A Honda comprometeu-se com a eletrificação do automóvel muito precocemente, durante a década de 90 do século passado, numa época em que a tecnologia conhecia os primeiros desenvolvimentos. Também de forma antecipada, os japoneses passaram das palavras à ação, com o lançamento do revolucionário coupé Insight, um dos primeiros modelos híbridos (a par do Toyota Prius) produzidos em massa na Europa, em 1999. Exatamente, há 25 anos. E, para assinalar a efeméride, lançamento a condizer.
A Honda acaba de confirmar o regresso de um dos seus modelos mais carismáticos, o Prelude, pioneiro também em várias áreas.
Revelado pela primeira vez no Salão de Mobilidade do Japão, no ano passado, através do Honda Prelude Concept, o modelo de produção regressará futuramente à Europa, simbolizando o “equilíbrio perfeito entre um prazer de condução emocionante e uma eficiência extraordinária – personificando o compromisso de longo prazo da Honda com a eletrificação num modelo elegante e dinâmico”, explica o emblema japonês.
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Lenda viva
O Prelude original fez a sua estreia na Europa há 45 anos e serviu como uma demonstração da tecnologia de ponta emocionante da Honda durante cinco gerações, até 2001. No auge da sua história marcou uma geração, como a variante coupé de duas portas baseada no Accord, mas com maior sofisticação tecnológica, que incluiu a estreia de um exclusivo dispositivo de quatro rodas direcionais com assistência variável regressiva, que combinava com suspensão de triângulos duplos nos dois eixos e sistema de travagem com 4 discos (ventilados à frente), num chassis com afinação otimizada para o melhor desempenho dinâmico possível.
O modelo produzido no Japão mostrava qualidade de fabrico e acabamentos acima da média, interior bem equipado e adequado dispositivo de segurança, posição de condução muito correta e confortável, apesar da exiguidade dos lugares traseiros e falta de espaço. Estava gizado para um público mais jovem, que valoriza muito a imagem e o prazer da condução.
O regresso à ação
O que a Honda pretende com o regresso do Prelude é também assinalar o pontapé de saída para uma nova era de eletrificação na marca. Prelude (prelúdio em português) é uma peça que serve de introdução a uma obra musical; pode significar tudo o que vem antes, aquilo que anuncia, que prevê.
O nome posiciona o automóvel como um precursor de futuros modelos que incorporam o compromisso da Honda com a performance desportiva através de uma motorização híbrida. Tomoyuki Yamagami, engenheiro-chefe e líder de Grandes Projetos da Honda Motor, explicou que o “novo Prelude não só assinala o mais recente capítulo da nossa história híbrida em constante evolução, como também é o produto de 25 anos de investigação e desenvolvimento de híbrido pioneiros. O objetivo é garantir que este modelo mantém o seu ADN desportivo, combinando na perfeição a eficiência e as vantagens ambientais da condução eletrificada com uma experiência emocionante ao volante – libertando os condutores das suas vidas diárias com um maior prazer de condução.”
No estilo, a mesma orientação desportiva, patente nas linhas cativantes do modelo que se destaca por apresentar um capot baixo e longo, com faróis integrados na grelha, que se prolonga por toda a dianteira. O novo rosto de família na Honda, numa versão modernizada. As jantes de 20 polegadas e a linha de cintura baixa ajudam a sublinhar o visual marcante, com alguns apontamentos em azul a remeter para a sua componente elétrica.
Segundo a imprensa nipónica, o coupé de tração dianteira vai contar com o sistema e-HEV do Civic, combinando um motor 2.0 de quatro cilindros a gasolina de ciclo Atkinson e dois motores elétricos.
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