Incentivos aos veículos elétricos tardaram, mas esgotaram em apenas três dias

As candidaturas aos incentivos à aquisição de veículos elétricos arrancaram a 31 de março, mais tarde do que é habitual. E, pelo resultado, muita gente estava só à espera do sinal verde para clicar no botão e submeter o seu pedido.
Em apenas 72h, os incentivos à compra de automóveis elétricos esgotaram, mas também à aquisição de bicicletas convencionais, bicicletas de carga, bicicletas elétricas, motociclos, ciclomotores, triciclos e quadriciclos e outros dispositivos de mobilidade pessoal elétricos. Segundo a ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, só nas primeiras 24 horas do concurso foram submetidas cerca de 4500 candidaturas.
Em relação aos incentivos destinados a pessoas singulares para a aquisição de veículos ligeiros de passageiros 100% elétricos, foram recebidas 1506 candidaturas, quando apenas estavam disponíveis 1425 — houve 81 pedidos excluídos. Já para veículos ligeiros de mercadorias 100% elétricos, havia 300 vagas, tendo sido excluídos 50 candidaturas.
Restam apenas apoios à compra de veículos elétricos ligeiros de passageiros pelas IPSS, com 551 vagas disponíveis, e bicicletas de carga para a mobilidade verde de mercadorias (105).
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Veículos elétricos: novas regras facilitaram processo
De acordo com a ministra do Ambiente, o concurso deste ano tem um “desenho mais simples”, o que teve como consequência uma avaliação rápida, com a atribuição quase imediata dos incentivos. “Mudámos um bocadinho o paradigma que o Fundo Ambiental tinha no passado de ter propostas muito complexas que demoravam muito tempo a avaliar. Agora vamos para propostas mais simples, rigorosas, utilizando muito os meios automáticos, digitais e, se possível, a inteligência artificial para poder dar respostas às pessoas em pouco tempo”, explicou Maria da Graça Carvalho.
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Entre as alterações esteve a desobrigação de apresentar o comprovativo de compra de um novo veículo sem emissões logo no início da candidatura. Ou seja, o preenchimento do formulário resulta no pedido. Depois de aceite, os documentos que comprovam a aquisição devem ser apresentados em até três meses.
Além disso, passou a haver um novo teto máximo, de até 55 mil euros, para veículos elétricos com mais de cinco lugares; veículo com até cinco lugares não podem custar mais de 38.500 euros.
As regras implicam ainda a entrega para abate de um carro com motor a combustão com mais de 10 anos.
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