Julho traz 25 novos radares de velocidade

Reduzir a sinistralidade e contrariar as infrações. São estes os objetivos do Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (Sincro), que, a partir do dia 6 de julho, um sábado, vai passar a contar com 25 novos radares, que se juntam aos 98 já existentes, anunciou a Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária (ANSR). Em comunicado, a ANSR explica que, dos 25 novos locais de controlo de velocidade, 14 são de velocidade instantânea e 11 de velocidade média.
Onde vão estar os novos radares de velocidade
Os radares, informou a ANSR, vão ser instalados nos seguintes troços:
- IC2 (Oliveira de Azeméis, distrito de Aveiro)
- A29 (Santa Maria da Feira, em Aveiro, e Vila Nova de Gaia, no Porto)
- IC1 (Santana da Serra, concelho de Ourique, distrito de Beja)
- IP3 (Coimbra)
- EN18 (Évora)
- EN125 (Albufeira, Faro)
- EN6-7 (Carcavelos e Parede, em Cascais)
- IC17 (Loures)
- A43 (Campanhã, Porto)
- IC1 (Poceirão e Marateca, em Palmela-Alcácer do Sal).
Radares de velocidade média
- Aveiro, Oliveira de Azeméis – IC2, entre os kms 264,7 e 266,8, 90 km/h
- Aveiro, Santa Maria da Feira/Espinho – A29, entre os kms 35,0 e 37,2, 100 km/h
- Beja, Aljustrel – EN261, entre os kms 97,1 e 98,5, 70 km/h
- Beja, Ourique – IC1 entre os kms 679,8 e 682,6, 70 km/h
- Beja, Ourique – IC1, entre os kms 686,9 e 688,6, 90 km/h
- Évora, Évora – EN18, entre os kms 278,4 e 276,3, 90 km/h
- Porto, Vila Nova de Gaia – A29, entre os kms 45,8 e 47,2, 80 km/h
- Porto, Vila Nova de Gaia – A29, entre os kms 47,3 45,9, 80 km/h
- Setúbal, Palmela – IC1, entre os kms 538,9 e 545,0, 70 km/h
- Setúbal, Sesimbra – EN378, entre os kms 11,1 e 17, 70 km/h
- Setúbal, Alcochete/Montijo – EN4, entre os kms 25,0 e 30,0, 70 km/h
A ANSR explica que as localizações dos novos radares foram selecionadas tendo em conta a sinistralidade nelas verificada, tendo esta como causa principal o excesso de velocidade. E especifica que, nos últimos cinco anos, 115 pessoas morreram precisamente nos troços que passarão a estar vigiados.
Relativamente aos 37 radares que entraram em funcionamento em Setembro de 2023, as autoridades registaram três vítimas mortais nesses troços, um valor que a ANSR diz ser “substancialmente inferior” à média dos últimos cinco anos. A instalação destes radares permitiu ainda aumentar o número de veículos fiscalizados, com a ANSR a deitar por terra a teoria de que se trata de uma caça à multa, já que, defende, adotou uma política de total transparência na localização dos radares, divulgando antecipadamente os locais de instalação destes equipamentos, “maximizando a capacidade dos radares para salvar vidas, nomeadamente através da adoção de comportamentos adequados ao volante”.
“A redução da sinistralidade, a redução de 90% no número de veículos em excesso de velocidade nos locais abrangidos pelos radares, a duplicação do número dos veículos fiscalizados e a redução para metade da taxa de infração demonstram de forma inequívoca a eficácia dos radares do Sincro, contribuindo para o grande objetivo de salvar vidas”, escreve a ANSR em comunicado.
Radares de velocidade instantânea
- Cascais, Carcavelos e Parede – EN6-7, ao km 2,7, 70 km/h
- Castelo Branco, Sertã – IC8, ao km 115,3, 70 km/h
- Coimbra, Santa Cruz – IC2, ao km 190,8, 60 km/h
- Coimbra, Souselas – IP3, ao km 50,9, 60 km/h
- Évora, Montemor-o-Novo – EN114, ao km 170,0, 90 km/h
- Faro, Albufeira – EN125, ao km 74,6, 70 km/h
- Loures, Sacavém e Prior Velho – IC17, ao km 19,1, 90 km/h
- Loures – Camarate – IC17, ao km 14,2, 90 km/h
- Porto, Campanhã – A43, ao km 1,7, 70 km/h
- Porto, Campanhã – A43, ao km 1,8, 70 km/h
- Porto, Campanhã – A20, ao km 9,8, 80 km/h
- Porto, Vila Nova de Gaia – A29, ao km 48,3, 100 km/h
- Porto, Vila Nova de Gaia – A29, ao km 49,0, 100 km/h
- Setúbal, Alcácer do Sal – IC1, ao km 548,6, 90 km/h
Contrariar os números
O anúncio dos novos radares surge pouco depois de ter sido publicado o relatório de sinistralidade, fiscalização e contraordenações, relativo a 2023.
No Continente, no ano passado, registaram-se 34.974 acidentes com vítimas, dos quais resultaram 467 vítimas mortais, 2.437 feridos graves e 41.058 feridos leves, o que, comparando com a média da última década (2010-2019), revela uma tendência crescente nos feridos graves (+9,1%), nos acidentes (+6,8%) e feridos leves (+3,2%), ainda que se tenha registado uma forte diminuição nas vítimas mortais (-13,7%).
Face ao ano anterior, porém, os números aumentaram em todas as frentes: houve mais 2.186 acidentes (+6,7%), mais cinco mortos (+1,1%), mais 194 feridos graves (+8,6%) e mais 2.602 feridos leves (+6,8%).
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