Na cruzada para a mudança de paradigma na indústria automóvel, com multas para os fabricantes que violem o limite de 95 g/km para a média de emissões de dióxido de carbono (CO2) das frotas de carros novos, os desportivos são cada vez menos rentáveis e estão em vias de extinção. Pior: as alternativas “racing” eletrificadas no horizonte chegarão ao mercado inflacionadas pelo preço da tecnologia, logo, acessíveis a cada vez menos bolsas.
Felizmente, no mercado de ocasião não faltam bons exemplares para quem procura o bom desportivo da velha guarda, com motor potente e barulhento, para acelerar “à antiga” e, nesta lista, por menos de 30 mil euros.
5 carros desportivos que pode encontrar mercado de usados por menos de 30.000€
Audi TT
Desde que foi lançado em 1998, o Audi TT transformou-se num dos coupés de maior longevidade no catálogo da marca alemã, evoluindo cirurgicamente a cada nova geração, para nunca romper radicalmente com o conceito original de desportivo completo, capaz de empolgar em condução desportiva e também compatível com a utilização de todos os dias – se o banco traseiro for mais um acessório que uma necessidade…. Na segunda geração, produzida entre 2006 e 2014, o desportivo recorreu à plataforma PQ35 da Volkswagen, a mesma que servia o Audi A5, com painéis em alumínio nos painéis frontais e aço na secção posterior, o que garantia a repartição ótima do peso entre os dois eixos. Disponível com quatro motorizações a gasolina da família TSFI, chegou a ser comercializado com o Diesel 2.0 TDI, a mecânica menos desportiva no catálogo.
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BMW Z3 Coupé
Em 1998, com o Z3 Coupé, a BMW apostou num nicho de mercado novo e… saiu-se mal – os resultados das vendas foram dececionantes. A estética original, que surgiu como a interpretação alemã do famoso conceito inglês de “shooting brake”, não convenceu. Ao contrário das suas credenciais dinâmicas, que mereceram até a criação de uma versão M, superdesportiva, equipada com motor de 3,2 litros (S50) de 321 cv às 7000 RPM. Nas versões mais “normais”, só mecânicas de seis cilindros em linha, atmosféricas: primeiro, o 2,8 litros com 193 CV (28i) e, a partir do ano 2000, o 3,0 litros de 231 CV (30i), que é a escolha acertada.
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Peugeot RCZ R
No último ano de produção, antes de ser descontinuado pela Peugeot em 2015, o RCZ conheceu uma versão R, a mais atrevida, preparada especificamente pela Peugeot Sport, com chassis mais rígido, molas mais firmes à frente (10%) e atrás (44%) e com novas barras anti-aproximação. Sendo depois mais leve 66 kg do que a versão “normal”, o RCZ R ainda montava a variante de 270 cv do motor 1.6 THP (+70 cv), confiando num diferencial mecânico Torsen a missão de manter o desportivo de tração dianteira nos eixos, mesmo em condução muito acelerada. A marca francesa anuncia 5,9 segundos de 0 a 100 km/h, para a versão apenas disponível com caixa manual de 6 velocidades.
Subaru Impreza WRX
A segunda geração do Subaru Impreza WRX surgiu, no início do 2000, equipada com propulsor de quatro cilindros opostos de 218 cv (revisto para cumprir emissões), com caixa manual de 5 velocidades e sistema de tração integral com diferencial central traseiro autoblocante. As melhorias operadas no habitáculo foram enormes, apresentando um desenho moderno, muito bem insonorizado e materiais de qualidade superior. Já as alterações introduzidas na taragem e na geometria da suspensão visaram essencialmente a redução do ruído de rolamento e a resposta menos seca em mau piso, mas as concessões ao conforto nesta geração não penalizaram o comportamento dinâmico, extremamente ágil e eficaz, mesmo com aquela tendência de subviragem que faz dele um dos mais reputados “professores” de condução desportiva. Não será a geração mais maquinal e excitante do WRX, mas é sem dúvida uma das melhores berlinas “racing” que se pode encontrar por menos de 30.000€.
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VW Golf GTI
Com o novo Golf GTI na rampa de lançamento, existe uma oportunidade ótima para negociar os preços dos exemplares da sétima geração do compacto desportivo alemão no mercado de usados. Construído sobre a competente plataforma MQB da Volkswagen, com motor 2.0 TSI que chega aos 245 cv nas versões mais potentes, dispondo de caixa automática DSG de sete velocidades, com patilhas junto ao volante para o comando sequencial/manual, o Golf GTI é uma instituição. Superequilibrado, garantindo uma quase incomparável harmonia entre eficácia e conforto que permite uma agradável utilização quotidiana, é daqueles automóveis que ensina a conduzir depressa, valendo-se da eficácia do diferencial autoblocante eletrónico XDS+ no eixo de tração (dianteiro) sempre que se exagera a entrada numa curva. Com Launch Control para arranques brutais, o motor está sempre pronto a entrar num registo “faca na liga” logo acima das 4000 RPM, acelerando num ápice a velocidades proibitivas, mas nunca exigindo grandes dotes de pilotagem.
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