmeras assistências à condução, desde o aviso de colisão frontal com travagem de emergência automática até à assistência ativa na faixa de rodagem, passando ainda pela deteção de sonolência, alerta de tráfego transversal traseiro e mudança semiautomática de faixa, além da tecnologia de iluminação adaptativa, líder na classe, Intelli-Lux LED Pixel Light, com um total de 168 elementos LED.
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