Melhores países para importar carros

Importar carro continua a ser uma boa opção para quem busca um automóvel de características que em Portugal resulta num preço extremamente inflacionado. Porém, há que ter atenção e privilegiar viaturas que apresentem baixas emissões de gases poluentes, ou seja, carros com poucos anos.
Alterações à lei da importação automóvel
A importação de um automóvel compensará ainda mais a partir de 2020, quando a correção sobre o Imposto Único de Circulação (IUC) entrar em vigor. Explique-se: desde julho de 2007, o Estado português tributa os automóveis importados com base no ano da primeira matrícula portuguesa, ou seja, como se fosse novo, ignorando o ano real da primeira matrícula, a estrangeira.
A alteração de lei surgiu após Bruxelas ter lançado um processo sobre Portugal a propósito desta tributação abusiva: é que dois modelos iguais, com uma primeira matrícula do mesmo ano (um matriculado de início em Portugal; outro, importado, acabado de matricular no nosso país) podiam estar a pagar de IUC uma diferença que podia ascender a 800€.
Em Portugal, paga-se mais pelo mesmo
De acordo com estudos elaborados pela Comissão Europeia, entre 2003 e 2011, Portugal está entre os países onde o preço de um automóvel atinge valores mais elevados, mesmo que o preço-base, isto é, antes de impostos, seja precisamente o mesmo do que em outros mercados. Em sentido inverso estão países como a Dinamarca, a Suécia ou a Hungria, onde pode compensar procurar um carro para importar.
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Quais são então os melhores países para importar carros
Quer decida ir buscar o carro pessoalmente ou opte por transporte para a viatura, deve equacionar os valores das viagens, E, quando se fazem estas contas, mercados como a Alemanha, a Bélgica ou a França permanecem mais apetecíveis – afinal, hoje em dia, é possível voar para qualquer um destes destinos por preços quase simbólicos (algo que não acontece nem com os países da Escandinávia nem com os destinos mais a leste).
Faça contas… a tudo
Não é apenas o automóvel que custa dinheiro nem a sua legalização. O próprio processo de o trazer para Portugal envolve despesas que devem ser analisadas e equacionadas.
Por isso, antes de se decidir pelo país do qual irá importar o seu automóvel, procure que companhias aéreas voam para o destino e que preços estão a praticar. A seguir, verifique a necessidade de ficar a pernoitar no local e de quantas noites terá de dispor para conseguir procurar soluções de alojamento e orçamentar o valor diário a gastar em despesas correntes, e somar esta fatura às restantes contas.
Caso tenha companhia, poderá ter a possibilidade de ir de carro (que terá de voltar). Antes de optar por esta, aparente, solução mais económica, contabilize bem os gastos com combustíveis e portagens – além de, provavelmente, ter de passar a noite algures pelo caminho.
Importar carros novos ou usados?
Importar um automóvel novo pode ser apenas uma perda de tempo, já que as despesas de legalização no país somadas aos gastos de aquisição irão tornar a fatura final tão ou mais pesada do que se decidisse comprar a viatura nova em Portugal. Isto porque, como se explica atrás, os preços-base são hoje muito equiparados entre os diferentes Estados-membros da União Europeia.
Quando se trata de um usado, porém, a história é outra e, neste caso, pode compensar de sobremaneira ir buscar um carro lá fora. No entanto, há cuidados a ter.
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Em países como a Alemanha, França ou Itália, entre outros, embora haja possibilidade de se encontrar exemplares muitíssimo bem preservados, também se corre o risco de se ter pela frente um automóvel que já fez grandes temporadas de neve nas montanhas. Para descartar problemas futuros de chapa, procure sinais de corrosão.
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