Carros elétricos usados até 30.000€

De acordo com um estudo realizado pela reputada “Bloomberg”, em meados de 2040 metade das vendas de carros novos serão elétricos e um terço da frota mundial será movida a eletricidade.

Mas a verdade é que a eletrificação do parque automóvel, pelo menos em Portugal, segue devagarinho. A rede de abastecimentos ainda está a meio gás e os preços dos carros elétricos, com ou sem incentivo à compra, continuam elevados, sobretudo quando os comparamos com modelos idênticos movidos a combustíveis fósseis.

É por isso que um carro elétrico usado pode ser uma boa alternativa para os muitos que já não querem esperar para ligar-se à corrente, usufruindo de todas as suas valências sem precisar de derreter as últimas poupanças.

Nissan Leaf 

A segunda geração do Leaf tem mais autonomia, potência e equipamento do que a primeira geração: as baterias de iões de lítio ganharam capacidade, passando de 30 kWh para um máximo de 40 kWh, progresso que está obviamente na origem do aumento da autonomia entre recargas, que esticou dos 250 km originais para uns bem mais interessantes 378 km, de acordo com a norma de homologação NEDC. O motor também ganhou potência, passando de 109 cv para 150 cv, e garantindo acelerações e recuperações incomparavelmente melhores. Contudo, velocidade máxima está limitada a 144 km/h, obviamente para proteção da autonomia.

Entre as novidades, destaque para o sistema e-Pedal, que gera um maior efeito regenerativo, bastando aliviar o pé do acelerador para travar fortemente o andamento ou até parar totalmente (ideal para o trânsito citadino!). O elétrico japonês é uma proposta francamente interessante, sendo que se encontram em abundância no mercado de usados, facilmente com matrículas recentes e menos de 10.000 km rodados.

 
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Hyundai Ioniq EV

Lançado em 2016, o Hyundai Ioniq EV recebeu uma versão revista e atualizada no início deste ano, empurrando algumas versões do carro elétrico coreano pré-facelift para o mercado de usados. E muitas em condições excecionais! Esteticamente, as diferenças são praticamente imperceptíveis (o novo tem uma grelha redesenhada, luzes diurnas LED, e novas jantes de 16”) e a evolução está na capacidade da bateria que aumentou para 38,3 kWh. O que não é suficiente para retirar dos Ioniq de primeira geração o rótulo de negócio francamente apetecível.

Apesar da densidade energética do pack de baterias de iões de lítio bastante inferior (28 kWh), assim como a potência (120 cv em vez de 136 cv), a autonomia anunciada é de 280 km entre carregamentos. Chega e sobra!

 
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Volkswagen e-Golf

Na 8.ª geração do compacto do segmento C, a Volkswagen decidiu que não terá no catálogo uma versão 100% elétrica, o que revestiu o e-Golf de um estatuto especial. Nas unidades posteriores a 2017, o modelo conta já com uma bateria de 35,8 kWh, capacidade que permite anunciar 300 km de autonomia máxima segundo a norma europeia NEDC. Os e-Golf mais recentes também dispõem de um motor mais potente, com 136 cv, e permitem o carregamento total das baterias, a 7,2 kW, a partir de uma wallbox, em pouco mais de cinco horas. Numa tomada convencional são necessárias cerca de 17 horas, enquanto num posto de carregamento rápido, 45 minutos bastam para recuperar 80% da carga. Por menos de 30.000€ encontrará unidades com cerca de 15.000 km rodados.

 
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BMW i3 REX

Para a BMW, o i3 REX deixou de fazer sentido, mas o conceito é apetecível do ponto de vista da funcionalidade. Esta versão do elétrico bávaro anuncia 190 quilómetros de autonomia em modo 100% elétrico, mas recorre a um extensor de autonomia, um pequeno motor de dois cilindros, com 647 cc e 38 cv, destinado a carregar a bateria em situações de emergência, garantindo que não ficará apeado quando está sem carga e sem hipótese de se ligar à tomada.

Sendo um automóvel para utilização vincadamente urbana, o facto de oferecer uma lotação limitada a quatro ocupantes não será um handicap enorme. Entre os trunfos, a imagem moderníssima que o construtor manteve praticamente intacta desde o lançamento em 2013 e o acesso facilitado ao habitáculo, construído com recurso a materiais reciclados, pela presença de duas portas traseiras do tipo suicida (abrem para trás). Só pode comprá-lo no mercado de usados.

 
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