Aventuras todo o terreno: melhores trilhos em Portugal

Quem tem um veículo todo o terreno, sabe bem que o maior prazer em conduzir está no off-road, longe do asfalto. Portugal é um país que oferece inúmeros cenários e locais para quem gosta da prática e não é fácil nomear todos. Deixamos, por isso, os seis trilhos que consideramos mais desafiantes em diferentes pontos do país, mas lembrando que há um número imenso de alternativas e que é só pesquisar.
Existem ainda programas elaborados por alguns clubes 4×4 ou associações ligadas ao desporto mais aventureiro, que podem guiar e orientar os menos conhecedores do terreno ou da prática. Por serras, falésias, vales ou rios, é só escolher para onde se quer “atirar”. Se gosta de ir pelo desconhecido, não se esqueça de tomar todas as precauções para não ficar perdido ou apeado. Vamos a isso!
6 trilhos para descobrir num veículo todo o terreno
Douro
Não é à toa que começamos por aqui, até porque, pelo caminho, vai encontrar bons locais para bebericar um bom vinho (para provar com muita moderação, claro). Subidas íngremes e encostas acidentadas é garantido. É difícil escolher um trilho em concreto, até porque são quase todos especiais. Uma das possibilidades é começar em Entre-os-Rios, munido de bons mapas, para passar pelo Peso da Régua e rumar até Foz Côa.
Outra, é começar em São João das Pesqueira, na chamada “pista dos cavalos”, e dirigir-se a Valongo dos Azeites, repleta de altos e baixos, socalcos e solavancos, para descer para Rio Torto. Um pouco mais acima, Celorico de Basto permite abusar do seu todo-o-terreno pelas serras de Fafe, Alvão e Marão. É só dar uma olhadela nos mapas e, facilmente, vai descobrir aquilo que falamos.
Peneda-Gerês
Será difícil encontrar um cenário minhoto mais idílico do que este quando falamos em natureza e espaço selvagem. O circuito é acidentado, mas vale a pena para se conhecer espaços tão notáveis como a Pedra Bela ou a Portela do Homem. É um dos trilhos mais referidos e gabados por quem alia a natureza à aventura. Subir a serra Amarela é incontornável, até porque é possível tomar banho nas lagoas naturais.
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Piódão
A aldeia é um centro turístico, mas oferece, também, toda uma serra do Açor para os todo o terreno se deleitarem. Saindo de Piódão pode seguir por Barriosa, Vale Rocim e terminar na serra da Estrela; ou começar em Góis e fazer o percurso até Piódão, com alguns corta-fogos e declives acentuados. As possibilidades são, de facto, muitas, já que pode fazer um caminho circular, de Piódão passando por Foz d’Égua. Ali, encontra uma piscina natural e a margem direita da ribeira oferece as curvas da encosta. A paisagem é soberba, mas não se distraia sob pena de sair dos trilhos.
Serra de Sintra
Para quem mora na capital, este é o local mais próximo a permitir os excessos de uma condução arrojada de um 4X4. O ideal é partir da lagoa Azul, percorrer toda a serra e terminar na Praia Grande. O percurso não é muito longo, mas oferece uma beleza rara – há uma paragem obrigatória: no Cabo da Roca, com a natureza à distância de um toque e um ar difícil de encontrar na cidade. As subidas e descidas são sinuosas, mas não assustam os que estão habituados a grandes riscos.
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Serra da Arrábida e Sudoeste Alentejano
O Parque Natural da Arrábida, a beijar o Sado, esconde trilhos duros e com paisagens maravilhosas, sendo sempre interessante usar estes caminhos como ponto de partida ou de chegada.
Mais a sul, saindo de Vila nova de Milfontes ou Zambujeira do Mar, optando pela terra batida, é passar por Porto Covo, Sines e Comporta e desembocar em Setúbal através de Alcácer do Sal. Mas também pode descer a serra e acompanhar a linha da praia e saltar até Tróia. Ali, é seguir os trilhos beira-mar até onde bem entender.
Se quiser partir de Grândola, um pouco mais abaixo, tem como hipótese dirigir-se ao Cercal do Alentejo pelo Lousal, passando por Odemira, ficando com a Costa Vicentina, entre Odeceixe e Burgau, aos seus pés.
Algarve
O interior desta zona do país é uma caixinha de surpresas. Fugindo da costa e das movimentadas localidades balneares, há uma rota interessante que começa em Castro Marim e finda na Azilheira, repleta de inclinações íngremes e descidas laterais facilmente domináveis pelo todo o terreno que conduzir. Mas há outra possibilidade que exige mais perícia no domínio do volante, a começar na serra de Monchique e que termina em Sagres.
Conselhos a reter: evite ir sozinho e tenha todo o cuidado para não destruir as dunas caso faça trilhos à beira-mar. De resto, água, rede no telemóvel, mapa, GPS e espírito de aventura. Ah!, e roupa para sujar, que há trilhos que prometem muita lama.
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