12 julho 2023

Actualidade: Volkswagen admite problemas com controlos táteis, que vieram trazer mais mal que bem

Actualidade Volkswagen admite problemas com controlos táteis que vieram trazer mais mal que bem

“Danos significativos.” Foi desta forma que o CEO da Volkswagen descreveu as consequências dos comandos táteis nos carros do grupo, durante a revelação do novo Volkswagen Tiguan, ainda em fase de pré-série.

De acordo com Thomas Schafer, a utilização de sistemas de controlo táteis nos seus veículos causou danos consideráveis, tendo sido a causa de muitas queixas, tanto de clientes como de peritos do sector.

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Foram essas queixas que levaram a marca, segundo Schafer, a avançar com uma análise interna. E as conclusões confirmam que as interfaces táteis deram origem a vários problemas, incluindo distração do condutor e redução da ergonomia, pondo em causa a segurança.

Por isso, Thomas Schafer diz estar decidido a introduzir interiores mais simples e úteis em todos os futuros veículos, apontando para o habitáculo do Tiguan como aquilo que se poderá encontrar nos vindouros modelos da Volkswagen, nomeadamente um grande ecrã central de 15 polegadas.

Para além das futuras alterações de design, a Volkswagen está disposta a oferecer atualizações de software mais frequentemente, o que, acredita, poderá melhorar os sistemas táteis existentes nos seus veículos.

Táteis vs físicos

táteis vs físicos

O desaparecimento de botões físicos tem vindo a ser uma crítica recorrente de quem vai comprar um automóvel novo, já que depressa se percebe que as operações estão cada vez mais demoradas.

Exemplo disso é o rádio ou a climatização: em vez de dependerem de rodar um único botão, muitas vezes obrigam a navegar por menus e mais menus até chegar à função pretendida.

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O recurso aos comandos por voz parece ser cada vez mais uma solução, mas muitas vezes o sistema não compreende o pedido, obrigando-nos a repetir ou a ter de encontrar sinónimos que reconheça.

Certo é que a VW parece determinada em não voltar as costas às opiniões dos condutores. Resta saber como irá interpretar as queixas e transpor as soluções para dentro dos habitáculos dos seus modelos, numa altura em que a tecnologia e a conectividade assumem posições de relevo na indústria automóvel.

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