A pisar o tapete da Octane...

Antes das elétricas silenciosas, antes das scooters com Bluetooth, antes das motas que parecem aplicações móveis... havia isto.

E isto, não é uma mota.

É um delírio industrial da Honda que escapou do protótipo para a estrada.

É o resultado de uma reunião onde ninguém disse “talvez seja demais”.

É a Rune Valkyrie, e não vai voltar a acontecer.

Uma mota feita sem pedir desculpa a ninguém, com mais presença do que muitos carros e, com um nível de detalhe que faria corar um relojoeiro suíço... uma lenda que saiu da ficção científica diretamente para a estrada.

Podemos afirmar que é uma escultura funcional com escape livre...

Produzida em número muito limitado (estima-se cerca de 3.000 unidades), a Rune foi o devaneio de engenharia mais arrojado da Honda. Tão arrojado, que nunca mais se atreveram a repetir. E ainda bem !!!

Este exemplar é de 2004 e foi importado da Polónia pelo seu único proprietário, que a comprou nova e a trouxe consigo para Portugal em tempos da recente guerra. Foi usada apenas para passeios em estrada, com grupos de motards, e tem à data apenas 14.000 km.

O motor é o glorioso 1.8 de seis cilindros opostos, com transmissão por veio, travões Nissin e suspensões que parecem ter sido desenhadas por alguém da NASA.

O estado? Como nova...

O estilo? Incomparável...

O futuro? De culto, sem margem para dúvida...

Este não é o tipo de moto que se compra por impulso, é o tipo de moto que se guarda numa sala, liga-se aos domingos e que se fotografa como de uma obra de arte se tratasse.

Pode sempre conduzi-la devagar, só para dar tempo às pessoas de a processarem visualmente...alguém irá agradecer!

Se sempre procurou algo único, raro e com alma, encontrou...

O escape é livre, mas a sensação de exclusividade é ainda mais selvagem!

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