5 dicas para otimizar o carregamento e autonomia do seu carro elétrico (no verão)
Tal como acontece com o frio, o calor pode reduzir a autonomia anunciada e, pior!, com o tempo causar danos irreversíveis na bateria. Daí que não se possa ter exatamente o mesmo comportamento com temperaturas amenas e com um tempo escaldante.
É que, no caso das baterias de iões de lítio, que atualmente equipam a maioria dos automóveis movidos a eletricidade, há uma temperatura ideal para o seu funcionamento, à volta dos 21 graus Celsius, em que as reações químicas acontecem de forma optimizada. Daí que, em torno dos dias de primavera ou de outono, um veículo elétrico se revele mais eficiente (até porque, nestes dias, a probabilidade é que não precise de ligar a climatização e, desta forma, poupar bateria).
Mas, mesmo nos dias mais quentes (e embora o frio seja um inimigo ainda mais relevante), há formas de ajudar o veículo elétrico a operar tirando o máximo partido da bateria.
E, não se esqueça: na altura de adquirir um automóvel 100% elétrico importa ter em conta as temperaturas médias do espaço geográfico por onde mais vai circular. É que o sistema de gestão térmica das baterias não é sempre igual.
Procura um carro elétrico novo?
Há dois tipos de sistemas: um passivo, que arrefece a bateria por ar, por exemplo, e que será o suficiente em terras de temperaturas amenas; e um ativo, ideal para locais com uma grande amplitude térmica, que recorre a líquido refrigerante.
De resto, será o seu comportamento a ditar uma melhor eficiência nos dias mais quentes. Tome nota do que deve e não deve fazer.
1 – Não estacione ao sol
Se achava que estacionar à torreira do sol seria apenas um problema de aquecimento do habitáculo (por vezes, a ponto de nem conseguirmos lá entrar), reconsidere. Todo o carro absorve o calor, inclusive a bateria. Por isso, tente sempre estacionar à sombra, sobretudo nas horas mais quentes.
2 – Controle o uso do ar condicionado
Se obedecer ao ponto anterior, provavelmente o interior do carro estará a uma temperatura em que o ar condicionado poderá ser racionado. Se não for mesmo possível manter a climatização desligada, ligue no nível mais baixo a uma temperatura em torno do 18/20 graus (menos que isto irá obrigar a um elevado esforço e consequentemente a um maior gasto da bateria).
Outra forma de garantir a eficiência e, ao mesmo tempo, gozar de um ambiente agradável no interior do seu carro é pôr o ar condicionado a trabalhar alguns minutos antes de iniciar a viagem e enquanto ainda está ligado à corrente.
3 – Não carregue a 100%
As baterias de iões de lítio não se dão bem com carregamentos até aos 100%, já que esta prática irá provocar danos a longo prazo. Idealmente, o carregamento deverá ser realizado até aos 80% (ou menos). E, desta forma, não terá de passar tanto tempo com o cabo ligado à corrente. Também não deixe que a bateria descarregue totalmente. Além da chatice que será ter de chamar um reboque, ainda estará a causar um stress acrescido à bateria.
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Se carrega em casa, opte por gerir o tempo de carregamento de forma automática, para que a carga seja interrompida pelo nível ótimo dos 80%.
4 – Carregue nas horas mais frias
Ligar o carro à tomada às 3 horas de uma tarde de verão deverá ser uma situação absolutamente excecional. O ideal será carregar o veículo durante a noite, altura em que as temperaturas mais descem, ou, caso isso não seja possível, efetuar o processo de manhã bem cedinho ou ao fim da tarde.
Para quem realiza o carregamento doméstico, poderá ainda beneficiar das tarifas reduzidas propostas em horários noturnos.
5 – Conduza de forma racional
Se já tem um inimigo da eficiência que é o calor, não se transforme noutro com uma condução agressiva. Controle as acelerações, de forma a que a exigência à bateria seja o mais linear possível, e aproveite as descidas para recuperar energia. Vai ver que, desta forma, conseguirá ir mais longe com uma só carga e, consequentemente, reduzir a despesa com a eletricidade.
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