mazda mx-30

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Mazda MX-30: Diferente, para melhor

O Mazda MX-30 é o primeiro Mazda 100% elétrico, e para além do estilo sedutor e características muito particulares, é um carro que cativa e impressiona todos os que se sentam ao seu volante. Sobretudo agora, que viu alguns dos seus pontos chave serem melhorados, em particular no que a carregamento diz respeito.

Passamos 1 semana ao volante do “renovado” Mazda MX-30 e estas foram as 5 coisas que mais gostamos neste mini SUV japonês (para além do uso de cortiça portuguesa).

Mazda MX-30: Quanto mais bateria tivesse, mais o conduzíamos

1. Conforto

A posição de condução característica dos SUV, é desde logo, um ponto de partida favorável a esta tipologia de carros. Mas o Mazda MX-30 consegue elevar as doses de conforto para patamares bem superiores, que muitas vezes nos fazem até esquecer as dimensões “modestas” deste mini-SUV.

Os bancos, além de serem bastante ergonómicos, nesta versão em particular contam com regulação elétrica e aquecimento, o que permite encontrar com facilidade a posição ideal de condução de acordo com as preferências de cada um.

A capacidade de absorção da suspensão é também ela impressionante, e deixa trespassar muito poucas irregularidades do piso para o habitáculo, cooperando assim com doses de conforto reforçadas.

Os 366L de capacidade da bagageira, extensíveis até aos 1171L na sua capacidade máxima, permitem ao Mazda MX-30 ombrear com os líderes do segmento no que a capacidade de arrumação diz respeito.

2. Estilo

A estética é, e sempre será subjectiva, mas se há algo factual é que o design do Mazda MX-30 não deixa ninguém indiferente. Seja pelo seu arrojo nas linhas da carroçaria, ou pelas caricatas portas “suicida” que permitem um acesso facilitado aos bancos traseiros, permitindo manter um estilo SUV coupé.

O design segue a filosofia Kodo, introduzida em 2012 pelo Mazda CX-5, que significa “Alma do movimento”, e que explora “a beleza poderosa e irresistível do movimento natural num objecto estático”.

As formas dinâmicas e emocionantes do MX-30 demonstram a influência da herança japonesa da Mazda ao mesmo tempo que as suas linhas nos remetem, subtilmente, para algumas das suas glórias do passado, como o MX-3, MX-5 ou até o RX-8.

Quem comprar um Mazda MX-30 certamente terá o estilo do seu carro como tópico para conversa de café, e os argumentos quase sempre serão favoráveis.

3. Qualidade do interior e de construção

O interior em cortiça do Mazda MX-30
O Mazda MX-30 usa cortiça portuguesa no interior. Um pormenor diferente, com ar premium, e que dá um cunho mais lusitano a este Mazda.

A Mazda não se assume como uma marca premium, nem tampouco como uma marca generalista, e até nisto é diferente do resto.

Apesar do preço dos produtos Mazda estarem ao nível de algumas das marcas com maior expressão europeias, o certo é que a qualidade de todos os materiais que encontramos a bordo, assim como a robustez da sua montagem, faz inveja ao que de melhor alemães e italianos sabem fazer.

4. Condução

O Mazda MX-30 é um citadino puro, quer nos andamentos, quer nas características de condução. No entanto, durante o nosso ensaio revelou sempre ser um carro ágil que facilmente se adapta a qualquer estilo de condução, muito graças ao seu “peso pluma”, tendo em conta que é um elétrico (1700kg). Porém, este Mazda dá preferência a toadas mais suaves.

Os 140km/h de velocidade máxima limitada eletronicamente são atingidos sem qualquer esforço e perante uma aceleração uniforme, com feeling premium, ao contrário daquele “kick” inicial que muitos elétricos dão, revelando-se por vezes desconfortáveis para os passageiros.

Graças aos 145xcv de potência e aos 271Nm de binário, este é um elétrico que parece não o ser, no bom sentido da expressão, pois tem um comportamento tal como se de um carro a gasolina se tratasse.

Também o feeling da direção segue os pergaminhos já conhecidos de outras propostas Mazda, que ano após ano demonstra que sabe construir automóveis confortáveis, fiáveis, e sobretudo, divertidos de conduzir (que o diga o Mazda MX-5), sendo precisa e direta, e oferecendo feedback suficiente ao condutor para permitir conter os movimentos da carroçaria.

É um automóvel que se sente em casa nas grandes cidades como Porto, Braga ou Lisboa, mas que não desilude quem gosta de fazer incursões em estradas de montanha ou pelas planícies do interior.

5. Carregamento

As alterações recentes feitas ao Mazda MX-30 foram imperceptíveis ao olho humano, mas cruciais aos olhos dos utilizadores de um carro elétrico. E que diferença fazem na convivência com o Mazda MX-30.

É um facto que a bateria do MX-30 não é das mais capazes do mercado no que diz respeito à autonomia. Não que os 200km de autonomia (reais) limitem de algum modo o dia-a-dia mais cosmopolita (poucos serão os portugueses que percorram mais do que esta distância durante o dia), mas é verdade que o prazer de condução e conforto deste carro nos fazem querer conduzi-lo para “outros voos”.

Neste model year 2023, a velocidade de carregamento do Mazda MX-30 foi melhorada de 40kW para 50kW, o que significa que agora, em apenas 25 minutos, conseguimos levar a bateria do carro dos 10 aos 80%. Além disso, passou também a suportar o carregamento em corrente alternada (AC) trifásica de 11 kW (antes era de 6,6 kW), o que permite carregar a totalidade da bateria numa Wallbox em apenas 3:15h.

mazda mx-30

Em suma, o Mazda MX-30 é um carro que impressiona todos os que o conduzem e todos os que para ele olham. O conforto do seu habitáculo conquista os passageiros, o entusiasmo da sua condução apaixona os condutores, e até mesmo as suas limitações são resolvidas muito facilmente com algum planeamento, algo a que qualquer condutor de um elétrico tem que estar habituado. Afinal de contas, basta parar o tempo de se tomar um café para repor autonomia suficiente e chegar ao destino num carro exclusivo e em pleno estilo.

 

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