Rolls-Royce Cullinan: um diamante cada vez mais polido

Cullinan é o nome do maior diamante alguma vez encontrado, em 1905, que, em bruto, pesava 3106 quilates (cerca de 620 gramas), tendo sido transformado em onze pedras lapidadas. As duas maiores – Cullinan I, de 530,2 quilates (106,04 g), e Cullinan II, de 317,4 quilates (63,48 g) – integram as joias da coroa inglesa (estão expostas na Torre de Londres). Por isso, quando a Rolls-Royce teve de escolher um nome para o seu SUV, o facto de ter ido buscá-lo a um dos tesouros britânicos, não surpreende. Ou não fosse ela uma marca de ADN inglês, não obstante o facto de hoje pertencer ao universo alemão da BMW.
Com 5,341 metros de comprimento, 2,164 metros de largura e 1,835 metros de altura, o Rolls-Royce Cullinan é como o diamante que lhe dá nome: enorme, extravagante e extremamente valioso. E, claro, integra o que melhor a marca sabe fazer: colocar ao serviço da mobilidade tudo o que o dinheiro (mais de 350 mil euros) pode comprar, não se poupando em luxos nem em excentricidades.
A receita, lançada em 2018, parece ter dado frutos, e, acompanhando a tendência de moda dos SUV, o Cullinan depressa se tornou o modelo mais popular da casa de Goodwood. Agora, surge atualizado, numa operação sobretudo de cosmética, mas também muito voltada para a experiência do condutor, com uma revolução na telemática.
Rolls-Royce Cullinan chega com design atualizado
A conhecida grelha Pantheon continua a marcar a face do Cullinan, mas agora destaca-se ainda mais pelo facto de ser iluminada. A luz é, aliás, um dos trunfos para tornar o automóvel ainda mais imponente, com uma faixa em LED a delinear as óticas, que permanecem retangulares.
As principais mudanças são visíveis nos para-choques: à frente, foi redesenhado para assumir uma forma em “V”, incluindo entradas de ar mais proeminentes; atrás, apresenta um acabamento em preto brilhante. De destacar ainda as novas jantes, de 23 polegadas com sete raios.
No interior, o tablier dá lugar a um painel digital, que se espraia a toda a largura, incorporando as ferramentas da instrumentação, elementos da conectividade e todo o infoentretenimento: para condutor e passageiro.
Quanto custa um Rolls Royce em segunda mão?
Há ainda estofos que podem ser feitos em tecido criado a partir de bambu e uma série de opcionais que podem levar o preço para lá do meio milhão: pintura Crystal, forro do tejadilho a simular um céu noturno estrelado, recorrendo a fibra ótica através do Shooting Star Headliner, separador de segunda fila e uma série de componentes que se podem apresentar em fibra de carbono.
Potência a rodos
Preparado para todo o tipo de pisos, até para cruzar cursos de água com uma profundidade de cerca meio metro, o Cullinan ganha vida com o bloco V12 biturbo de 6.0 litros que produz mais de 690 cv de potência (no caso da edição especial Black Badge), sendo servido por tração integral de série.
Os números das prestações não são divulgados pelo emblema, mas é fácil de adivinhar que, não obstante o seu peso (perto de três toneladas), voa como uma pena.
Apesar de ser um veículo robusto, quem segue a bordo, garante a marca, não dará por nada. Para tal, conta com suspensão pneumática associada a uma câmara. Ou seja, o sistema adapta-se automaticamente às condições do piso, rebaixando ou elevando o SUV, tendo por base a informação que lhe chega da câmara de leitura da estrada.
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