Os recordes de velocidade sempre foram algo na mente dos fabricantes quer de automóveis quer de veículos de duas rodas. E, agora, com a eletricidade a entrar na equação, há motos elétricas que estão verdadeiramente a quebrar barreiras.
Assim, atualmente, a moto mais rápida do mundo é uma Voxan Wattman que, com 367 cv debitados por um motor importado da Formula E, cedido pela Mercedes-Benz, com um binário máximo de 970 Nm (disponível desde o arranque como em qualquer elétrico), atingiu uma velocidade máxima de 366,94 km/h.
Em conformidade com os regulamentos da FIM (Federação Internacional de Motociclismo), a velocidade da Voxan Wattman foi medida a partir do percurso de 1,6 quilómetros (uma milha) em direções opostas, realizados no período de duas horas. Segundo os regulamentos da Federação, a velocidade final é a média das duas velocidades registadas ao longo destas duas corridas. E a Voxan, com a sua carenagem cinzenta desenhada por Sacha Lakic, enviou recordes a cair à medida que o velocímetro GPS atingia o pico a uma velocidade instantânea de… 408 km/h.
Claro que aos comandos não se encontrava um qualquer. Foi nada mais, nada menos que o seis vezes campeão mundial de motociclismo Max Biaggi a realizar o feito, no aeroporto de Châteauroux em França, que incluiu no total o registo de uma dúzia de recordes. Aliás, o próprio Biaggi viria a confessar que nunca tinha antes chegados aos 400 km/h.
No grupo das motos elétricas mais rápidas, tem lugar cativo a Mobitec EV-02A, um protótipo que, com Ryuhji Tsurata aos comandos, atingiu uma velocidade máxima de 328km/h.
Silver Lightning: a moto elétrica mais rápida nos 400 metros
Já a Silver Lightning bateu o recorde do mundo na distância de 400 metros tornando-se na moto elétrica mais rápida do mundo a percorrer este trajeto. Em apenas 6,86 segundos, os 1632 cv permitiram atingir uma velocidade máxima de 314 km/h. Quer isto dizer que a moto desenvolvida pelos dinamarqueses da True Cousins consegue acelerar dos 0 aos 100 km/h em menos de um segundo!
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A marca foi registada na pista inglesa Santa Pod Raceway pelo piloto Hans-Henrik Thomsen, e sem grande dificuldade. Exceto as relacionadas com os pneus: foi complicado conseguir rodados capazes de aguentar tal velocidade sem levantarem voo do asfalto.
Segway Apex: uma moto elétrica a hidrogénio
Na senda de entrar neste restrito grupo está a gigante chinesa Xiaomi, tendo apresentado a Segway Apex, inicialmente prevista para voar dos 0 aos 100 km/h em 2,9 segundos – além desta versão veloz, a Xiaomi, que tem colaborado com a Ninebot, apresentou uma novidade: uma moto que associa as vantagens da eletricidade com as do hidrogénio (não virá a ser a mais rápida do bairro, mas não envergonhará ninguém: dos 0 ao 100 km/h em apenas 4 segundos. Esta moto a hidrogénio terá uma potência de 60 kW (80 cv), compensando na autonomia (e na velocidade de abastecimento) a menor capacidade de aceleração.
Mas, ao longo deste milénio, não têm faltado motos e pilotos a fazer história. Como a LS-218 que conseguiu responder pelo título de a moto elétrica mais rápida do mundo, em 2014, tendo atingido 350 km/h.
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Para que a alta velocidade pudesse ser suportada pela LS-218, um sistema de suspensão traseira especial foi criado por uma impressora 3D. A mecânica elétrica da LS-218 apresentava-se com uma potência equivalente a 200 cv e três opções de bateria – dependendo da escolha, a autonomia ia dos 160 aos 290 quilómetros.
A Swigz de Chip Yates
A história das motos elétricas mais velozes não fica completa sem se recordar o episódio que envolveu Chip Yates, um inventor norte-americano e pioneiro dos veículos elétricos, conhecido pelos feitos arriscados de estabelecer recordes em veículos elétricos pensados, concebidos e construídos por si.
Foi o caso da Swigz, com a qual, em 2011, atingiu os 316,1 km/h. Graças aos desempenhos extraordinários da moto, Chip Yates estabeleceu oito recordes mundiais de velocidade em terra, quatro recordes do Campeonato Nacional da AMA e conquistou o título de Moto Elétrica Mais Rápida do Mundo do Guinness.
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