Tesla quer condução totalmente autónoma na Europa e testa-a em Paris
A Tesla está atualmente a testar o seu sistema de Condução Autónoma Total supervisionada (Full Self-Driving, FSD) na Europa, preparando-se para um possível lançamento no Velho Continente. E, depois de ter posto o sistema em prática nas ruas de Amesterdão, Países Baixos, divulgou um vídeo que mostra o desempenho do FSD numa das rotundas mais complexas da Europa: a Place de l'Étoile, em Paris, famosa por concentrar intenso tráfego e por ser ponto de encontro de 12 avenidas ao redor do Arco do Triunfo.
A Place de l'Étoile, oficialmente chamada Praça Charles de Gaulle, é um dos principais nós de Paris e frequentemente citada como um dos ambientes urbanos mais desafiantes para condutores, devido ao volume de veículos e à configuração das suas múltiplas entradas e saídas. O Arco do Triunfo, situado no centro da praça, é um dos monumentos mais emblemáticos da capital francesa e foi construído no século XIX para celebrar as vitórias militares de Napoleão Bonaparte.
Nas imagens divulgadas, é possível observar um Tesla Model 3, equipado com o hardware atualmente disponível nos veículos da marca, a navegar pela rotunda em modo de condução autónoma supervisionada. O software utilizado corresponde a uma versão de teste, ainda em desenvolvimento. O sistema reage a outros veículos e motos, circulando pelo tráfego intenso e comunicando com outros utilizadores da estrada.
Sistema Full Self-Driving da Tesla
A Tesla afirma que o seu sistema Full Self-Driving, ou FSD, é alimentado por redes neuronais treinadas com grandes volumes de dados reais, recolhidos da sua frota global. A abordagem da empresa baseia-se numa arquitetura visual, dispensando sensores adicionais e mapas de alta definição, com o objetivo de tornar a tecnologia escalável e adaptável a diferentes geografias.
Ou seja, a tecnologia FSD da Tesla assenta exclusivamente na visão, combinada com um processamento potente, o que, aponta a empresa, “reduz custos para o cliente e promove a evolução contínua do sistema”, que, especifica, é treinada com milhares de milhões de quilómetros de dados reais em vídeo provenientes da frota global de mais de sete milhões de veículos Tesla. “Isto significa que o FSD pode reagir com segurança a qualquer situação invulgar que um condutor possa encontrar, por mais rara que seja”, garante a Testa em comunicado.
Atualmente, todos os modelos Tesla incluem de série o sistema Autopilot, que, segundo dados divulgados pela fabricante, apresentaram, no primeiro trimestre de 2025, uma taxa de acidentes dez vezes inferior à média dos condutores. A Tesla está atualmente em diálogo com reguladores europeus para obter aprovação do sistema FSD supervisionado, já disponível em mercados como Estados Unidos, Canadá, México e China.
O objetivo da empresa é disponibilizar, futuramente, capacidades de condução autónoma total sem supervisão em todos os modelos, através de atualizações de software contínuas.
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