5 dicas para não ser enganado na oficina

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5 dicas para não ser enganado na oficina

Será que a revisão ficou bem feita ou o estrago totalmente reparado? Será que vai doer… na carteira? Se é do tipo de condutor que acredita que levar o automóvel à oficina pode ser quase tão assustador como uma ida ao dentista, aqui ficam as melhores receitas contra enganos. 

Para evitar surpresas desagradáveis, o melhor mesmo é escolher a oficina com critério, tendo em conta o prazo de garantia do automóvel, a localização (de preferência, perto de casa ou do trabalho) e o tipo de serviço (manutenção simples, revisão ou reparação). Deve privilegiar as empresas com certificações, garantindo que será atendido por profissionais competentes e sérios.

1. Não pague gato por lebre 

Escolher uma oficina autorizada é caminho andado para garantir que não será enganado. Estas oficinas pertencem a concessionários ou agentes certificados pelas marcas de automóveis e, por isso, estão apetrechadas com os aparelhos e ferramentas próprias para a reparação dos veículos da marca.

Em teoria, também os funcionários têm formação técnica específica para os diversos modelos dos fabricantes que representam e as peças utilizadas na reparação são de origem. Contra: a mão-de-obra e as peças são normalmente mais caras nas oficinas autorizadas do que nas generalistas.

Enquanto decorre o prazo da garantia do veículo é importante que recorra a oficinas autorizadas. Se a garantia já expirou, esse esforço nem sempre se justifica. E o mesmo se aplica se a intervenção não é extremamente complicada.

As oficinas não autorizadas estão mais vocacionadas para a reparação de avarias ou manutenção de componentes. Os seus mecânicos possuem formação técnica geral e, nalguns casos, podem faltar conhecimentos exatos ou as ferramentas adequadas para a reparação do veículo, principalmente os mais modernos. Mas conte com mão-de-obra mais barata, podendo optar por peças de origem ou de fornecedores de outras marcas a preços mais baixos. Ou até adquiri-las em ferros-velhos.

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2. Conte os quilómetros

Antes de entregar o automóvel para a reparação na oficina é aconselhável verificar a quilometragem. As melhores oficinas costumam ter este cuidado, e o número aparece registado na fatura. Mas as oficinas multimarcas nem sempre o fazem e desta forma não há como verificar que o veículo não será utilizado para fins pessoais.

3. Atenção aos extras

Informe-se sobre os preços antes de aceitar qualquer tipo de serviços extras (lavagem, aspiração). E lembre-se que não é obrigado a pagar um serviço que não contratou.

Peça o relatório do que foi reparado e confira com o que está descrito na fatura. Se esta não estiver correta ou for sumária, solicite uma mais detalhada. Se forem trocadas peças, o reparador deverá devolver as velhas. Confirme também o número de horas de mão-de-obra registado na fatura e compare com o tempo em que a viatura esteve imobilizada na oficina.

4. Compare orçamentos entre oficinas

Pedir orçamento é outra dica indispensável numa visita à oficina com o automóvel. É importante saber quanto lhe custará a reparação, não só para evitar surpresas desagradáveis, mas também para que o possa comparar com outras oficinas.

Além disso, o documento compromete a oficina a cumprir rigorosamente o que foi acordado, nem mais nem menos.

No orçamento, deverá constar a morada e nome da oficina (para que não existam dúvidas sobre a sua origem), a marca, modelo e matrícula do automóvel, a data em que foi elaborado o orçamento, bem como a indicação do prazo de validade do mesmo. Idealmente, o documento deve incluir o levantamento dos componentes danificados e o tempo previsto para a reparação pelos serviços da oficina.

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5. Em caso de dívida, reclame!

Se o trabalho não foi corretamente executado reclame! Se verificar que a reparação não cumpre os requisitos, não aceite!

Sabia que sempre que leva o carro a ser reparado numa oficina passa a estar abrangido pelo contrato de prestação de serviço? Isso significa, por exemplo, que as peças novas que o veículo necessitar têm garantia de dois anos. Durante esse prazo, qualquer anomalia detetada dá direito à reparação ou substituição da peça estragada.

Certifique-se de que a oficina que contratou está disposta a honrar este compromisso. Também podem existir anomalias ocultas, não identificáveis na altura da entrega do veículo, mas que se revelam mais tarde. Nestes casos, o proprietário deve dirigir-se à oficina, reclamando num prazo de 30 dias após a deteção da irregularidade e dentro do período de garantia.

Para fazer prevalecer os seus direitos, o consumidor poderá recorrer ao Centro de Arbitragem do Setor Automóvel que tem competência para proceder à resolução extrajudicial de litígios ocorridos em todo o território nacional.

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