Renault Espace chega à sexta geração a somar pontos em modo híbrido

Muitos lhe vaticinaram o fim, à medida que os SUV foram ganhando espaço entre as preferências. Mas, no lugar de ditar a morte do monovolume que fez história no mercado europeu, a Renault preferiu repensá-lo e torná-lo mais em linha com as tendências atuais, não esquecendo a cada vez mais revelante tecnologia. Já em termos de mecânicas, a oferta resume-se a um único grupo propulsor, mas também alinhado com o que é preciso: E-Tech full hybrid de 200 cv, para baixos consumos e emissões.
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Familiar funcional
Quando a Espace nasceu, a Renault mostrou que, afinal, havia quem não encontrasse num só carro tudo aquilo por que ansiava. Um carro tão hábil nas deslocações diárias como em viagens longas, tão capaz de ir às compras mensais como a transportar as crianças, sem que perdesse pontos na altura de ir de férias ou numa fuga de fim de semana pela praia ou pelo campo.
O seu sucesso foi de tal forma que num instante criou uma tendência. E o multi purpose vehicle (veículo para múltiplos propósitos) ganhou nome próprio em Portugal, introduzindo a palavra monovolume nas conversas sobre automóveis e acabando por se tornar a semente de um segmento que viria a ter um peso considerável.
A receita era simples: criar um automóvel agradável de conduzir, ao mesmo tempo que proporcionava a todos os passageiros um ambiente prazenteiro, com assentos individuais e grandes superfícies vidradas, iluminando o interior do habitáculo.
À sexta geração, o Espace permanece tão familiar como sempre, tanto na versão de cinco como de sete lugares, mas com pequenas alterações para o tornar mais adaptado aos seus tempos, nomeadamente no exterior, com vários códigos que remetem para os SUV: grelha imponente, traços robustos, altura desafogada ao solo.
Também no interior são evidentes as mudanças: na segunda fila, por exemplo, já não se encontram bancos individuais, mas para ter os sete lugares (os dois da terceira fila conseguem acomodar adultos para curtas distâncias, mas são mais indicados para crianças) não se tem de pagar mais: ambas são propostas a partir de 45.500€, com a versão mais despida de equipamento.
A capacidade da mala dependerá de quantos lugares é preciso ocupar. Na versão de sete e com todos os bancos montados, há 159 litros disponíveis, sendo possível esticar a arrumação para entre 477 e 677 com a terceira fila arrumada (os bancos da segunda fila deslizam para a frente e para trás, até 22 cm) ou até 1714 litros com as segunda e terceira filas rebatidas. Na versão de cinco lugares, a bagageira oscila entre os 581 e os 777 litros, atingindo um máximo de 1818 litros com a segunda fila rebatida.
Híbrido poupado
Para além desta alteração, esta sexta geração será comercializada com um único motor. O E-Tech full hybrid de 200 cv é uma combinação eletrificada que promete um consumo de 4,6 l/100 km e emissões de CO2 na ordem dos 104 gramas por quilómetro.
O grupo propulsor já é conhecido do Austral: bloco a gasolina 1.2 de três cilindros, sobrealimentado, com potência de 130 cv, conjugado com dois motores eléctricos: um de 50 kW (70 cv), capaz de fornecer energia às rodas e pôr o carro a rolar em modo 100% elétrico por curtas distâncias, sendo o segundo motor de arranque elétrico de alta tensão de 25 cv que liga o motor de combustão e é utilizado para a mudança de velocidades.
O Espace passa ainda a ser proposto com quatro rodas direcionais (de série nos níveis de equipamento Esprit Alpine, desde 48.300€, e Iconic, a partir de 50.300€), o que facilita sobretudo as manobras num automóvel de 4722 mm: o diâmetro de viragem entre passeios é de 11,6 metros. Em velocidades baixas, até 50 km/h, o sistema 4Control vira as rodas traseiras até cinco graus em sentido contrário; a velocidades superiores vira as rodas traseiras até um grau no sentido das dianteiras, ajudando a desenhar curvas quase perfeitas. Mas é possível ajustar a intervenção do sistema, de quase a inexistente a permanentemente ativo.
A condução também pode ser afinada segundo o traçado e os gostos do condutor: Eco, para privilegiar consumos; Conforto, em que é estabelecido um compromisso entre performance e um rolar suave; e Sport, para um comportamento mais apimentado. Existe ainda maneira de escolher o comportamento de cada parâmetro, criando um modo personalizado.
Três níveis de equipamento
O Renault Espace é disponibilizado ao mercado nacional em três níveis de equipamento. O nível de entrada, Techno, inclui ecrã OpenR de 24 polegadas, porta traseira elétrica, carregador de smartphone por indução, jantes em liga leve de 19 polegadas, sistemas Isofix nos bancos esquerdo e direito da segunda fila e um conjunto de dispositivos de segurança, no qual se destaca o muito útil sistema de alerta de ângulo morto.
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No nível Esprit Alpine, estreado no Austral e que chega agora ao Espace, há uma série de detalhes que remetem para uma aura desportiva: os encostos de cabeça apresentam o icónico logótipo da marca francesa, o tablier em Alcântara tem pespontos azuis e, nos bancos, o mesmo material de toque suave é combinado com o couro sintético e tecido. As jantes, em liga leve, são de 20 polegadas e dispõe de 4Control Advanced.
No topo da gama está o Iconic, com traços de requinte, como as aplicações em madeira no tablier e os estofos em pele almofadada. Os bancos dianteiros usufruem de ajuste elétrico e de função de massagem, memória e regulação lombar. No capítulo da tecnologia, a câmara 3D com visão a 360 graus é de série.
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