Em nome da modernidade, e em tempo recorde, o construtor norte-americano conseguiu virar do avesso um dos seus maiores ícones, ao transformar o Mustang num SUV elétrico divertido de conduzir. E não vai ficar por aqui. Convencido de que “há muitos automóveis e SUV aborrecidos por aí”, Jim Farley, CEO da Ford, acredita que o novo Explorer representa o carácter único da oval azul e o desejo da marca norte-americana de trazer paixão e emoção aos veículos elétricos na Europa. O mesmíssimo propósito do Mustang Mach-E, embora numa vertente menos cosmopolita e mais aventureira.
Equipado para qualquer aventura
O Ford Explorer é um SUV elétrico de cinco lugares e 4,47 metros de comprimento construído sobre a versátil plataforma MEB do Grupo Volkswagen, a mesma de Audi Q4 e-tron, Škoda Enyaq ou Volkswagen ID.4, modelos com os quais partilha inúmeros componentes. Contudo, a marca norte-americana operou mudanças cirúrgicas nas molas, amortecedores e barras estabilizadoras específicas, bem como no acerto da direção, para um compromisso dinâmico mais focado na agilidade e precisão em curva. Mas sem comprometer a funcionalidade ou a versatilidade de utilização em estrada e fora dela.
Consulte o preço e as diferentes versões do novo Ford Explorer elétrico
Duas ou quatro rodas motrizes
O novo Ford Explorer chega ao mercado nacional em duas variantes, de tração traseira ou integral. A primeira combina um motor elétrico traseiro, com potência de 286 cv (210 kW) e 545 Nm de binário máximo, com uma bateria de 77 kWh (úteis), para cumprir 0 a 100 km/h em 6,4 segundos e anunciar uma autonomia de até 602 quilómetros. Já o Explorer Extendend Range (AWD) dispõe de dois motores elétricos, um por eixo, para um total de 340 cv (250 kW) e 545 Nm. Para esta versão, a Ford anuncia a medição de 0 a 100 km/h em apenas 5,3 segundos, enquanto a bateria de 79 kWh (úteis) garante autonomia para até 566 quilómetros entre carregamentos.
Ambas as baterias utilizam células de lítio CATL com cátodo ternário NCM (níquel, cobalto e manganês). A potência máxima de carregamento com corrente alternada é de 11 kW. Com corrente contínua são 135 kW para a bateria de 77 kWh e 185 kW para a de 79 kWh. Segundo a Ford, para ir de 10 a 80% leva cerca de 28 e 26 minutos, respetivamente.
Quatro modos de condução e um esconderijo
Existem quatro modos de condução: Eco, Normal, Sport e Individual. A versão de 340 cv possui um programa adicional denominado Traction, projetado para aproveitar a tração integral em condições de baixa aderência.
A somar a isto, uma extensa lista de ajudas à condução, que se baseiam nas informações recolhidas por doze sensores ultrassónicos, cinco câmaras e três radares. Entre estes estão, por exemplo, o “Parking Exit Assistant” ou a saída segura do habitáculo, de série em todas as versões, que o que faz é evitar que as portas sejam abertas por dentro quando há um ciclista ou outro veículo em aproximação.
Os dois níveis de acabamento disponíveis são o Explorer e Explorer Premium. Os dois oferecem de base itens como o sistema multimédia com navegação, Android Auto e Apple CarPlay sem fios, mas também elementos de conforto como o banco do condutor com regulação elétrica, aquecimento e massagem.
O nível Premium acrescenta faróis Matrix LED, portão da mala com acionamento elétrico, sistema de iluminação ambiente e um sistema de áudio mais avançado da especialista Bang & Olufsen. O teto panorâmico e a bomba de calor estão na lista de opções.
Todas as versões do Explorer 100% elétrico estão equipadas com o sistema de infoentretenimento Sync Move2, de última geração, com um ecrã central de 14,6” que pode ser levantado e baixado numa curva de 30º.
Atrás há uma gaveta com duas portas USB Tipo C que a Ford chama de My Private Locker, por se encontrar escondida quando baixamos o ecrã para a sua posição inferior, de forma que, ao trancar o carro pelo exterior, aquele compartimento fique oculto e fora do alcance dos amigos do alheio…
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