A história das buzinas dos carros

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A história das buzinas dos carros

Em 1895, durante reinado de D. Carlos I, Jorge, quarto conde de Avilez, conseguiu trazer o primeiro automóvel para Portugal. Tratava-se de um Panhard & Levassor, que ficaria registado na alfândega como um locomóvel.

Entusiasmado pela sua nova aquisição, o aristocrata aventurou-se numa viagem de Lisboa a Santiago do Cacém. Mas, à passagem por Palmela, o atropelamento de um burro acabaria por chegar aos jornais da época.

Tivesse Jorge uma buzina e tal não teria acontecido. Mas o sinal sonoro adaptado às “carruagens que não precisavam de animais” ainda demoraria a ser inventado. Isto porque, os veículos de tração animal há muito que contavam com um sistema do género. Desde o século XIII que se compreendeu a necessidade de espantar animais das estradas. E, depois dos gritos, o uso de uma corneta (ou de um badalo) para o efeito tornou-se popular. Já a buzina elétrica para o automóvel chegou no início do século XX.

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Em 1908, o inventor norte-americano Miller Reese Hutchison, que viria a tornar-se engenheiro chefe do “feiticeiro” Thomas Edison, patenteou o mecanismo. Pouco depois, a Lovell-McConnell Manufacturing Company de Newark, New Jersey, comprou os direitos do dispositivo, que começaram por aparecer primeiro como equipamento de série nos automóveis da General Motors.

Como funciona a buzina elétrica?

As buzinas automóveis elétricas, conectadas à bateria dos carros, são acionadas por um diafragma de aço circular que tem um eletroíman, que atua numa direção, e uma mola, que puxa na direção oposta.

O diafragma é ligado a pontos de contacto que interrompem repetidamente a corrente a esse eletromagnete, fazendo com que o diafragma volte a saltar para o outro lado, o que completa outra vez o circuito. Este sistema, de abrir e fechar o circuito centenas de vezes por segundo, cria um ruído elevado, cujo som entra numa buzina para ser amplificado.

Tradicionalmente, existe um mecanismo para ajustar a distância/tensão dos contactos elétricos para melhor funcionamento.

Os níveis sonoros das buzinas dos automóveis andam entre os 107 e os 109 decibéis, exigindo uma corrente entre os cinco e os seis amperes.

Para que serve (e não serve) a buzina?

De acordo com o Código da Estrada, a buzina só pode ser usada, e de forma breve, em caso de perigo iminente ou, quando fora das localidades, para prevenir um condutor da intenção de o ultrapassar, assim como nas curvas, cruzamentos, entroncamentos e lombas de visibilidade reduzida. Os veículos de polícia ou automóveis que transitem em prestação de socorro ou de serviço urgente de interesse público podem usar o aviso sonoro quando em marcha de emergência.

No entanto, o mais comum é a buzina ser acionada para funcionar como uma ferramenta de contestação, sendo usada contra os demais automobilistas, ou porque se distraíram com a mudança do sinal para o verde ou como complemento a uma enxurrada de insultos.

Só que esse desabafo pode sair caro: o incumprimento do previsto no Código da Estrada pode ser sancionado com coima, que vai de 60 a 300 euros

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E se a buzina deixar de funcionar?

Se a buzina falhar, comece por verificar o fusível. Por vezes, basta olhar para este componente para perceber que o problema reside nele. Nesse caso, a substituição do fusível deverá ser o suficiente para resolver a questão.

Caso o fusível não apresente qualquer problema, significa que a falha ocorreu ao longo do circuito ou no interior da própria buzina. Poderá tratar-se de algo tão simples quanto acumulação de pó no dispositivo (bastará desmontar e limpar) ou uma questão que necessitará da intervenção de um técnico.

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