5 cuidados a ter na compra de um carro elétrico usado

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5 cuidados a ter na compra de um carro elétrico usado

Conteúdo patrocinado por: DEKRA

Quando o primeiro elétrico de produção em massa surgiu, no caso o Nissan Leaf, em 2011, muitos torceram-lhe o nariz, certos de que a tecnologia não teria pernas para andar. Mas, apenas uma dúzia de anos mais tarde, o paradigma da mobilidade mudou, impulsionado pela necessidade de pôr um travão no aquecimento global, mas também pelo facto de o principal problema dos automóveis elétricos estar parcialmente resolvido: o da fraca autonomia inicial.

Atualmente, a maioria das propostas elétricas propõe um alcance médio de 300 quilómetros, valor que, obrigando a alguma ginástica quando se pretende ir passar um fim de semana longe, já é aceitável para andar no dia a dia sem grandes preocupações. O problema é que a capacidade da bateria vai-se deteriorando com o passar do tempo, sendo ainda particularmente sensível ao uso que lhe é dado. Por isso, a compra de um usado obriga a uma atenção especial a este componente. Mas não só.

A pensar comprar um elétrico usado? Siga as nossas dicas para que o negócio corra de feição.

À procura de um carro elétrico usado?

1. Atenção à bateria

Atenção à bateria

A bateria de um elétrico é provavelmente o componente mais sensível e também o mais dispendioso de substituir. De tal maneira, que, inicialmente, os primeiros carros eram propostos com baterias de aluguer, que obrigavam ao pagamento de uma renda mensal, ficando a marca responsável pela sua substituição em caso de problemas. O esquema não pegou em Portugal e, atualmente, o preço da bateria está incluído no valor do automóvel. O problema é que é o proprietário do carro que tem de proceder à sua substituição em caso de problemas.

Na altura de comprar um usado, o estado de saúde da bateria, ou seja, a capacidade (medida em kWh) real que apresenta, é determinante para perceber se se está diante de um bom ou mau negócio. Uma forma simples é pedir para ver o carro com a carga completa e verificar quantos quilómetros o sistema informa ainda restarem, comparando com os dados de um novo. Mas há métodos mais científicos para certificar a capacidade que resta a uma bateria.

2. Peça ajuda especializada

Para que não saia enganado, o ideal é fazer uma análise à bateria, o que é possível recorrendo à DEKRA, cujo teste, baseado numa aplicação web para veículos híbridos plug-in e elétricos, fornece informação precisa do estado de saúde da bateria, avaliada através de uma análise rápida: bastam 15 minutos para saber exatamente qual é o SoH (estado de saúde) atual da bateria. Com uma enorme vantagem: o teste DEKRA é independente, não sendo uma parte interessada perante fabricantes, comerciantes ou reparadores.

Para poder recorrer ao teste da DEKRA, o veículo deve estar equipado com uma interface de Diagnóstico a Bordo (OBD) para se conectar à aplicação móvel por meio da interface de comunicação do veículo. Além disso, a bateria deve estar carregada entre 40% e 80%, apresentar uma temperatura entre os 10°C e os 30°C.

Com todas as condições reunidas, são necessários apenas 15 minutos para ter uma resposta. Neste tempo, inclui-se a preparação, com o acesso ao URL de teste de bateria no seu smartphone e conexão à interface de comunicação do veículo ao cabo e depois do cabo à porta OBD; o teste estático, em que, depois de inseridos os dados gerais do veículo, é verificada a operacionalidade geral; e o teste dinâmico, com aceleração num espaço até 100 metros. Assim que a aplicação termina a recolha dos dados durante a aceleração, é disponibilizado de imediato o relatório com a informação sobre o estado de saúde da bateria.

Para ficar na posse de informação ainda mais completa, existe o serviço de Verificação de Qualidade DEKRA, que lhe disponibiliza um relatório com uma descrição do estado geral de conservação do automóvel, ponto por ponto, que inclui uma série de diagnósticos técnicos. Este serviço está disponível tanto para veículos eletrificados, como de motor térmico.

3. Garantia

Procure saber se a bateria do carro usado que pretende adquirir continua a estar sob a proteção da garantia da marca. E não se fique por olhar para o número de anos do carro; a validade da garantia também está dependente do número de quilómetros percorrido. Uma bateria que está dentro da garantia da marca, normalmente vigente por um número maior de anos do que os restantes componentes da viatura, é sempre uma mais-valia.

4. Travões e outros componentes de desgaste

Travões e outros componentes de desgaste

Num carro elétrico, alguns componentes têm um desgaste mais lento, como é o caso dos travões, já que o próprio ato de desacelerar trava o carro. No entanto, apesar de durarem mais tempo, não são eternos: verifique se não terá essa despesa acrescida e negoceie tendo em conta este pormenor.

Artigo recomendado: Vantagens das baterias de estado sólido para elétricos

5. Passe o carro a pente fino

É certo que a bateria é o componente a ter mais atenção. Mas, tal como em qualquer outro automóvel, é preciso ter atenção ao quadro geral da viatura, tanto por fora como por dentro. Procure sinais de sinistros, verificando no exterior do carro se existem sinais de soldaduras suspeitas ou manchas/diferentes tonalidades na pintura do carro. Um acidente pode alterar o comportamento da viatura, afetando a sua segurança. No interior, tente perceber se o estado dos materiais é condizente com o número de quilómetros apresentado.

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