Review Smart ForTwo (2016)

Perante um conjunto de características como: carro alemão, 2 lugares, motor traseiro e tracção igualmente traseira, a maior parte dos leitores poderá imaginar um veículo bem diferente de um Smart ForTwo!
Trata-se de um caso de inegável sucesso, fazendo deste pequeno, mas famoso utilitário, um dos automóveis mais procurados no mercado de 2ª mão, com uma boa reputação em termos de valor comercial. Na plataforma do Standvirtual e para este modelo ‘mk3’, é possível encontrar viaturas entre os 7.750€ para uma viatura de 2015, até aos 15.500€ para viaturas de 2018, com menos de 1 ano.
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Exterior
Passados mais de 20 anos desde a data do seu lançamento, o Smart Fortwo vai já na sua 3ª geração, tendo sido esta última lançada em finais de 2014, início de 2015.
De uns originais 2.50m de comprimento, o actual Smart ForTwo, já ultrapassa os 2.70m, mas é infelizmente, a versão menos consensual do ponto de vista estético. A frente com os seus grandes faróis e um mini capot demasiado curto, dão-lhe um ar pouco equilibrado em termos de linhas gerais.
Não ganhou apenas em comprimento, mas também em peso, exibindo mais 200kg quando comparado com o seu ‘Avô’ de 1998. Os ganhos em termos de robustez de construção e equipamento de segurança passiva e activa, tornam este pequeno citadino num dos carros mais seguro dentro do seu segmento e mesmo até se o compararmos com outros concorrentes mais ‘crescidos’.
O aumento de tamanho trouxe óbvias vantagens no que toca à capacidade da bagageira, versátil ao ponto de abrir em duas secções, crescendo de uns pequenos 130litros para uns muito mais utilizáveis 190 litros, expansíveis até 350 litros graças ao rebatimento do banco do passageiro.
Interior
Projectado de raíz para para apenas 2 passageiros, a sensação de espaço a bordo é muito boa mal acedemos ao seu interior, com largura generosa, bem como boa altura para o tecto. Nas versões equipadas com tecto panorâmico em vidro ou tecto de abrir, essa sensação é ainda melhor e rapidamente nos esquecemos que viajamos dentro de um dos automóveis mais compactos do mundo!
O Smart prima por não só oferecer um habitáculo espaçoso como também nos brinda com uma decoração deveras alegre, em particular nas decorações com cores mais vivas, com grande parte do tablier coberto por tecido bastante agradável ao toque. Apesar de contar com plásticos rijos na generalidade do seu interior, a montagem é bastante robusta, encontrando-se este modelos, relativamente bem isolados de ruídos parasitas.
Smart ForTwo à venda no Standvirtual
Motorização e Consumos
Rodamos a chave e damo-nos conta de que o tricilíndrico de 999cm3, mesmo ali nas nossas costas, é talvez um pouco mais ruidoso do que seria desejável, bem como responsável por transmitir algumas vibrações menos simpáticas a toda a carroçaria. Mas nem tudo é mau… E dado que cumpre com a norma de emissões Euro 6, expelindo apenas 110g/km, o IUC a liquidar anualmente é pouco superior a 102€.
Esta versão atmosférica de 71cv é passível de eleger com caixa manual de 5 velocidades ou, como no caso da unidade em análise, automática ‘Twinamic’ de dupla embraiagem com 6 velocidades.
Ao cabo de poucos metros, fica rapidamente patente que a afinação de suspensão é de taragem firme, dado que pelo seu reduzido comprimento e curta distância entre eixos, a atitude geral é sempre mais ‘saltitante’. Ainda assim, nada que signifique nenhuma espécie de instabilidade ou sensação desagradável ao volante, bem pelo contrário, pois apesar do seu reduzido tamanho, este Smart Fortwo não se acanha perante viagens em AE, oferecendo inclusivamente sistema de cruise control e um sistema de controlo de estabilidade com correcção automática contra ventos laterais fortes.
Os 71cv e um discreto binário máximo de 91Nm, são assim suficientes para o fazer ultrapassar os 150km/h de velocidade máxima e, nesta versão automática, cumprir os 0-100km/h em apenas 14.4s.
A anos-luz do funcionamento das lentíssimas caixas automáticas das primeiras duas gerações, esta ‘Twinamic’ é bastante mais rápida na sua actuação, podendo o condutor optar por 3 modos de utilização. O ‘Eco’ (selecionado por defeito no arranque), o ‘Sport’ e um modo manual, em que podemos usar a alavanca da caixa de forma sequencial ou, havendo em opção, comandar através de patilhas colocadas no volante.
O funcionamento da caixa é na generalidade bastante suave e imediato, se bem que nas manobras de ‘kickdown’ ainda se verifica um compasso de espera que obriga a planear acelerações de ‘última hora’ de forma mais cuidada.
É também nessa altura de acelerações mais vivas que o som do ‘1000’, invade todo o habitáculo, tornando-se por vezes um pouco incomodativo.
A marca anuncia um consumo médio de 4.8 lts/100km para esta versão, valor esse que considero realista, pelo menos até ao momento em que decidimos usar o pedal da direita de forma mais convincente. Então, não é incomum ver as médias ultrapassarem facilmente os 8.0 litros/100kms…
Excepção feita para um certo Toyota iQ, diríamos que o Smart Fortwo não tem concorrentes directos no mercado, criando em seu redor uma verdadeira comunidade de ‘Smartistas’.
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