10 fevereiro 2025

Citroën C4: Regresso ao conforto francês

Citroën C4

O C4, meio berlina, meio crossover, foi alvo de uma atualização cirúrgica, com a Citroën a empreender um novo conceito de design caracterizado por elementos inspirados no protótipo Oli, sobretudo na frente, que conta agora com o novo logótipo de estilo retro colocado ao centro de uma grelha redesenhada, enquanto os faróis, em LED, criam uma assinatura luminosa dividida em três segmentos horizontais, e uma construção do interior simples, quiçá até simplista, para promover a contenção do preço final. Tudo isto sem abdicar da sofisticação e do sentido prático, obrigatórios no segmento dos familiares compactos.

Ou seja, para corresponder às exigências inerentes a um automóvel desta categoria de grande volume, o C4 evoluiu, mas fiel à base e prevalecendo o minimalismo do modelo original, com o painel de instrumentos de linhas direitas totalmente digital em ecrã de sete polegadas e um monitor central tátil de dez polegadas (cujo sistema é compatível com Android Auto e Apple CarPlay) a dominarem sobre o tablier e a consola, com amplas superfícies desimpedidas.

De qualquer modo, apesar da referida simplicidade conceptual de base, não faltam tecnologias de apoio à condução, ao conforto e à conectividade que se encontram nos melhores concorrentes que o novo modelo francês irá enfrentar.

Citroën C4 sistema

O sistema de infoentretenimento de última geração com navegação 3D pode incluir funcionalidades do ChatGPT, dispõe de reconhecimento de voz natural e um assistente digital que pode ser ativado pelos ocupantes do veículo com o comando vocal “Hello Citroën”.

Na lista das ajudas à condução, incluem-se até 20 assistências, como os sistemas de travagem automática de emergência, de reconhecimento de sinalização de velocidade, alerta de transposição involuntária de faixa, de vigilância de ângulo morto, de assistência em subidas íngremes, de auxílio ao estacionamento (com câmara traseira), de fadiga do condutor e até a assistência ao condutor em autoestrada, que integra o segundo nível da condução autónoma.

No exterior da carroçaria do novo C4, as proteções laterais foram redesenhadas para dar uma aparência mais fluida e alongar visualmente a silhueta do automóvel, mas as dimensões não sofreram alterações, pelo que o espaço a bordo se mantém — destaque para o espaço para os joelhos na segunda fila, de 198mm. A mala do C4 arruma até 380 litros na configuração de cinco lugares e oferece um volume máximo de 1.250 litros com o banco traseiro rebatido.

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Maior conforto a bordo

Citroën C4 interior

O design deste modelo corresponde aos dos mais recentes do fabricante do double chevron e à pretensão desta marca de se tornar, no universo do Grupo Stellantis, uma das que mais aponta ao público jovem. Mas não só.

O C4 mantém a aposta numa tecnologia de otimização do conforto, recuperando uma faceta reconhecida à Citroën em largos períodos do último século. O recurso aos mecanismos hidráulicos nas suspensões celebra esse regresso, agora com suspensões com batentes hidráulicos progressivos.

Enquanto as suspensões convencionais são compostas de um amortecedor, de uma mola e de um batente mecânico, as do C4 adicionam dois batentes hidráulicos em ambas as extremidades, um de alívio e outro de compressão. Assim, a suspensão opera em duas etapas, de acordo com as solicitações:  em situações de compressão e alívio mais ligeiras, a mola e o amortecedor controlam, em conjunto, os movimentos verticais, sem necessidade de ativar os batentes hidráulicos; em situações de compressão e alívio mais significativas, a mola e o amortecedor trabalham com os batentes superior e inferior de compressão hidráulica, retardando o movimento de forma progressiva, evitando batidas fortes nos seus limites.

Citroën C4 design interior

Ainda em busca do conforto perdido, a Citroën adota para o novo C4 uma versão revista e melhorada dos seus bancos Advanced Comfort, que, além da camada extra de espuma, foram redesenhados e passam a apresentar um efeito almofadado para evitar o efeito incómodo da sua compactação após longas horas de condução e a prevenir o seu envelhecimento e degradação após vários anos de utilização.

Motores para todos os gostos… menos um!

Citroën C4 exterior

Uma das vantagens da plataforma CMP é conseguir montar mecânicas a combustão ou elétricas sem “beliscar” espaço ou a capacidade da mala. A bateria forma um H posicionado sob os bancos da frente, túnel central e banco de trás, e desta forma as cotas habitáveis são exatamente as mesmas para as versões com motorizações a gasolina, mild-hybrid e exclusivamente elétricas. Os Diesel deixam de fazer parte do catálogo.

Assim, na gama Citroën C4 2025, temos duas versões elétricas de 136 cv (bateria de 50 kWh; autonomia até 354 km) ou 156 cv (bateria de 54 kWh; autonomia até 416 km) que começam nos 39.065 euros (You) e 40.725 euros (Plus), respetivamente. Os elétricos ë-C4 permitem a utilização de carregadores de corrente contínua (DC) até 100 kW, o que admite recuperar 80% da carga em cerca de 30 minutos.

Há também dois grupos propulsores híbridos, ambos com base no mesmo bloco sobrealimentado a gasolina de 1.2 litros, um com 100 cv e outro de 136 cv, desde os 29.215 euros, no caso do Híbrido 100 (You), e 30.975 euros, para o Híbrido 136 (Plus). Estando também disponível uma mecânica térmica, a gasolina, com o sobrealimentado 1.2 de 130 cv acoplado a uma transmissão automática EAT8, com preços a iniciar nos 29.475 euros (Plus) e 32.015 euros (Max).

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