Ferrari anuncia primeiro veículo elétrico para outubro de 2026

Vem aí o primeiro Ferrari a pilhas. Benedetto Vigna, CEO do emblema de Maranello, anunciou a chegada do primeiro modelo 100% elétrico para outubro de 2026, numa conferência animada pelos bons resultados: no primeiro trimestre deste ano, o lucro cresceu 15%.
O resultado de 693 milhões de euros, explicou o gestor, foi impulsionado por uma linha mais cara, incluindo a família SF90XX, o 12Cilindri e os modelos 499P Modificata, bem como o aumento da procura pela personalização.
Para já, Vigna escusou-se a revelar o “coração tecnológico” do seu carro elétrico, apontando outubro como a altura em que a marca começará a levantar o véu sobre este projeto, que culminará com a revelação mundial do produto na primavera do próximo ano. “As entregas começarão poucos meses depois disso, em outubro de 2026”, avançou Vigna aos analistas.
Foi a primeira vez que o fabricante de automóveis desportivos de luxo indicou o momento exato em que o novo automóvel poderá chegar aos clientes, o que poderá significar que os trabalhos já vão avançados.
Apesar desta incursão pelo mundo da eletricidade, a Ferrari planeia continuar a oferecer carros a gasolina e híbridos no futuro. Note-se que os modelos híbridos, que começaram a ser vendidos em 2019, representaram 51% das vendas de automóveis da Ferrari no ano passado.
A revelação da data de estreia para um elétrico sucede-se à apresentação de um novo modelo híbrido plug-in, o 296 Speciale e sua versão descapotável.
No início deste ano, o vindouro superdesportivo elétrico da Ferrari foi visto numa estação de carregamento Ionity na Europa. E, apesar de se encontrar camuflado, a silhueta sugere que se trata de um crossover, com inspirações no Purosangue.
Mas a Ferrari tem sido muito competente em manter os detalhes secretos, deixando no ar apenas a ideia de que os novos motores elétricos serão “capazes de proporcionar a emoção de condução característica da Ferrari”. A começar pelo som: o elétrico da Ferrari deverá contar com uma opção de ser ouvido como se se tratasse de um automóvel animado por um motor V8.
A patente original da Ferrari diz que o dispositivo de som estaria associado ao estilo de condução. Ou seja, será silencioso enquanto quem estiver aos comandos o conduzir de forma dócil; acelerações mais vigorosas serão, porém, acompanhadas do conhecido, e amado por muitos, ronco.
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