A avaliação nas categorias ar limpo, eficiência energética, produção de gases com efeitos de estufa e motor incidiu sobre 24 automóveis que, alega o organismo independente, “foram submetidos a rigorosos testes”. “Os carros elétricos destacam-se como os veículos mais limpos e eficientes, mas existem também grandes diferenças entre os carros convencionais de melhor e pior desempenho”, lê-se no comunicado divulgado no final da passada semana.
Os testes incluíram exames laboratoriais e experiências de condução, que permitiram ter um relance do comportamento dos veículos no mundo real, permitindo que o Green NCAP reclame o estatuto para as suas classificações de “oferecem o melhor de ambos os mundos em termos de avaliação”. O esquema de classificação, explicam, acrescenta agora a avaliação de gases com efeito de estufa às de ar limpo e eficiência energética, fornecendo informações ainda mais amplas e abrangentes para os consumidores.
Veja os carros elétricos à venda no Standvirtual
Depois do Hyundai Kauai e do Renault Zoe, que receberam 5 estrelas, surge na terceira posição o híbrido Toyota C-HR, com três estrelas e meia. No entanto, o sistema híbrido da Honda não foi tão convincente: o Honda CR-V, de potência semelhante, não conseguiu mais do que duas estrelas e meia, posicionando-se em 13º lugar, atrás de carros sem qualquer apoio elétrico.
Artigo relacionado: Saiba como reduzir os consumos e as emissões do seu carro
Mas de volta aos melhores, onde estão os três gigantes do popular segmento B: Peugeot 208, Renault Clio e Volkswagen Polo, todos com três estrelas. Do outro lado do espelho, ficaram os líderes dos furgões de passageiros, Mercedes-Benz Classe V, Opel Zafira e Volkswagen Transporter, prejudicados pelo peso e por uma pobre aerodinâmica. “Embora o pós-tratamento muito eficaz signifique que controlam bem as emissões poluentes, requerem muita energia/combustível para movimentar o seu peso”, explica o Green NCAP.
Ainda em destaque, a solução a gasóleo da Mercedes-Benz proposta no Classe C 220d, que se destaca ao receber três estrelas e a apresentar-se em 4º lugar, o que revela ser possível controlar as emissões poluentes com uma boa conceção do motor e com um pós-tratamento dos gases de escape de excelência.
O esquema de classificação revisto está de acordo com os sentimentos expressados num inquérito abrangente aos consumidores europeus, cujos resultados completos serão publicados no início do próximo ano.
Artigo relacionado: Diferença entre carros híbridos, plug-in e elétricos
De frisar que nesta avaliação, patrocinada pela Comissão Europeia como parte do projeto Green Vehicle Index (GVI), não foram incluídos híbridos “plug-in”, o que acontecerá na próxima ronda, prevista para fevereiro.
Além disso, o processo de avaliação ainda não está finalizado, com o organismo a ressalvar o facto de os valores apresentados derivarem de uma análise do tanque à roda, quando o desejável seria fazer do poço à roda. “A Green NCAP planeia alargar ainda mais a sua análise (…) e ter em conta as emissões ‘a montante’ envolvidas no fabrico de combustíveis ou na produção de eletricidade.”
Leia também:
Serão os carros elétricos mais caros a longo prazo?