ALD, Leasing, Renting, Crédito Automóvel ou Pronto Pagamento: Qual a melhor forma para comprar carro?

Juntar dinheiro para comprar um carro a pronto é uma prática pouco comum em Portugal e talvez financeiramente a menos interessante, uma vez que os automóveis são um património alvo de grande desvalorização. A propriedade de um automóvel é cada vez mais algo de que a maioria abdica pois as opções de financiamento são várias.
ALD, Leasing, Renting, Crédito automóvel ou Crédito pessoal. Qual é a melhor opção financeira para comprar uma viatura? Conheça o que quer dizer cada um destes termos e decida qual se adequa melhor à situação financeira em que se encontra.
ALD, Leasing, Renting, Crédito Automóvel ou Pronto Pagamento: o ABC do financiamento automóvel
ALD – Aluguer de Longa Duração
É mais conhecido pela sigla do que pelas palavras que a mesma representa: Aluguer de Longa Duração. Não estando sujeito a variações nas taxas de juro, a mensalidade a pagar é fixa, o que previne surpresas ao fim do mês.
Além disso, sempre que esse for o desejo do signatário do contrato, é possível passar o mesmo a outro contratuente sem quaisquer implicações. Também pode ser uma boa opção para quem pretende ficar com o automóvel no fim do contrato, já que basta o pagamento do valor residual (balloon) acordado pelas partes para que a propriedade do bem seja transferida. E, no caso de empresas, há ainda benefícios fiscais.
Mas, claro, tudo o que é rosa tem os seus espinhos. Primeiro, o facto de ter taxas fixas significa que estas são das mais elevadas entre todas as soluções de financiamento. Depois, mesmo que não haja intenção de ficar com a propriedade do veículo, todos os encargos com despesas referentes à manutenção são da responsabilidade do condutor, o que em termos práticos equivale a “fazer obras de manutenção num apartamento arrendado”.
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Leasing
O leasing é efetivamente um contrato que, independentemente do objeto em causa, pressupõe o pagamento de uma prestação fixa. No fundo, a financeira adquire o bem e aluga-o ao seu cliente que, no fim do contrato, tem a liberdade de renovar o mesmo por igual tempo, devolver o bem à financeira ou adquirir o mesmo, ou pelo valor de mercado ou por um valor residual previamente definido (regra geral, o valor é inflacionado; quem valoriza a propriedade do automóvel deverá deixar o leasing fora da equação de compra).
No entanto, este tipo de solução é extremamente benéfico para quem quiser trocar o veículo ao fim de um determinado tempo, mantendo o mesmo contrato, mas beneficiando das vantagens de carro novo. Ainda assim, admite que a qualquer altura se entregue a viatura e se cancele o contrato. Todos os encargos, quer com a manutenção quer com imprevistos, têm de ser assumidos por quem usufrui do automóvel.
Renting
Nos últimos anos, a solução de renting ganhou muito adeptos que, cada vez mais, desvalorizam a propriedade privada, sobretudo no que diz respeito a um bem que tende a depreciar muito rapidamente – e numa altura em que a tecnologia parece estar sempre um passo à frente da realidade presente, obrigando a uma atualização permanente da indústria.
O renting é, na sua essência, fazer um aluguer de um carro a uma rent-a-car, mas por valores mais simpáticos e por um maior periodo de tempo. Ainda assim, é bastante diferente do ALD. Explicamos.
Através de um contrato de renting, é possível ter um carro à porta por um número determinado de meses (a maioria dos contratos pode ser esticado até 60 meses, ou seja, cinco anos), mediante o pagamento de uma renda, mas sem responsabilidades na manutenção do mesmo. Aliás, a fatura mensal, cujo valor prevê a depreciação estimada da viatura, inclui uma série de serviços, seguro incluído. Outros são uma opção, como os pneus: poderão compensar em caso de um contrato alargado no tempo ou se se prevê um forte desgaste destes componentes. Caso contrário, pode ser apenas um desperdício.
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Crédito automóvel
O renting está para quem não quer ser proprietário de um carro como o crédito automóvel está para quem valoriza ter o seu nome no registo do veículo. É efetivamente uma das mais eficientes e razoáveis maneiras de ter a propriedade de um automóvel sem se endividar em demasia. O veículo fica, desde o primeiro instante, registado com o nome de quem o adquire, não obstante o facto de muitas vezes persistir uma reserva de propriedade a favor da entidade credora.
Não há, porém, bela sem senão: esta modalidade tem juros elevados, voláteis e todos os encargos são da responsabilidade de quem paga a prestação – por falar nesta, é possível reduzir a mesma a um baixo valor se se prolongar o tempo de pagamento.
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Pronto Pagamento
O pronto pagamento é a opção mais simples de explicar, mas aquela que financeiramente obriga a uma maior ginástica da carteira. É, na sua essência, adquirir uma viatura pagando a totalidade do valor da mesma sem recorrer a nenhum produto financeiro.
Esta é uma modalidade de pagamento que pode fazer sentido em 2 tipos de automóveis:
– Automóveis de baixo valor (até 5000€)
– Automóveis de cariz coleccionável.
Nos automóveis de baixo valor, o esforço financeiro que terá de fazer para poder pagar o automóvel a pronto será relativamente baixo, os automóveis já atingiram na generalidade o seu pico de desvalorização, não devendo por isso baixar muito mais o seu valor comercial, e não terá que pagar taxas de juro elevadas que, em alguns destes casos, podem superar o valor que pagou pelo automóvel.
Nos automóveis de cariz coleccionável, como clássicos ou supercarros de produção limitada, são carros que tendem a aumentar o seu valor comercial no futuro, e não tendo tido nenhuma despesa com produtos financeiros na sua compra, o lucro de uma venda futura, se for esse o intuito, será ainda maior. É apenas nestes casos que um automóvel pode realmente ser considerado um investimento.
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