Como poupar quando se tem um carro elétrico
Uma das vantagens conhecidas dos carros elétricos, inclusive dos híbridos “plug-in” ou dos elétricos com extensor de autonomia (eletrificados que podem ser ligados à corrente e percorrer distâncias aceitáveis para o uso quotidiano sem que se accione o motor térmico), é a poupança na alimentação do automóvel.
Com similar potência, peso e características, um automóvel movido a gasolina, com um consumo médio de seis litros, requer, em média (e tendo em conta os preços médios atuais), 10,40€ para percorrer cem quilómetros; um diesel, com um consumo de 5l/100km, vai exigir o pagamento de 8,22€; e um elétrico, calculando uma média de 15 cêntimos por kW, entre os postos de carregamento mais baratos e os mais caros, fica-se pelos 2,55€, valor a que acresce o tarifário do operador e a parcela de taxas e impostos para um total de cerca de 4€. Numa viagem Lisboa – Porto, os gastos com estes combustíveis são, respetivamente, de 31,20 euros, perto de 25 euros e… à volta de 12 euros.
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Mas, claro que, no caso do elétrico, o custo irá depender em muito do tipo de carregamento escolhido. Caso se opte por um posto público de carregamento rápido, o preço pode ascender até 40 cêntimos por kW. Resultado: a mesma viagem passaria a custar quase tanto quanto o que é exigido por um carro a gasolina. No entanto, há maneira de reduzir o custo, recorrendo ao carregamento doméstico, para o qual a EDP apresenta um conjunto de soluções a pensar na mobilidade.
O poder do relógio
Primeiro ponto a ter em conta para quem pondera o carregamento doméstico: as horas a que irá pôr o automóvel à carga. Idealmente, se tem um carro elétrico para carregar em casa, deverá contratar uma tarifa bi-horária e aproveitar as horas fora de pico para ligar o automóvel à corrente.
No entanto, para incrementar a eficácia do carregamento e, ao mesmo tempo, torná-lo mais seguro, a EDP criou pacotes, capazes de responder a necessidades específicas, a conseguir ter o carro completamente carregado e a, claro, poupar.
Para tal, a EDP dispõe de wallboxes, comercializadas a partir de 349€, com instalação incluída por técnicos especializados, que lhe permitem usufruir de um carregamento mais rápido, linear e económico, sem interferir com a instalação elétrica do lar.
A partir do momento em que tem uma wallbox instalada, é possível solicitar o plano de mobilidade elétrica verde, um tarifário que propõe um desconto adicional de 20% em horário noturno durante dois anos.
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Feitas as contas, a poupança será de cerca de seis euros a cada cem quilómetros, valor que faz com que, ao fim de 5800 quilómetros, a wallbox esteja paga.
Que carregamento escolher?
As baterias de um carro elétrico podem ser recarregadas a diferentes potências, o que irá determinar a rapidez (ou não) do processo.
Para um consumo médio de 15 kWh/100km, é possível recuperar energia para 100 quilómetros em minutos ou horas. No caso de uma tomada doméstica com potência para transmitir 2,3 kW, conseguir-se-á repor energia para os tais 100 km em 6 horas e 30 minutos; se se tratar de uma tomada reforçada ou carregador monofásico em corrente alternada com potência até 3,7 kW, o tempo necessário cai para 4 horas.
Ainda em corrente alternada, há carregadores monofásicos com até 7,4 kW (2 horas) e carregadores trifásicos com até 22 kW (40 minutos). Nos postos de carregamento rápido, em corrente contínua, os 100 quilómetros são possíveis ao fim de 20 minutos, caso a potência máxima seja de 50 kW, ou em apenas seis minutos, com potência de até 150 kW (os chamados postos ultrarrápidos).
Para saber qual o carregamento ideal para si, deve ser considerada a potência máxima que um carregador é capaz de debitar, mas sobretudo a potência máxima que o carregador interno do carro admite. Ou seja, não é por ligar o automóvel a uma tomada de 150 kW que o carregamento se cumprirá dessa forma; se o carro apenas aceitar 22 kW, esta será a potência que o posto, mesmo sendo apelidado de ultrarrápido, irá debitar.
Procura uma wallbox para carregar em casa?
Importa ainda reter que a potência ao longo do carregamento não é constante, tornando-se cada vez mais fraca após o limiar dos 80% de carga. Por essa razão, a maioria das marcas fornece tempos de carregamento rápido para repor energia até aos 80%.
Poupar ainda antes de começar a carregar
A poupança com a aquisição de um carro elétrico vai para além dos carregamentos. Desde já, a sua aquisição pode ser alvo de um incentivo, do Fundo Ambiental ou, no próximo ano, através do programa de abate de veículos com matrículas anteriores a 2007.
Os carros 100% elétricos beneficiam ainda de isenção do Imposto Sobre Veículos (ISV) e do Imposto Único de Circulação (IUC), além de, em alguns municípios, poderem usufruir de estacionamento gratuito. Já os híbridos “plug-in” veem ser-lhe reduzido o ISV.
Para as empresas, há outras vantagens que permitem poupar, nomeadamente, no caso dos elétricos, isenção de Tributação Autónoma (TA), dedução total do IVA e dedução em sede de IRC da totalidade do IVA da eletricidade usada para o carregamento do veículo. Os “plug-in” usufruem de redução da taxa de TA e de dedução de parte do IVA. Também para estes pode ser feita a dedução em sede de IRC da totalidade do IVA da eletricidade usada para o carregamento do veículo.
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