Carros blindados como são feitos e quem os usa em Portugal

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Carros blindados: como são feitos e quem os usa em Portugal

Nos filmes de ação, abundam e são muitas vezes os responsáveis pela sobrevivência do herói, mesmo numa situação mais violenta. Mas os carros blindados não fazem parte apenas do imaginário: descubra o que são, o que é necessário para ter um e para o que são habitualmente usados.

O que são carros blindados?

Comece-se precisamente por o que são. De acordo com Decreto-Lei n.º 16/2010, um carro blindado é aquele que se destina à proteção dos passageiros e ou das mercadorias transportadas e que satisfazem os requisitos da blindagem anti-balas. Ou seja, para se considerar um carro como blindado este deve ser capaz de resistir a tentativas de roubo e sequestro, e não ser vulnerável aos projéteis da maioria das armas de mão, suportando calor extremo originado por um explosivo ou de um incêndio na sequência de uma colisão.

E, apesar de parecer algo até com uma pitada futurista, a verdade é que a ideia do carro blindado remonta a Leonardo da Vinci: um esboço de um veículo de guerra com essas características foi rabiscado pelo artista-inventor, em 1485. Ainda demoraria algum tempo até verem a luz do dia, algo que aconteceu no Velho Oeste Americano, com a corrida ao ouro e a necessidade de transportar este metal precioso por terras inóspitas, onde abundavam bandidos. Ou, pelo menos, uma tentativa do que viria a fazer a diferença na Grande Guerra. Fabricante: nada menos do que a Rolls-Royce. Em 1930, foi a vez da Mercedes-Benz construir o seu primeiro carro blindado – uma oferta para o Papa Pio XI.

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Como se faz?

Há carros que já saem de fábrica blindados, no entanto, o processo de blindagem pode ser feito “a posteriori” e ter por base um automóvel comum, já que, mesmo nos que são à prova de bala de origem, o chassis é o mesmo. E a conversão pode ser muito aliciante em zonas de baixa segurança, onde a criminalidade é elevada.

Algo que se deve ter em conta é que a ideia não é sobrecarregar o chassis com peso excessivo. Por isso, a conversão não deve ser feita de ânimo leve nem em qualquer lugar.

O primeiro passo de uma conversão passa por desmontar por completo o interior até que a armação fique exposta. Ao mesmo tempo que se vai “descascando” o carro por dentro e por fora, são tiradas medidas de forma muito precisa para que, no fim, depois da montagem dos painéis à prova de bala, tudo volte a encaixar na perfeição. A blindagem é instalada em cada porta e também nos pilares e postes, atrás dos bancos traseiros, além de serem protegidos componentes como a bateria.

As janelas terão de ter um tratamento especial e os pneus deverão ser trocados para uns de elevado desempenho.

Paralelamente, é desmontado o depósito de combustível, respetivas bombas e tubagens, que serão protegidos com um revestimento próprio. Depois de concluído este processo, será da responsabilidade da equipa de mecânica testar os sistemas de travagem e suspensão do carro, que terão de sofrer algumas alterações de forma a serem eficazes mesmo com o peso extra da blindagem.

No fim, a equipa da conversão volta a montar pecinha a pecinha, recriando o carro que até parece igual ao que era antes.

Quem os usa em Portugal?

Como se referiu antes, a popularidade dos veículos blindados está diretamente relacionada com a criminalidade da região em que se está. Em países como Honduras, Venezuela, Belize, El Salvador, Guatemala ou África do Sul, qualquer pessoa que tenha possibilidades financeiras investe num carro à prova de bala.

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Já em Portugal, que ocupa o 14º lugar dos países mais seguros do mundo, não é comum optar pela blindagem de um automóvel particular. Há, claro, carros blindados entre as forças de segurança e militares.

No entanto, há mais casos que justificam a existência de veículos blindados, como os utilizados para transportar valores, tais como grandes quantidades de dinheiro, especialmente para os bancos ou empresas de retalho.

Tipicamente personalizados num chassis básico de furgão ou camião, apresentam vidros resistentes a balas, blindagem, além de carroçaria e habitáculo reforçados.

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