Rafale é o nome do novo SUV Coupe da Renault

Missão difícil, mas não impossível. Recuando apenas trinta anos, entre os topos de gama da Renault, quatro modelos: Safrane (1992-2000), Avantime (2001-03), Vel Satis (2002-09) e Talisman. Nenhum foi bem-sucedido! Agora, com o novo Rafale, os franceses acreditam ter percebido a origem do problema, empenharam-se na construção de um automóvel que eleva a fasquia em matéria de qualidade e com o formato da moda, para posicionar acima do novo Espace. E, assim, teoricamente, com mais hipóteses de sucesso…
O novo modelo assenta na moderna plataforma CMF-CD, a mesma do Austral e do Espace de 5 e 7 lugares, com os quais também partilha equipamentos e motorizações, e estará disponível para encomenda em Portugal a partir de janeiro do próximo ano.
As entregas das primeiras unidades estão previstas para o decurso do mês de maio de 2024, ainda sem preços definidos.

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SUV de estilo coupé
O novo Renault Rafale, o primeiro automóvel de produção inteiramente concebido de acordo com a nova linguagem visual que Gilles Vidal introduziu já como responsável pelo design da marca do losango, distingue-se na paisagem automóvel pelo desenho da carroçaria de cinco portas com suspensão alta, mas que não é um SUV convencional, adotando o formato fastback e alguns ares de coupé. A inclinação do óculo traseiro é de 17 graus, que é a ideal para a eficácia aerodinâmica. E torna desnecessários o limpa-vidros traseiro, o que, segundo a marca, mantém a linha do automóvel mais pura.

A Renault também está comprometida na aproximação às marcas na faixa mais elitista do mercado, o que pressupõe investimento massivo na promoção da qualidade, sobretudo no interior, na seleção dos materiais e na montagem. A par do equipamento completo.
Com 4,71 metros de comprimento, 1,86 metros de largura, 1,61 metros de altura e igual distância entre eixos do Espace, o Rafale oferece interior desafogado para cinco ocupantes. A marca anuncia um raio de 302 mm para os joelhos nos lugares posteriores e 880 mm em altura, quase tanto como os 892 mm do novo Espace, e sem afetar a silhueta tipo coupé. A volumetria da bagageira é de 530 litros na configuração standard.
Cockpit digital com Inteligência Artificial

A apresentação do interior aproxima-se da do Mégane E-Tech Electric, com o painel de bordo em destaque, por contar com dois monitores digitais: o que substitui a instrumentação tradicional tem 12,3 polegadas; o do dispositivo multimédia, com 12 polegadas, apresenta-se posicionado verticalmente, admite controlos táteis e vocais e permite o acesso aos serviços conectados Google.
O sistema não é novo, pode combinar-se com o head-up display de 9,3 polegadas, mas a interface visual é totalmente nova e dispõe de várias capacidades baseadas em inteligência artificial (IA), para ajudar o condutor e os passageiros.
Em muitos casos, o sistema faz sugestões proactivas – por exemplo, para desligar o ar condicionado se uma janela estiver aberta ou para o ligar se estiver demasiado quente no interior. Estas recomendações baseiam-se em padrões de “rotina” que o sistema de IA capta e analisa ao longo do tempo.

Para o Rafale, a Renault disponibiliza mais de 30 assistências eletrónicas à condução e um nível de Esprit Alpine muitíssimo bem “recheado”, incluindo o sistema 4Control de quatro rodas direcionais. Ao percorrer uma curva a menos de 50 km/h, as rodas traseiras viram muito ligeiramente (até 1 grau) na mesma direção que as rodas dianteiras, reduzindo a inércia das rodas traseiras e melhorando a estabilidade do automóvel. A baixa velocidade, as rodas traseiras viram até 5 graus na direção oposta, proporcionando uma agilidade inigualável e encurtando o raio de viragem do novo Renault Rafale para os 10,4 metros (o mesmo que um automóvel de cariz urbano).
Destaque ainda para o inovador teto panorâmico em vidro, em opção, numa parceria com a especialista Saint-Gobain, o qual admite a inédita função de escurecimento automático por segmentos – só à frente, até ao meio ou apenas na zona da 2.ª fila de bancos. O mecanismo é prático de operar e, segundo a marca, o isolamento térmico é elevado, assim como a proteção face à luz exterior.

Híbrido até 300 cv
No lançamento, o Rafale estará disponível com a motorização E-Tech, a segunda geração do sistema híbrido da Renault, que combina mecânica de 3 cilindros e 1,2 litros a gasolina sobrealimentada por turbo de geometria variável com dois motores elétricos alimentados por uma bateria com 2 kWh de capacidade (encontra-se arrumada sob os bancos dianteiros, posicionamento que não penaliza a bagageira). A máquina mais potente (70 cv) coloca o SUV em movimento, enquanto a outra (25 cv) tem como missão carregar o acumulador de energia, arrancar a unidade de combustão interna e sincronizá-la com a caixa de velocidades. O sistema tem 2 relações reservadas para a atuação apenas com o motor elétrico, que permite acelerar até 80 km/h, em condições ideais, e 5 para a mecânica térmica.

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Mais tarde, a gama ganhará uma versão híbrida plug-in com tração integral e um motor elétrico traseiro, para um débito total de 300 cv e autonomia em modo elétrico para até 65 km.
Nome com história

Rafale é a palavra francesa que evoca o vento (mais precisamente: rajada de vento) e é, também, uma referência aeronáutica e um nome com história na Renault. Afinal, aviação desempenhou um papel importante na história da marca francesa: o Caudron-Renault Rafale que, em 1934, voou a uns recordistas 445 km/h de velocidade, é apenas um exemplo.
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