8 fevereiro 2023

DS 3: Cada vez mais “francês”

DS 3 Cada vez mais chique

O mais pequeno SUV da DS foi criado para ter posicionamento à parte entre os compactos, apontando a clientela mais jovem que muito valorizam as questões de imagem. Mas a fórmula de acabamentos, design e preços mais elitistas, por si, não faz milagres, quando a promessa é lançar no mercado uma alternativa credível a propostas como o Audi Q2 ou o Mini Countryman. E, por isso, a marca francesa mais chique no catálogo do Grupo Stellantis investe constantemente na modernização desta receita.

Nesta mais recente renovação do 3 (desaparece o nome Crossback), a DS privilegiou claramente a ideia de uma visão premium francesa, que combina a atenção ao detalhe com o luxo e a sofisticação, patentes na estilizada imagem exterior da carroçaria que mistura vincos e arestas, cromados e pinturas bicolores, mantendo o toque de charme dos puxadores retráteis. Mas também na decoração do interior e até nos nomes que servem para batizar cada um dos quatro níveis de equipamentos disponíveis na gama: Bastille, Performance Line, Rivoli ou Opera.

DS3 Standvirtual

Quanto custa um DS 3 usado?

Independentemente da versão, uma nova grelha, ampliada e agora adornada com pontas de diamante em preto brilhante ou cromadas, e as luzes diurnas DS Wings, que também foram retocadas para fazer a ligação subtil entre a nova grelha e os faróis LED – de série em toda a gama.

No habitáculo, o mesmo padrão em losango que conhecemos do modelo que sairá de cena ainda neste mês, entre outras soluções de estilo ousadas para os botões, mas com evolução na qualidade dos materiais. Os comandos dos vidros permanecem na consola central, em vez de estarem nas portas como estamos mais habituados.

Um novo ecrã central de alta-definição, com 10,3 polegadas, é agora de série em todas as versões, com uma integração específica do sistema de infotainment de última geração da marca do Grupo Stellantis.

novo ds 3

Gasolina e (ainda) Diesel

Na era da diabolização dos motores a gasóleo, o renovado DS 3 não renuncia ao Diesel. Em Portugal, além das motorizações PureTech, a gasolina, em dois patamares de potência (100 ou 130 cv), o compacto francês vai continuar a estar disponível com a motorização BlueHDi, embora apenas na versão de 130 cv, que está associada à boa caixa automática EAT8, de embraiagem dupla e oito relações. No topo da gama, a versão 100% elétrica, com motor mais potente e uma nova bateria.

ds 3 novo standvirtual

E-TENSE ganha potência

Na geração anterior, o 3 não foi apenas o primeiro modelo de propulsão totalmente elétrica da DS, mas também o primeiro crossover premium do segmento B (utilitário) dotado dessa tecnologia de nível zero de emissões poluentes. Nesta versão revista e atualizada, continua a reclamar pioneirismo, por ser dos primeiros a chegar ao mercado com o novo motor elétrico (montado em França, na unidade de Trémery-Metz), com 156 cv (em vez de 136 cv) e 260 Nm de binário máximo a uma tensão de 400 Volts.

DS DS3 E TENSE

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A capacidade total da bateria do DS 3 E-Tense (continua a chamar-se assim a versão EV), também aumenta para os 54 kWh, com uma capacidade útil de 51 kWh. Muito compacta e colocada sob os bancos e no túnel central, a bateria recebe uma tecnologia mais eficiente com uma composição de 80% níquel, 10% manganésio e 10% cobalto. O sistema, com regulação térmica por circulação de líquido e bomba de calor, permite carregamentos rápidos — carregador de bordo, de série, recebe 100 kW em corrente contínua (0 a 100% em 30 minutos) e 11 kW em corrente alternada (0 a 100% em 5 horas e 15 minutos). Para o E-Tense, a marca anuncia uma autonomia máxima de 404 km com uma carga de bateria, mais 80 km do que a versão que substitui.

O motor elétrico entrega potência só às rodas da frente e há três modos de condução, como nas outras versões, mas aqui, além de mudarem a assistência da direção, alteram também a potência máxima disponível: em modo Eco fica limitada a 82 cv, em Normal sobe para os 148 cv e só em modo Sport estão disponíveis os 156 cv máximos. É neste programa que o compacto ganha desembaraço em aceleração.

DS DS3 Volante

Maneirinho e ágil para SUV

O formato da carroçaria do DS 3 é o da moda, mas o posto de condução é baixo para um SUV. Os bancos, em pele de série e com regulações elétricas opcionais, dispõem de bons apoios e são confortáveis, favorecendo a posição ao volante, que também é novo e ganhou melhor pega, reagrupando os comandos de assistência ao condutor e os botões do sistema de infotainment, integrando as patilhas para mudança de relações das transmissões automáticas nas versões térmicas.

A plataforma é a mesma arquitetura multienergia partilhada com os Peugeot 208 e 2008 e Opel Mokka, mas com suspensão traseira reforçada, mantendo a barra de torção com uma barra Panhard, molas e amortecedores recalibrados para acerto ligeiramente mais firme, que combina com a direção precisa e muito direta, para um compromisso dinâmico que é capaz de entreter.

ds3 bancos

Gama para Portugal

Quanto a preços, arrancam nos 32.025 euros, pedidos pela versão de acesso à gama, com o motor a gasolina 1.2 PureTech de 100 cv, associado a uma caixa manual de seis velocidade e no nível de acabamento Bastille.

Os preços da única motorização a gasóleo, 1.5 BlueHDi 130 EAT8, começam nos 37.615 euros, da versão Bastille, e acabam nos 44.865 euros.

O elétrico DS 3 E-Tense está disponível a partir de 43.150 euros, sendo que a versão Opera, a mais recheada de equipamentos de segurança e conforto, já ultrapassa a barreira psicológica dos 50.000 euros (50.400€).

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