As 5 estradas mais perigosas em Portugal

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As 5 estradas mais perigosas em Portugal

As estradas mais perigosas não são as únicas responsáveis pelos acidentes. A sinistralidade está diretamente relacionada com o estado do veículo e com a responsabilidade do condutor. Mas há troços em que os cuidados devem ser redobrados – e nem sempre a velocidade máxima permitida pelo Código da Estrada se aplica às condições do asfalto, cabendo a quem se senta atrás do volante equacionar todas as variáveis e adaptar o estilo de condução à realidade.

Entre janeiro e novembro do ano passado, muito fruto da drástica redução na circulação devido aos constrangimentos provocados pela pandemia de covid-19, a sinistralidade registou uma melhoria nos principais indicadores: menos 9076 acidentes com vítimas (-27,8%), menos 77 vítimas mortais (-17,6%), menos 479 feridos graves (-22,5%) e menos 12.182 feridos leves (-30,8%). No entanto, os números sobre os acidentes que ocorreram naquele período ainda impressionam: 23.630 acidentes com vítimas no Continente, de que resultaram 360 vítimas mortais ocorridas no local do acidente ou durante o transporte até à unidade de saúde, 1649 feridos graves e 27.428 feridos de leve gravidade.

Entre as principais causas identificadas para os acidentes de viação estão excesso de velocidade, consumo de álcool e manobras perigosas – três fatores que dependem da ação do condutor, que deverá estar particularmente atento em algumas vias, sobretudo aos identificados “pontos negros”. Designados desta forma, são basicamente extensões de asfalto de até 200 metros onde ocorrem mais do que cinco acidentes, com indicador de gravidade acima de 20.

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O último relatório a propósito dos pontos negros, marcados pela Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária, é referente a 2018, mas continua muito atual – saiba onde tem de estar preparado para o imprevisto e onde se escondem as mais perigosas ratoeiras das estradas portuguesas.

Estradas mais perigosas em Portugal

IC 19

Sendo uma das estradas com maior volume de tráfego em Portugal, não é de admirar que a probabilidade de ter um acidente nesta via seja superior à que pode ser calculada noutra qualquer estrada. Até porque, ao longo de 16 quilómetros, foram identificados nove pontos negros. O primeiro foi registado logo no arranque, aos 50 metros de estrada, prolongando-se até aos 200m; o segundo, entre os 300 e os 500 metros; depois, do km 1,9 ao 2,1; de 2,5 a 2,7; dos 3,7 aos 3,9; entre os 4,0 e os 4,1; dos 5,8 aos 6,0; entre os 6,8 e os 7,0; e, finalmente, do ponto em que marca 8,8 quilómetros ao km 9,0. No total, foram registados 59 acidentes nestes pontos, sendo o mais crítico o primeiro, onde ocorreram 12 sinistros. Não foram observadas vítimas mortais, tendo a larga maioria dos acidentes envolvido apenas chapa, resultando em feridos de gravidade ligeira; apenas um ferido foi assinalado como grave.

EN 10

A estrada que liga Setúbal a Vila Franca de Xira, unindo as duas margens do rio Tejo, registou sete pontos negros: aos quilómetros 29,6; 128,4; 128,8; 130,3; 133,1; 135; e 138,1. A conclusão é que a área mais complicada é a que atravessa Alverca, sendo por isso de ter mais atenção sempre que por aqui passar. Ao todo, houve 42 acidentes que envolveram 79 viaturas. Com uma vítima mortal, no troço que em todo o país registou maior índice de gravidade (121), ao quilómetro 138,1, foram ainda identificados três feridos graves e 49 ligeiros.

A2

A principal autoestrada do Sul, a Autoestrada nº 2, posicionou-se em terceiro lugar entre as vias com mais pontos negros: seis ao longo dos seus 240,2 quilómetros. Os sítios críticos desta via localizam-se aos 100 metros, assim que se abandona a ponte 25 de Abril e se passa o cruzamento com saídas para Almada e Costa de Caparica, sendo os seguintes aos quilómetros 2,5; 4,4; 5,6; 5,7; e 5,9. Em quatro dezenas de acidentes não se observou nenhuma vítima mortal e houve apenas um ferido grave.

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A5

Mais uma via em torno da capital a encabeçar a lista das estradas com mais troços críticos. A autoestrada que liga Lisboa a Cascais apresenta seis pontos negros: aos 60 e aos 100 metros, logo após a saída do viaduto Duarte Pacheco; aos 700 e aos 800m; e aos quilómetros 1,8 e 4,2. Em conjunto, estes sítios acumularam 41 sinistros, mas apenas com feridos ligeiros.

A20

O top-5 fica completo com a presença da Circular Regional Interior do Porto, onde foram identificados quatro pontos negros: aos quilómetros 12,3; 14,3; 14,8; e 15,8. O acumulado destes locais observaram 30 acidentes, a envolverem 82 viaturas. Como resultado, tiveram de receber assistência 38 feridos ligeiros.

 
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